Governada pelo PT há 20 anos, Bahia tem a polícia mais assassina do país

Enquanto mídia faz ofensiva contra a segurança pública em São Paulo, estado governado pelo PT há 20 anos acumula os piores números de letalidade policial. A Bahia, governada pelo PT há 20 anos, lidera o ranking nacional de letalidade policial. No ano passado, foram registradas 1.699 mortes decorrentes de ações de policiais. O número representa 26,5% do total de 6.393 óbitos registrados no Brasil por intervenção policial no ano, de acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública.

Desde 2007 sob gestões do PT, a Bahia registrou 1.699 mortes por intervenção policial em 2023. No comparativo com São Paulo, que teve 754 óbitos no mesmo período, o número baiano é mais que o dobro. Em termos proporcionais, o índice de letalidade policial na Bahia é de 12 óbitos para cada 100 mil habitantes, enquanto São Paulo apresenta 1,5 para cada 100 mil.

O município baiano de Jequié lidera o ranking nacional de letalidade, com 46,6 mortes a cada 100 mil habitantes, à frente de qualquer outra cidade do país. Outras quatro cidades baianas aparecem no TOP 10: Eunápolis, Simões Filho, Salvador e Luís Eduardo Magalhães. 

A Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) afirmou que a atuação policial está focada no combate às organizações criminosas e que a letalidade decorre do enfrentamento de grupos envolvidos com tráfico de drogas e armas. O governo baiano alega que o estado investe em inteligência, equipamentos e capacitação dos agentes.

Embora a Bahia registre índices alarmantes de letalidade policial, uma ofensiva midiática tem direcionado críticas principalmente à Polícia Militar de São Paulo. No entanto, os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostram que São Paulo, que é administrado por Tarcísio de Freitas, registrou 754 mortes por intervenção policial em 2023, menos da metade dos registros baianos.

Nos últimos 20 anos, a Bahia foi governada por Jaques Wagner (2007-2014), Rui Costa (2015-2022) e, atualmente, por Jerônimo Rodrigues, todos do PT. Nesse período, o estado se manteve entre os líderes de letalidade policial e mortes violentas no Brasil.

Além disso, a Bahia também apresenta destaque negativo em outros indicadores de segurança. O estado concentra 6 das 10 cidades mais violentas do Brasil, com Camaçari, Jequié, Simões Filho, Feira de Santana, Juazeiro e Eunápolis figurando entre as mais perigosas. No que diz respeito ao roubo de celulares, Salvador e Lauro de Freitas estão entre as cinco cidades com mais ocorrências desse crime no país.

O perfil das vítimas da letalidade policial na Bahia segue o padrão nacional, onde 82,7% são negros, 71,7% têm idades entre 12 e 29 anos e 99,3% são do sexo masculino. Esses números reforçam a preocupação com a disparidade racial nos índices de letalidade policial.

Os dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública apontam que, nos últimos 10 anos, a letalidade policial no Brasil cresceu 188,9%, com a Bahia ocupando uma posição de destaque. Na comparação entre estados, o único a superar a Bahia em taxa de mortalidade proporcional foi o Amapá, que registrou 23,6 óbitos por 100 mil habitantes.

Aliança política em expansão e especulações marcam o cenário político maranhense para 2026

Com o resultado das eleições municipais no Maranhão, as articulações para as eleições de 2026 se tornaram o foco de líderes e partidos políticos no estado. O governador Carlos Brandão (PSB) consolidou seu poder ao fortalecer a aliança partidária que lidera, garantindo o apoio da maioria dos prefeitos e estabelecendo-se como figura central no processo sucessório.

Brandão, que tem a opção de disputar o Senado, deve decidir nos próximos 17 meses quem será seu candidato ao governo, podendo, em uma hipótese remota, estender o prazo para 20 meses caso opte por concluir seu mandato. A partir desse novo cenário, o governador detém a prerrogativa de conduzir o debate político e definir o próprio futuro eleitoral.

