Dino suspende denúncia da PGR contra Juscelino Filho

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino determinou a suspensão dos prazos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-ministro das Comunicações e deputado federal Juscelino Filho (União Brasil-MA), sob acusação de desvios de recursos de emendas parlamentares.

Dino acolheu um pedido da defesa de Juscelino para ter acesso à íntegra do material apreendido pela Polícia Federal nos celulares e outros aparelhos dos investigados antes de apresentar a defesa ao STF. Os advogados do ex-ministro alegaram que os trechos de diálogos transcritos na denúncia da PGR (Procuradoria-Geral da República) eram ilegíveis, e por isso seria necessário ter acesso ao material integral.

Intimada pelo ministro, a PGR afirmou que “não se opõe ao pedido formulado pela defesa”. Com base nisso, Flávio Dino suspendeu a contagem do prazo para as defesas se manifestarem sobre a acusação. Os trechos considerados ilegíveis da denúncia permitiam a visualização parcial do teor dos diálogos, mas com partes borradas nos autores das mensagens, dificultando a compreensão das conversas.

Juscelino Filho vota a favor de medida que pode favorecer Bolsonaro 

Com 315 votos a favor e 143 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (7), a suspensão da ação penal contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

A decisão, de forte repercussão política, pode abrir caminho para beneficiar também o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), apontado como um dos articuladores dos atos golpistas de 8 de janeiro.

Entre os votos favoráveis está o do ex-ministro das Comunicações do governo Lula, Juscelino Filho (União Brasil-MA), que deixou o cargo em abril após ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por corrupção passiva e outros crimes.

O partido do ex-ministro, o União Brasil, foi majoritariamente favorável à medida, com 56 votos a favor e apenas quatro contrários. O pedido de suspensão foi apresentado pelo PL, sob o argumento de que Ramagem não poderia ser alvo de investigação após sua diplomação como deputado federal.

Caso Juscelino Filho: nove meses após indiciamento, PGR mantém investigação sem desfecho

Enquanto a Procuradoria-Geral da República (PGR) avança em denúncias sobre emendas parlamentares, incluindo a que levou deputados do PL a se tornarem réus no Supremo Tribunal Federal (STF), o caso que envolve o ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), segue sem definição.

Indiciado pela Polícia Federal em junho de 2024 por organização criminosa, lavagem de dinheiro, corrupção passiva, falsidade ideológica e fraude em licitação, Juscelino é acusado de integrar um esquema de desvio de recursos de obras custeadas pela estatal federal Codevasf. No entanto, a PGR ainda não apresentou denúncia, e o processo segue sob sigilo no STF, sob relatoria do ministro Flávio Dino.

As investigações apontam que o ministro teria direcionado emendas parlamentares para obras em Vitorino Freire-MA, município administrado por sua irmã, Luanna Rezende, beneficiando propriedades da família. Apesar das conclusões da PF e do relatório da Controladoria-Geral da União (CGU), a defesa de Juscelino nega as acusações, alegando falta de provas concretas.

O presidente Lula já havia declarado que afastaria o ministro caso houvesse uma denúncia formal, mas, com a inércia da PGR, Juscelino permanece no cargo.

Metade dos prefeitos apresentados por Juscelino Filho não deve votar com ele em 2026

Na noite desta segunda-feira (28), o deputado federal licenciado e atual ministro das Comunicações, Juscelino Filho (União Brasil), reuniu prefeitos, vice-prefeitos, deputados e vereadores do Maranhão no Restaurante Coco Bambu, em São Luís, para apresentar seu grupo político com vistas às eleições de 2026. Em suas redes sociais, Juscelino destacou que o encontro buscou fortalecer alianças para sua possível reeleição à Câmara Federal. De acordo com algumas lideranças, há dúvidas sobre a lealdade do grupo, com a maioria dos entrevistados sugerindo que apenas uma parcela dos presentes pode realmente apoiar Juscelino em sua campanha.

Destino de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações depende de decisão judicial

O destino do deputado federal Juscelino Filho (União Brasil) como ministro das Comunicações do Governo Lula da Silva (PT) está definido. Indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de participar de um esquema de desvio de recursos de emendas parlamentares destinadas a Vitorino Freire, ele se encontra em uma situação delicada: se for denunciado, terá de deixar o cargo; se o indiciamento não for acatado pela Justiça, continuará ministro, dependendo apenas da vontade do presidente da República. Essa condição foi confirmada tanto pelo ministro quanto pelo próprio presidente Lula.

A definição da situação ocorreu na sexta-feira (21) em São Luís, durante a visita do presidente Lula ao Maranhão. Com o indiciamento de Juscelino Filho, formalizado pela Polícia Federal no dia 12 por organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva, e gerando grande repercussão no meio político, o presidente Lula o convocou para integrar a comitiva. Em uma conversa reservada, o presidente foi claro: se o indiciamento for acatado pela Justiça e o ministro for denunciado, ele terá de deixar o Governo, sem apelação.

