Eleições 2024: 131 candidatos no Maranhão não receberam nenhum voto

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nas eleições de 2024, 1.823 candidatos em todo o Brasil não receberam sequer um voto. Esse número representa 0,39% das candidaturas que apareceram nas urnas, sendo que apenas dois desses candidatos disputavam a prefeitura, enquanto o restante era composto por candidatos a vereador. A Bahia liderou o ranking de estados com mais candidatos zerados, e o Maranhão ficou na quarta posição, com 131 candidaturas sem voto.

A votação zerada é apontada pelo TSE como um possível indício de fraude à cota de gênero, especialmente quando o candidato também não movimenta contas bancárias de campanha. Esses candidatos, popularmente chamados de “espoca urnas”, podem ter sido lançados apenas para cumprir exigências legais, sem intenção de obter votos ou realizar campanha efetiva.

CGU propõe mudanças na Lei de Acesso à Informação e fim do sigilo de 100 anos

A Controladoria-Geral da União (CGU) elaborou um projeto de lei para alterar a Lei de Acesso à Informação (LAI) e extinguir o sigilo de 100 anos sobre documentos públicos. O texto, atualmente em revisão pela Casa Civil, depende da aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para ser encaminhado ao Congresso Nacional. A proposta determina que, ao receberem pedidos de informações, os servidores públicos avaliem o interesse público envolvido, algo que muitas vezes não é levado em consideração nas decisões de negação de acesso com base em dados pessoais.

A CGU informou que, em 2023, 1.339 solicitações foram rejeitadas sob essa justificativa, um número próximo ao registrado em 2022. O novo projeto também prevê que servidores, ao recusarem um pedido, deverão justificar a ausência de interesse público, algo não exigido pela legislação atual. Há insatisfação dentro da CGU com a frequência com que informações são negadas sem análise profunda do interesse público.

Durante a campanha de 2022, Lula prometeu acabar com o sigilo de 100 anos imposto por Jair Bolsonaro em documentos como a lista de visitantes do Palácio da Alvorada e sua carteira de vacinação. No entanto, o atual governo também decretou sigilo de 100 anos em outras situações, como as visitas à primeira-dama Rosângela da Silva e a declaração de conflito de interesses do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Além desse projeto da CGU, um projeto de lei do senador Carlos Viana (Podemos-MG) que visa acabar com o sigilo centenário está em tramitação no Senado. Viana criticou o uso abusivo da justificativa de sigilo para negar informações de interesse público, recebendo apoio de organizações que defendem a transparência governamental.

O projeto da CGU também estabelece que o sigilo baseado em dados pessoais tenha validade limitada à vida do agente público envolvido e que tais decisões de sigilo sejam revisadas a cada 10 anos. Ele sugere ainda a adoção de critérios objetivos para avaliar o interesse público, seguindo o modelo da Organização dos Estados Americanos (OEA), que recomenda que a proteção à informação traga um benefício superior ao impacto de sua divulgação. A expectativa é que a proposta seja enviada ao Congresso após as eleições municipais de 2024, mas integrantes da Casa Civil ainda estão analisando quais pontos seguirão adiante.

A LAI, sancionada em 2011 no governo Dilma Rousseff, determina que órgãos públicos respondam a solicitações de informações em até 20 dias, prorrogáveis por mais 10. Ela também classifica documentos como ultrassecretos, secretos ou reservados, com prazos de sigilo de 25, 15 e 5 anos, respectivamente. Informações pessoais podem ter sigilo de até 100 anos. Caso um pedido de acesso à informação seja negado, o cidadão pode recorrer a instâncias superiores, como a CGU e a Comissão Mista de Reavaliação de Informação (CMRI).

TSE: Ministro relator vota pela inelegibilidade de Jair Bolsonaro por abuso de poder político

Na terça-feira, 27, o TSE  – Tribunal Superior Eleitoral deu continuidade ao julgamento que analisa a elegibilidade do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O ministro relator do caso, Benedito Gonçalves, apresentou seu voto e decidiu pela inelegibilidade do ex-presidente.

Embora tenha defendido a inelegibilidade de Bolsonaro, o relator entendeu que o ex-presidente foi o único responsável pela reunião com embaixadores que ocorreu 76 dias antes das eleições, não condenando da mesma forma o ex-candidato à vice-presidência, general Braga Netto.

De acordo com o ministro Benedito Gonçalves, ficou configurado abuso de poder político no uso do cargo e houve desvio de finalidade ao utilizar o “poder simbólico do presidente e a posição de chefe de Estado” para “degradar o ambiente eleitoral”.

Após o voto do ministro relator, o julgamento foi suspenso e será retomado na quinta-feira, dia 29.

Os próximos a votarem serão os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal.

Iracema Vale é reeleita presidente da Assembleia Legislativa por unanimidade

A presidente da Assembleia Legislativa do Maranhão, deputada estadual Iracema Vale (PSB), foi reeleita nesta sexta-feira, 16, para mais um mandato à frente do comando da Casa.

A chapa pela qual concorreu, intitulada “É tempo de unidade”, recebeu os votos de todos os 42 parlamentares, garantindo uma eleição por unanimidade.

Durante seu discurso, Iracema destacou o caráter conjunto e compartilhado de seu trabalho, enfatizando a importância da equipe e dos servidores da Casa.

