Lula pode resolver sucessão de Lira e substituir Juscelino Filho

Com a possível saída de Arthur Lira da presidência da Câmara dos Deputados, os líderes no Congresso já estão considerando alternativas, visando resolver não apenas essa sucessão, mas também lidar com outros entraves.

Entre esses líderes, há a ideia de que o presidente Lula poderia atuar de forma estratégica, buscando uma solução que beneficiasse seus interesses políticos e partidários.

Uma dessas alternativas seria indicar Elmar Nascimento para o cargo de ministro das Comunicações, em substituição a Juscelino Filho, que enfrenta problemas.

Essa mudança poderia ter dois efeitos importantes. Em primeiro lugar, resolveria parte das tensões em torno da eleição para a presidência da Câmara, reduzindo o número de candidatos e potencialmente unindo a base de apoio em torno de alguns poucos nomes.

Isso traria mais estabilidade e previsibilidade ao processo eleitoral.

Além disso, a saída de Juscelino Filho do governo poderia ser vista como um movimento para aliviar as pressões sobre o executivo, especialmente em meio a eventuais escândalos envolvendo o seu nome.

Congresso Nacional analisará vetos de Lula na próxima quinta-feira

Depois de uma série de adiamentos, os membros do Congresso Nacional finalmente chegaram a um consenso e marcaram para a próxima quinta-feira (09) a análise dos aproximadamente 30 vetos impostos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os vetos a serem examinados pelos parlamentares está o projeto de lei que efetivamente elimina as chamadas “saidinhas temporárias” no Brasil.

A abolição das saidinhas recebeu quase apoio unânime no Congresso Nacional. No Senado, foram registrados 62 votos a favor e apenas 02 contrários. Na Câmara Federal, os deputados, que já haviam aprovado o projeto em 2023, mantiveram as alterações propostas pelo Senado.

No entanto, o presidente Lula optou por vetar parcialmente o projeto de lei que extinguia as saidinhas temporárias para apenados no país.

Além disso, o Congresso Nacional também deverá votar o veto parcial à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que inclui, entre outros aspectos, um cronograma para o pagamento, pelo Governo Lula, das emendas parlamentares obrigatórias.

A sessão marcada para a próxima quinta-feira será a primeira sessão deliberativa do Congresso Nacional em 2024.

STF determina bloqueio de 15% do Fundef para advogados

O ministro do STF, Nunes Marques, deferiu parcialmente a petição N° 38-349/2024, determinando o bloqueio de 15% do montante do precatório do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) destinado aos professores da rede estadual do Maranhão.

Essa decisão monocrática, embora tenha eficácia imediata, está sujeita a revisão pelo plenário do Supremo Tribunal Federal.

A medida ocorreu a pedido do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica das Redes Públicas Estadual e Municipais do Estado do Maranhão (Sinproesemma), que, representado por seus advogados, pleiteou a retenção de 15% do valor a ser pago a cada professor como parte do rateio dos créditos do Fundef.

ISTOÉ: CGU aponta benefício ilegal a Juscelino Filho em obra da Codevasf

A CGU (Controladoria-Geral da União) elaborou um relatório no qual aponta que 80% da pavimentação de uma estrada no Maranhão bancada com dinheiro de emenda parlamentar do então deputado Juscelino Filho (União Brasil-MA), atual ministro das Comunicações, beneficiaria somente propriedades do político e de seus familiares.

De acordo com o jornal “Folha de S.Paulo”, o documento da CGU é do início de março e reforça a investigação da Polícia Federal no âmbito da Operação Odoacro.

À ISTOÉ, a CGU informou que o relatório não foi finalizado e integra a investigação da PF, que corre sob sigilo.

A corporação apura o suposto envolvimento de Juscelino Filho com uma organização criminosa atuante no desvio de dinheiro em obras da estatal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Valores do São Francisco e do Parnaíba) na cidade de Vitorino Freire (MA), comandada por Luanna Rezende, irmã do ministro.

Ainda segundo a Folha, além da pavimentação, o mesmo trecho entre as propriedades da família de Juscelino já havia sido beneficiado por uma obra de R$ 2,5 milhões anos antes. A CGU apontou o duplo benefício no relatório. A Codevasf ordenou a paralisação da obra por conta do surgimento de suspeitas, mas já tinham sido repassados cerca de R$ 2 milhões à empresa Construservice.

Por meio de nota enviada à ISTOÉ, a assessoria do ministro informou que ele é o maior interessado na resolução do caso, e destacou que a conduta dele sempre foi pautada pela ética, responsabilidade social e utilização adequada dos recursos públicos para melhorar as condições de vida da população mais pobre.

“Como deputado, sua função é destinar emendas parlamentares que beneficiem as pessoas que mais precisam, um instrumento legítimo do Congresso. A execução e a fiscalização das obras não é uma atribuição do parlamentar”, completou.

Ainda explicou que a estrada em questão liga 11 povoados, nos quais pessoas sofrem para locomoverem ao trabalho, escolas, hospitais e postos de saúde. “Portanto, acima de tudo, é um bem do povo de Vitorino Freire a sua pavimentação, que é uma demanda antiga da população”, finalizou.