Juscelino Filho, em entrevista ao jornal O Globo, afirmou: “Eu sou ministro até quando ele [o presidente Lula da Silva] quiser. Cargo de ministro é de presidente. Até o dia que ele quiser eu vou cumprir a missão que ele me deu com muita honra, trabalhando pelo Brasil, fazendo o que eu estou fazendo com muita tranquilidade. Vou estar me defendendo. Isso aí eu estou muito tranquilo. E no dia que eu deixar de ser ministro vou voltar para o Congresso, ser deputado federal pelo Maranhão, que é pelo que eu fui eleito pelos quatro anos.” O presidente Lula reforçou em entrevista ao UOL que Juscelino Filho permanecerá no cargo enquanto não houver denúncia formal. Caso contrário, ele será afastado imediatamente.

PF afirma que Juscelino Filho seria “sócio oculto” da empresa de Eduardo DP

Quando se imaginava que o “cabo de aço” entre o deputado federal (União Brasil) e ministro das Comunicações Juscelino Filho e a Polícia Federal (PF) estava equilibrado no que respeita ao indiciamento dele pela prática dos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção passiva ao apontar seu envolvimento em suposta corrupção no desvio de parte dos R$ 7,5 milhões em emendas parlamentares destinadas ao município de Vitorino Freire, sua base política, eis que vem à tona a informação de que o  relatório da PF fundamenta a denúncia  afirmando que o ministro “controlava” as licitações da Prefeitura de Vitorino Freire. De acordo com o documento encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao contrário do que vinha afirmando o ministro, de que viabilizou as emendas para Vitorino Freire como deputado federal, mas nada teve com o uso do dinheiro, que foi movimentado pela Codevasf na construção da estrada que beneficia hoje fazendas dele e da sua família, por não ser da sua alçada, ele sabia, sim, do roteiro dos recursos das emendas. A defesa do ministro nega com veemência todas as acusações.

A PF afirma que o deputado federal Juscelino Filho controlava as licitações, que eram sempre vencidas pela empresa Construservice, numa costura nada republicana com o empresário Eduardo José Barros Costa, o “Eduardo DP”, tudo com o aval da prefeita Luanna Rezende (UB), irmã do ministro, segundo a edição de ontem do jornal O Globo.

Bem na linha do “mata a cobra e mostra o pau”, em seu documento, a PF teria demonstrado que Juscelino Filho seria “sócio oculto” da Construservise, e que essa “sociedade” estaria confirmada em “cláusulas restritivas de competição que contaram com a participação de Juscelino Filho”. A suspeita é reforçada “por mensagens trocadas entre o hoje ministro no período entre 2017 e 2020, quando Juscelino era deputado federal, tratavam sobre a destinação de emendas e execução de obras”. Segundo O Globo, o relatório “demonstrou que Juscelino Filho tinha o controle das licitações que envolviam as empresas do Eduardo DP”.

Mas, assim como o ministro Juscelino Filho, que reagiu às acusações e ao indiciamento como uma armação política destinada a desestabilizá-lo, a defesa dele jogou pesado para desqualificar o relatório da investigação, por meio do qual a PF afirma que o ministro tem culpa grave no cartório por isso pediu o trancamento da ação no STF. Os advogados defensores negam enfaticamente as supostas irregularidades e, segundo o Globo, afirmam que “as conversas incluídas no inquérito da PF são de anos anteriores aos processos de licitação” E mais, garantem que o papel do então deputado federal Juscelino Filho foi o de indicar as emendas parlamentares, sem ingerência na contratação e na execução da obra”. E mais ainda, conforme o Globo, a defesa afirma que “essa suposta demonstração da participação do peticionário (Juscelino Filho) no esquema criminoso não corresponde ao conteúdo do relatório policial, que se limitou a identificar emendas destinadas pelo então deputado federal Juscelino Filho parlamentar”. Eles reforçam o argumento de que a PF não aponta “nenhum elemento que relacione o peticionário (ministro) à suposta inclusão de cláusula restritiva em procedimento licitatório.

Agora, caberá à Procuradoria-Geral da República se manifestar sobre as conclusões do inquérito, podendo reforçar a denúncia feita pela PF como consistente ou pedir para o inquérito ser arquivado, inocentando o ministro das Comunicações. Se a denúncia emplacar, o ministro Juscelino Filho vai enfrentar barra pesada para escapar de uma condenação, o que comprometerá sua carreira, podendo afastá-lo da vida pública. Se não vingar, seu destino será o arquivamento, e nesse caso o ministro estará livre para voltar a sonhar com o Palácio dos Leões.

Vale, portanto, aguardar a manifestação do Ministério Público Federal e, depois dela, a canetada do ministro Flávio Dino confirmando ou não a denúncia feita pela PF.

Repercussão do indiciamento fragiliza a situação de Juscelino Filho no ministério

Nada confortável a situação do ministro das Comunicações Juscelino Filho depois do seu indiciamento dele pela Polícia Federal pelo suposto. Em princípio, o Palácio do Planalto estava numa posição de expectativa, com o presidente Lula da Silva aguardando mais informações sobre o caso.