A sucessão de Brandão promete movimentar os bastidores políticos do Maranhão, especialmente com a escolha do candidato do Palácio dos Leões. Embora Felipe Camarão (PT), vice-governador, seja apontado como o sucessor natural, tensões internas entre os aliados de Flávio Dino e o grupo de Brandão lançaram dúvidas sobre essa indicação.

Ao mesmo tempo, outros líderes, como o ministro André Fufuca e a senadora Eliziane Gama, se articulam para reforçar suas próprias posições, com Fufuca ganhando fôlego ao eleger 30 prefeitos alinhados e Eliziane sendo cogitada para cargos de destaque. No novo cenário de 2026, Brandão ainda mantém um alinhamento estratégico com o presidente Lula (PT), uma sintonia que deve influenciar fortemente as escolhas do governador e a configuração das alianças.

PSD lidera em eleições municipais de 2024, enquanto PL e PT registram avanços modestos

Engana-se quem imagina que o Partido Liberal (PL) de Jair Bolsonaro ou o Partido dos Trabalhadores (PT) de Luiz Inácio Lula da Silva foram os maiores vencedores nas eleições municipais de 2024. Na verdade, foi o Partido Social Democrático (PSD), sob a liderança de Gilberto Kassab e Edilázio Júnior no Maranhão, que se destacou ao eleger 887 prefeitos, um aumento significativo de 233 prefeituras em relação a 2020.

A legenda, que também apoia o prefeito reeleito de São Luís, Eduardo Braide, consolidou sua posição de força no cenário político nacional, apesar das pressões de bolsonaristas que tentaram desestabilizar a sigla nas redes sociais.

O Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e o Progressistas (PP) também se destacaram, com 853 e 747 prefeitos eleitos, respectivamente. O PL, embora tenha ampliado seu número de prefeituras em 171, ficou em quinto lugar com 516 prefeitos. Já o PT, apesar de registrar um crescimento de 69 prefeituras, terminou em nono lugar, com apenas 252 prefeitos eleitos. Esses resultados indicam uma dinâmica política em evolução, refletindo a diversidade e a complexidade das alianças eleitorais no Brasil.

Arrecadação atinge R$ 203 bi em setembro e bate recorde

A arrecadação federal no Brasil somou R$ 203,1 bilhões em setembro de 2024, registrando um aumento real de 11,61% em comparação ao mesmo mês de 2023.

Esse montante representa o maior valor já registrado para setembro desde o início da série histórica em 1995. O desempenho mantém a sequência de superação dos recordes mensais, que começou em dezembro de 2023.

Nos primeiros nove meses de 2024, a arrecadação federal totalizou R$ 1,93 trilhão, o que representa um aumento de 9,68% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse valor também é recorde no acumulado de janeiro a setembro. 

A arrecadação de tributos administrados pela Receita Federal cresceu 11,95% em setembro, alcançando R$ 196,65 bilhões. No acumulado do ano, o valor chegou a R$ 1,84 trilhão, com alta de 9,67%.

As receitas administradas por outros órgãos, como autarquias e fundações, tiveram avanço de 2,23% em setembro, somando R$ 6,52 bilhões.

No acumulado do ano, esse segmento cresceu 9,92%, totalizando R$ 92,46 bilhões.

Maranhão lidera candidaturas conjuntas entre PT e PL nas eleições municipais

O Maranhão foi o estado que mais registrou candidaturas conjuntas entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) nas eleições municipais realizadas no último domingo, 6.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 22 candidatos apoiados pelas duas legendas disputaram prefeituras em cidades maranhenses, resultando em 13 eleitos, enquanto oito foram derrotados. Um caso permanece indefinido devido à candidatura barrada pela Justiça.

No cenário nacional, entre os 85 candidatos com o apoio conjunto do PT e do PL, 58 foram eleitos prefeitos. São Paulo, segundo estado com mais candidaturas dessa aliança, contou com 12 postulantes, dos quais nove venceram, um foi derrotado, e outro segue para o segundo turno.