CNA aponta crescimento de 213% nas invasões de terra em um ano

De acordo com dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o Brasil, no período de um ano, registrou 72 invasões de terra em 2023.

O número de invasões de terra, se comparado ao ano de 2022, o crescimento é de 213%. O CNA, somente em 2024, já registrou 23 invasões a propriedades rurais, número equivalente ao ano de 2022.

O CNA aponta que as invasões de terra tem ganhado força no Governo Lula, tanto que desde o início da atual gestão federal, já foram realizadas 95 invasões a propriedades rurais. O número, que equivale a um ano e três meses, é maior que o intervalo de cinco anos entre 2018 a 2022, que compreende um ano do ex-presidente Michel Temer e todo o mandato do também ex-presidente Jair Bolsonaro.

É aguardar e conferir, afinal o debate sobre o assunto tem aumentado bastante no Congresso Nacional, com alguns defendendo uma reforma agrária e outros incentivando leis mais duras para os eventuais invasores de terra.

Oposição trava votação de urgência para reformulação do SPVAT no Senado

Na terça-feira (23), a oposição no Senado impôs uma barreira à votação do requerimento de urgência para o projeto de lei complementar que reformula o Seguro Obrigatório Para Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), substituindo o antigo DPVAT (PLP 233/2023). O impasse adiou a votação para a quarta-feira (24), quando o projeto será analisado pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

O projeto, que propõe a retomada da cobrança anual obrigatória do seguro para proprietários de veículos, suscitou debates acalorados devido a uma emenda que altera o arcabouço fiscal (Lei Complementar 200/2023), aprovado no ano anterior pelo Congresso. Essa emenda abre margem para gastos governamentais, permitindo a liberação antecipada de crédito suplementar em caso de crescimento adicional da receita deste ano em comparação ao mesmo período de 2023.

O requerimento de urgência (RQS 255/2024) foi duramente criticado pelos representantes da oposição em Plenário. Ao fim da discussão, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, propôs um acordo para garantir a apreciação do PLP 233/2023 na quarta-feira (24), ressaltando que a matéria não será examinada em Plenário sem o parecer da CCJ. O projeto será relatado na comissão pelo líder do governo, senador Jaques Wagner (PT-BA).

A questão da urgência está intrinsecamente ligada à sessão do Congresso Nacional marcada para quarta-feira (24), às 19h, para a apreciação de 32 vetos presidenciais. Segundo o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (S/Partido-AP), a rejeição de alguns vetos já está sendo negociada entre representantes do governo e lideranças do Senado e da Câmara dos Deputados. No entanto, a apreciação dos vetos depende da confirmação da liberação da margem de R$ 15 bilhões, decorrente da mudança na Lei do Arcabouço Fiscal.

A alteração na lei antecipa do segundo para o primeiro bimestre de 2024 a possibilidade de o Executivo abrir crédito suplementar permitido na lei, em razão de crescimento adicional da receita neste ano em relação ao mesmo período de 2023, explicou Randolfe.

“Só podemos apreciar esses vetos se tivermos essa margem aberta. Acreditamos que o Congresso Nacional terá a sensibilidade para fazer a alteração e em seguida, somente em seguida, ter a sessão do Congresso”, afirmou o senador.

Lula sacou R$ 128 mil para pagar aluguel de carro

No último fim de semana, veio à tona um gasto envolvendo o governo Lula 1, referente ao período de 2003 a 2006. Em julho de 2004, aproximadamente R$ 128 mil foram destinados ao aluguel de carros, um serviço de fretamento, que foi pago em dinheiro vivo.

A empresa contratada para fornecer esse serviço foi a Renaro Locadora. Curiosamente, essa mesma empresa havia recebido um pagamento de R$ 92 mil apenas um mês antes.

Essa não foi uma ocorrência isolada. Durante o primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2004, foram gastos R$ 2,9 milhões com locações de veículos e combustível para a escolta do presidente. Além disso, um total de R$ 994 mil foi gasto em hospedagens, também pagos em dinheiro vivo.

A prática de usar dinheiro em espécie para despesas do governo gerou críticas e levantou questões sobre a transparência nos gastos públicos.

Ministra de Saúde ignora questões urgentes de Dr. Allan Garcês

Durante audiência na Comissão de Saúde, na Câmara Federal, o deputado Dr. Allan Garcês (Bloco/PP – MA) expôs importantes questões sobre a gestão da saúde no Brasil ao confrontar a Ministra da Saúde, Nísia Trindade.

O parlamentar demonstrou preocupação com a falta de transparência nos programas de saúde, especialmente em relação ao Programa Médicos pelo Brasil, e destacou que os dados de transparência pararam no tempo, sem informações atualizadas. Também abordou pautas ideológicas.

“Quando eu falo de pautas ideológicas, eu acho que houve uma ofensa muito grande. E eu acho que V.Exa. deveria até pedir desculpas para o Brasil, quando V.Exa. chama a mãe de ‘um corpo que pare’; quando V.Exa. chama uma mulher de ‘uma pessoas que menstrua’. Eu acho isso ofensivo. Então, eu gostaria que V.Exa. depois falasse sobre isso.”