A nova Mesa Diretora, que assumirá em fevereiro de 2025, foi formada da seguinte maneira: Iracema Vale (PSB) como presidente, Júlio Mendonça (PCdoB) como 1º vice-presidente, Hemetério Weba (PP) como 2º vice-presidente, Fabiana Vilar (PL) como 3ª vice-presidente, Andreia Rezende (PSB) como 4ª vice-presidente, Antônio Pereira (PSB) como 1º secretário, Roberto Costa (MDB) como 2º secretário, Osmar Filho (PDT) como 3º secretário, Gulherme Paz (Patriota) como 4º secretário e Drª Viviane (PDT) como Procuradora da Mulher.

 

Ao tentar conseguir voto católico em Aparecida, Bolsonaro leva puxão de orelha da igreja e pode passar por ‘fariseu’

O presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro participou, dentro de um intervalo de cinco dias, de duas das maiores festas do calendário católico.

No sábado (8), esteve no Círio de Nazaré, em Belém do Pará. E na quarta-feira (12), foi à missa em homenagem à padroeira do Brasil no Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista, onde levou um puxão de orelha do padre Camilo Júnior , que rezava a missa de celebração da Santa.

“Hoje não é dia de pedir votos, é dia de pedir bênçãos”, disse o religioso.

Para Rodrigo Toniol, antropólogo integrante do comitê de pesquisa de sociologia da religião, a presença de Jair Bolsonaro nas duas festas populares tem a ver com a tentativa de conseguir o voto de católicos não praticantes presentes nas homenagens.

“Bolsonaro é bem-sucedido quando produz aquela foto diante de uma multidão abraçando os valores cristãos. Mas é muito malsucedido se a gente avalia a circulação de imagens que o apresenta como um candidato desrespeitoso em relação à religião ou, pior ainda, como um fariseu – aquele que pretende ser religioso, mas que no fundo não é.”

Lula beija comprovante após votar em SP: ‘Essa é a eleição mais importante’, diz

O candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) votou na manhã deste domingo (4) na escola estadual João Firmino, no bairro Assunção, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Após votar, ele beijou o comprovante e disse ser a eleição mais importante do país.

“Essa é a eleição mais importante. Estou muito feliz”.

Lula foi ao colégio eleitoral acompanhado de seu vice, Geraldo Alckmin (PSB); de sua esposa, a socióloga Rosângela da Silva, a Janja; da presidente do PT, Gleisi Hoffmann; e do candidato do PT ao governo de São Paulo, Fernando Haddad, e de Márcio França (PSB), ex-governador e candidato ao Senado.

Mulher é constrangida a declarar voto em Juscelino Filho por conta de obra pública

Além de constranger políticos, o “repórter” conhecido como Chumbo Grosso tem constrangido eleitores em currais eleitorais de aliados do senador Weverton Rocha (PDT).

Em um vídeo produzido na cidade de Matões, Chumbo Grosso que é apoiador do prefeito Ferdinando Coutinho (União Brasil), aborda uma moradora da cidade identificada como Rosa e praticamente obriga a mulher a declarar seu voto ao deputado federal, Juscelino Filho (União Brasil), por conta de uma simples obra de calçamento no bairro Santa Helena.

“O prefeito Ferdinando diz: eu quero chapa fechada. Eu quero que vote em Juscelino, Weverton e Cláudia Coutinho. Então nós tem voto, tem?”, questiona o “repórter”.

Sob pressão, Rosa é obrigada a repetir palavras como: “muito obrigado, Juscelino. Com isso aqui, eu vou dar meu voto pra você”.

A atitude do apoiador configura crime eleitoral, além do uso indevido de imagem. Ressaltando que a destinação e aplicação correta de recursos públicos é um dever dos gestores e detentores de cargos eleitos.

Em um outro vídeo, o prefeito Ferdinando aparece afirmando que recebeu de Juscelino Filho R$ 28 milhões de emendas parlamentares.

Eleitor que se recusar a entregar celular a mesário será impedido de votar, diz TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, por unanimidade, nesta quinta-feira (1º) as regras sobre a entrega do celular aos mesários e a proibição do porte de arma nos locais de votação.

O plenário já havia confirmado que os celulares estão proibidos na cabine de votação e, o porte de armas, nos locais de votação. Agora, a Corte aprovou as mudanças na resolução que disciplina as regras para o pleito, com detalhes sobre as vedações.

Proibição de celular

Na cabine de votação, é vedado ao eleitor portar:

  • aparelho de telefonia celular
  • máquina fotográfica
  • filmadoras
  • equipamentos de rádio comunicação
  • qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo do voto, ainda que desligados

Para que o eleitor possa se dirigir à cabine de votação, os aparelhos mencionados devem ser desligados e entregues à mesa receptora de votos, juntamente com documento de identidade apresentado.

A mesa receptora deverá ficar responsável pela retenção e guarda dos equipamentos. Concluída a votação, ela restituirá o documento e os aparelhos.

A mesa indagará ao eleitor, antes de ingressar na cabine, sobre o porte de aparelho de telefonia celular, máquina fotográfica, filmadoras e equipamentos de rádio comunicação ou qualquer instrumento que possa comprometer o sigilo de voto a fim de que esses aparelhos lhes sejam entregues.

Havendo recusa na entrega:

  • o eleitor não será autorizado a votar
  • a presidência da mesa receptora constará em ata os detalhes do ocorrido
  • a força policial será chamada para adotar providências necessárias, sem prejuízo de comunicação a juíza ou ao juízo eleitoral.