PT de Lula e PL de Bolsonaro se unem em cidades do Maranhão para eleições de 2024

Enquanto no cenário nacional o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, permanecem em lados opostos, em diversas cidades do Brasil, incluindo São Luís (MA), as duas legendas têm se aliado em disputas municipais. Em 79 cidades de 16 estados, os partidos formaram coligações que envolvem de 4 a 14 siglas.

No Maranhão, estado que já foi governado pelo ministro do STF Flávio Dino, essa parceria é mais evidente, com coligações em 22 cidades. A capital, São Luís, é um dos principais exemplos, onde o PT e o PL se juntaram em apoio à candidatura de Duarte Jr. (PSB), tendo a vereadora Creuzamar Pinho, do PT, como candidata a vice-prefeita. São José de Ribamar e Bacabal, também no Maranhão, são outras cidades onde essa aliança ocorre. Em Coroatá, com 59 mil habitantes, o PT lidera uma chapa com apoio do PL. Já em Viana, com 51 mil habitantes, a candidatura à prefeitura é encabeçada pelo PL com apoio do PT. Embora a direção nacional do PL, presidida por Valdemar Costa Neto, tenha proibido coligações com o PT e outros partidos de esquerda, as coligações estaduais e municipais refletem um pragmatismo típico das eleições locais. O PT também proibiu apoio a candidatos bolsonaristas, mas a falta de especificação partidária permitiu essas coligações.

Em São Paulo, coligações entre PT e PL estão presentes em 11 municípios, incluindo Taboão da Serra, onde nove partidos se uniram em torno da reeleição do atual prefeito Aprígio (Podemos). Além das alianças com o PL, o PT firmou coligações com o PSDB em 381 cidades e com o partido Novo em Mariana (MG). O PL, por sua vez, se aliou ao PDT em 405 cidades e ao PSOL em 11 municípios, como em Santa Luzia (MA). Para o cientista político Eduardo Grin, da FGV São Paulo, esse pragmatismo eleitoral se intensificou no Maranhão desde o governo Flávio Dino, com alianças partidárias que superam questões ideológicas. Ele ressalta que, em cidades menores, as disputas eleitorais tendem a ser menos influenciadas por ideologias, com foco em estratégias de poder e viabilidade eleitoral. Entre as alianças mais comuns em todo o país estão aquelas entre o MDB e PSD, além do MDB com o PP, que se repetem em mais de 1.200 cidades. O PT tem o MDB como principal parceiro, com coligações em 854 cidades, enquanto o PL forma a maior parte de suas alianças com o PP, presente em 994 municípios. Em São Paulo, os dois partidos se juntam com o Republicanos em 1.889 cidades, incluindo a campanha pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na capital.

Doação milionária para Boulos causa intriga dentro do PT

A doação de R$ 30 milhões do fundo eleitoral do Partido dos Trabalhadores (PT) para a campanha do deputado federal Guilherme Boulos (Psol) à Prefeitura de São Paulo gerou mal-estar na Executiva Nacional da sigla. O caso ganhou repercussão na imprensa nesta quinta (5).

A insatisfação não é apenas pelo valor transferido. Também se deve à forma como o repasse foi feito, ignorando as instâncias partidárias, conforme o jornal Folha de S.Paulo.

O veículo de comunicação relatou que, no grupo de WhatsApp da direção do PT, o secretário de relações internacionais do partido, Romênio Pereira, expressou sua preocupação.

Ele apontou que a transferência dos recursos ocorreu no dia 2, antes de a Executiva Nacional discutir o assunto, previsto para a reunião da próxima terça (10).

“É inaceitável que uma decisão tão relevante, que afeta todos os membros do partido e nossas estratégias eleitorais, tenha sido tomada sem o devido debate e deliberação na instância competente”, disse Pereira, de acordo com a Folha.

O secretário petista é contra a doação de mais recursos para Boulos. Para ele, a verba poderá faltar para campanhas da legenda pelo país. Ele ressaltou, no entanto, que se submete a uma decisão da executiva do PT, mesmo que seja contra sua posição.