Além disso, ele levantou questões sobre a morosidade na contratação de vacinas da dengue e a ausência de políticas efetivas para lidar com o Aedes aegypti.

“Nós presenciamos na sua gestão, Ministra, a morosidade na contratação das vacinas da dengue. Presenciamos uma política desastrosa de coordenação de agenda como no caso do Aedes aegypti no território nacional. Quanto às ações de saúde indígena, também, Ministra, nós vimos um aumento dos casos no povo ianomâmi em Roraima, na sua gestão, e isso foi muito criticado.”

Um dos pontos mais destacados pelo deputado foi a escolha das vacinas para crianças de 6 meses a 5 anos. Ele questionou a eficácia e segurança dessas vacinas, especialmente considerando que a Organização Mundial da Saúde não as recomenda.

“Eu gostaria de fazer umas perguntas relacionadas à vacina, especificamente, em relação da vacina que envolve crianças de 6 meses a 5 anos, porque nem a Organização Mundial de Saúde, OMS, aconselha isso, e o nosso País adotou. Qual é a vacina que está sendo disponibilizada para crianças de 6 meses a 5 anos no Brasil? Qual a cepa que foi utilizada para essa vacina? Porque a vacina da Pfizer, tampa vinho, foi proibida nos Estados Unidos. Quais documentos garantem a sua eficácia e segurança?”

 

Lula ignora indicações de verbas da Saúde da bancada do MA

O Ministério da Saúde pegou o dinheiro reservado a emendas parlamentares de bancada para mandar recursos a Estados e municípios à revelia das indicações formais do Congresso Nacional, não atendendo prefeituras indicadas pelas bancadas e repassando as verbas para outras cidades por critérios próprios.

A pasta alegou “emergência” para fazer essa distribuição sem seguir critérios técnicos, mas não explicou – embora tenha sido questionada várias vezes pela reportagem – que situação fundamenta essa classificação.

Conforme o Estadão revelou, o governo do presidente Lula (PT) distribuiu R$ 8 bilhões da Saúde em troca de apoio político em 2023, atropelando critérios técnicos e repassando dinheiro de cirurgias e exames para cidades que não tinham capacidade de realizar esses procedimentos.

Ao fazer a movimentação, o ministério passou por cima das propostas apoiadas formalmente pelos parlamentares e beneficiou cidades que não têm capacidade para realizar procedimentos de alta e média complexidade com o dinheiro recebido.

A transferência ainda pode ter atendido alguma indicação política, mas o órgão não deu transparência para essas negociações.

No governo Lula, o controle é exercido pelo ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, padrinho da ministra da Saúde, Nísia Trindade, no cargo. Após sucessivas cobranças e queixas de Lira levadas diretamente a Lula, o dinheiro foi rateado.

A bancada do Maranhão indicou R$ 8,5 milhões para o governo do Estado e R$ 3,5 milhões para a prefeitura de São Luís custear procedimentos de alta e média complexidade, mas também não foi atendida.

O ministério pegou o dinheiro e liberou, em um único dia, R$ 1,9 milhão para São Bernardo (MA), cidade de 26.943 habitantes que só tinha estrutura para receber R$ 968,7 mil de repasses regulares do governo federal e R$ 940 mil de emendas parlamentares.

Procurada, a prefeitura de São Bernardo disse que “todos os recursos destinados ao município são investidos dentro das normas vigentes e regulamentações para utilização dos mesmos”.

No dia 12 de dezembro, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou uma portaria para estabelecer que as emendas de bancada não impositivas seguiriam as mesmas regras da Portaria 544, publicada em maio, e que foi usada pelo governo Lula para atender aliados.

Com essa vinculação, a pasta classificou o dinheiro como emergencial e driblou os limites de recursos impostos a cada município, sem explicar que emergência ocorreu.

No dia 28 de dezembro, quando o Congresso já estava sem atividades, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, assinou uma portaria liberando um total de R$ 601,9 milhões para bancar a realização de exames e cirurgias em Estados e municípios.

Desse montante, R$ 241 milhões saíram das emendas de bancada. O que era para ser um atendimento das indicações do Congresso virou recurso distribuído por conta própria do governo, criando distorções nos repasses.

Mulher do filho de lula foi afastada do trabalho após ser agredida por ele

Luís Cláudio Lula da Silva, o filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de 39 anos, é acusado de agressões frequentes por uma médica com quem manteve um relacionamento por cerca de dois anos. Segundo a vítima, as agressões se intensificaram ao longo do tempo.

A companheira registrou boletim de ocorrência eletrônico contra Luís Cláudio na terça-feira (2) na Delegacia da Mulher em São Paulo. Em seguida, ela prestou depoimento por videoconferência, onde sua identidade foi confirmada.

No boletim de ocorrência, a mulher, de 29 anos, afirma que as agressões são físicas, verbais, psicológicas e morais. Segundo a vítima, os casos de violência têm se intensificado ao longo das últimas semanas, colocando em risco sua integridade física e mental.