Ontem, correu a informação de que o presidente Lula da Silva (PT) teria dito que vai per uma conversa franca do o ministro assim que retornas da Itália, onde participa de uma reunião do G-7 em Roma.

O que poderia ser mais um traço no já explorado das emendas destinadas a Vitorino Freire, o indiciamento do ministro Juscelino Filho por organização criminosa ganhou uma repercussão em todo o mundo, a começar pelo Brasil. E isso desgasta fortemente o Governo e complica ainda mais a situação do ministro.

Antes acusado de tolerância em casos assim, o presidente Lula da Silva deu mostras na Itália de que vai botar toda essa história em pratos limpos. Se o ministro for culpado, vai ser demitido.

Agora é contagem regressiva para a volta de Lula da Silva ao Brasil e aguardar sua decisão do presidente em relação ao ministro das Comunicações.

Irmãos Juscelino Filho e Luana Rezende são indiciados pela Polícia Federal

Os irmãos Juscelino Filho, Ministro das Comunicações, e Luana Rezende, prefeita de Vitorino Freire (MA), foram indiciados pela Polícia Federal por uma série de crimes, incluindo corrupção passiva, fraude em licitações e organização criminosa. Este é o primeiro indiciamento de um ministro durante o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que uma emenda parlamentar indicada por Juscelino quando ainda era deputado federal beneficiou diretamente propriedades pertencentes a ele e a seus familiares na região de Vitorino Freire. As investigações da PF indicam que o ministro fazia parte de uma organização criminosa que desviou recursos destinados a uma obra de pavimentação avaliada em R$ 7,5 milhões. Os fundos foram liberados por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) do Maranhão.

O relatório final da Polícia Federal foi encaminhado nesta terça-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal, com o ministro Flávio Dino como relator do caso. Dino, que assumiu recentemente sua vaga na Corte, havia sugerido anteriormente que poderia se declarar impedido de julgar o caso. O processo permanece sob sigilo.

Auditoria vê irregularidades em obras financiadas por Juscelino

Uma auditoria interna realizada pela Codevasf revelou irregularidades em obras financiadas com recursos indicados pelo ministro das Comunicações, Juscelino Filho, em Vitorino Freire/MA. A auditoria apontou pagamentos indevidos à empresa Construservice e falhas na execução das obras.

Juscelino Filho, no entanto, afirma que não é responsável pela execução das obras e garante que não haverá prejuízo aos cofres públicos. A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba se comprometeu a seguir as recomendações da auditoria.

A prefeitura de Vitorino Freire, comandada por Luanna Rezende, irmã do ministro, não respondeu aos questionamentos da reportagem.

Segundo o Estadão, o ministro utilizou o orçamento secreto para pavimentar uma estrada que passa em frente à sua fazenda. A emenda foi indicada por Juscelino quando ele era deputado federal, em 2020. Os recursos foram repassados pela Codevasf para a prefeitura de Vitorino Freire.

O presidente Lula pediu explicações, mas decidiu manter Juscelino no cargo.

A auditoria especial, concluída em maio deste ano, examinou dois convênios entre a Codevasf e a prefeitura, totalizando R$ 8,988 milhões, incluindo a estrada que passa em frente à fazenda do ministro e outras ruas da cidade.

A Polícia Federal investiga suspeitas de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. A irmã do ministro foi afastada do cargo e os bens de Juscelino foram bloqueados.

Gerente afastado da Codevasf envolvido em contratos suspeitos de Juscelino Filho

Uma investigação da Folha de São Paulo revelou que Julimar Alves da Silva Filho, ex-gerente da Codevasf, foi afastado após a Operação Odoacro da Polícia Federal, que investiga contratos financiados por emendas parlamentares do deputado federal Juscelino Filho, atual ministro das Comunicações.

Os contratos sob suspeita, alguns realizados em Vitorino Freire-MA, onde a prefeita é Luanna Rezende, irmã de Juscelino Filho, são objeto de inquérito. Julimar Alves da Silva Filho, apontado pela PF como um dos facilitadores do esquema, teria desviado recursos públicos, recebendo cerca de R$ 250 mil junto com sua esposa enquanto supervisionava obras de pavimentação asfáltica.

Em 2017, um convênio de R$ 5,2 milhões, destinado a obras na cidade, foi indicado por Juscelino Filho. Durante uma visita da PF, constatou-se que grande parte das ruas estava deteriorada, apesar da verba ter sido liberada integralmente. A Codevasf afirmou que 85% da obra estava concluída e cobrou a devolução de parte dos recursos da prefeitura devido a “pendências”.

Em resposta, o Ministério das Comunicações negou envolvimento de Juscelino Filho, ressaltando que ele apenas indicou as emendas e que a execução e fiscalização das obras são responsabilidades do Poder Executivo.