No grupo, a tesoureira do PT, Gleide Andrade, explicou que antecipou os depósitos do fundo eleitoral porque o Tribunal Superior Eleitoral exige o depósito dos fundos destinados a candidaturas de mulheres e pessoas negras até 8 de setembro.

Gleide Andrade esclareceu que transferiu o repasse para a campanha de Guilherme Boulos como uma doação para a campanha da candidata a vice-prefeita na chapa encabeçada pelo psolista, Marta Suplicy (PT).

“Todos aqui sabemos da importância política da eleição do Boulos”, disse Gleide. “Ganhar a maior capital do país é fundamental para nosso projeto político a longo prazo, e sobretudo para 2026.”

Renato Sousa lidera para prefeito de Colinas com 62% das intenções de voto, aponta Econométrica

Pesquisa do Instituto Econométrica na cidade de Colinas mostra a liderança do candidato Renato Sousa (MDB) na disputa para a Prefeitura Municipal, com 62% das intenções de voto. Registrado sob o número MA-01800/2024, o levantamento foi encomendado pela rádio Mirante e portal Imirante e realizado no período de 31 de agosto a 2 de setembro.

O emedebista, de acordo com a pesquisa, vence em todos os cenários. No espontâneo, Renato Sousa aparece com 62% das intenções de votos, seguido por João Haroldo (PCdoB), com 24,9%. Nulos somam 2,4% e não sabem ou não responderam, 10,7%.

O percentual é maior ainda no cenário estimulado (quando são citados os nomes dos candidatos). Renato Sousa soma 65,6% das intenções de votos e João Haroldo aparece com 27,3%. Nulos somam 3,3% e não sabem ou não responderam, 3,8%.

Questionados sobre a expectativa de vitória nas eleições de outubro, independente de em quem vai votar, 72,2% responderam que o próximo prefeito de Colinas é Renato Sousa; e 12,9% disseram ser João Haroldo.

A pesquisa também aponta João Haroldo com a maior rejeição em Colinas, com percentual de 31,8%. Renato Sousa tem 18,2% de rejeição. A margem de erro é de 4,6 pontos percentuais para mais ou para menos, e o grau de confiança é de 95%.

Além disso, em Colinas, 79,8% afirmaram aprovar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra 15,8% que desaprovam. A gestão do governador Carlos Brandão é aprovada por 73,6% dos pesquisados e um percentual de 19,6%, disseram desaprovar.

A administração da prefeita Valmira Miranda tem aprovação de 71,6% dos ouvidos e 26,4% afirmaram desaprovar.

Governo Lula propõe maior perdão de pena para bandidos

O governo Lula apresentou um plano nacional de política criminal e penitenciária para 2024 a 2027, com a proposta de conceder maior indulto aos bandidos presos para enfrentar a superlotação carcerária no Brasil.

A iniciativa surge após o  Congresso Nacional derrubar o veto presidencial que barrou a “saidinha”, de acordo com informações publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo nesta sexta (2).

A proposta conta com o apoio do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.

O plano destaca a necessidade de monitorar estatísticas das audiências de custódia e a importância da atuação da Defensoria Pública. Além disso, propõe a possibilidade de realizar acordos de não persecução penal (ANPP) após as audiências.

Congresso Nacional vota vetos de Lula nesta semana

O Congresso Nacional se reunirá nesta terça (28), às 14 horas, para votar os vetos presidenciais que restaram da sessão de 9 de maio. Dos 20 vetos iniciais, 17 ainda estão em pauta.

As discussões mais acaloradas giram em torno dos vetos às “saidinhas” de presos e partes da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e da Lei Orçamentária Anual (LOA).

O líder da oposição no Congresso, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), destacou na sessão anterior a importância da derrubada do veto à revogação da antiga Lei de Segurança Nacional (LSN).

Em 2021, o então presidente Jair Bolsonaro vetou a tipificação do crime de disseminação de fake news, que previa pena de até cinco anos.