São Luís é condenado a fiscalizar acessibilidade em calçadas

O Município de São Luís foi condenado a fiscalizar e garantir a acessibilidade das calçadas dos imóveis das empresas Revemar Comércio de Automóveis e Utilitários e Intercar Comércio e Serviços. Caso contrário, deverá pagar uma multa diária de R$ 1 mil ao Fundo Estadual de Direitos Difusos.

A ação judicial, movida por um advogado, alegou que as calçadas das referidas empresas são “inacessíveis” e violam as leis municipais nº 4.590/2006 e nº 6.292/2017, além das normas técnicas brasileiras (ABNT NBR 9050 e NBR 16537).

Na Audiência de Conciliação realizada em 9 de junho de 2022, na Vara de Interesses Difusos e Coletivos de São Luís (VDIC), as empresas se comprometeram a adequar as calçadas para torná-las acessíveis.

Em sua sentença, o juiz Douglas de Melo Martins, titular da VDIC, constatou que o Município de São Luís falhou em seu dever de aplicar a legislação de muros e calçadas, devido à falta de acessibilidade nas áreas externas dos empreendimentos citados.

A sentença destacou o Estatuto da Pessoa com Deficiência, que garante o direito à acessibilidade para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida, permitindo-lhes viver de forma independente e exercer seus direitos de cidadania.

Além disso, a lei estabelece que a construção, reforma, ampliação ou mudança de uso de edificações abertas ao público, de uso público ou privadas de uso coletivo devem ser executadas de modo a serem acessíveis.

A Lei 10.098/2000 e o Decreto nº 5.296/2004 reforçam que os projetos de arquitetura e urbanismo devem atender aos princípios do desenho universal, conforme as normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT).

As empresas devem observar as normas ABNT NBR 9050 e NBR 16537, que estabelecem parâmetros de acessibilidade para edificações, móveis, espaços e equipamentos urbanos.

A Lei Municipal nº 6.292/2017, por sua vez, impõe a instalação de piso podotátil e uma largura mínima de 1,20m para o passeio nas calçadas, garantindo a livre circulação de pedestres.

Prefeitura de São Luís é investigada por irregularidades em obras de recuperação asfáltica e drenagem

O MPMA – Ministério Público do Maranhão anunciou a abertura de um procedimento administrativo para investigar a Prefeitura de São Luís. A ação visa requerer e verificar o processo de recuperação asfáltica, drenagem e limpeza de diversas ruas na capital maranhense, com destaque para áreas críticas como a Unidade 101, Rua 17-A, ciclovia que liga o Conjunto Reviver e o Conjunto Cidade Operária; Unidade 101, Rua 11, esquina com a Rua 01 do bairro Cidade Operária; Unidade 205, Rua 205, SO, Quadra 10-F, também na Cidade Operária; além das travessas das Ruas 12, 13 e 14, Bloco C, no bairro Cidade Olímpica.

O objetivo principal do procedimento é investigar a execução dessas obras, especialmente diante da urgente necessidade de recuperação das vias, sobretudo durante os períodos chuvosos. A instauração do procedimento ocorreu após o registro da Notícia de Fato nº 050807-500/2023, datada de 13 de dezembro de 2023. Este registro foi realizado após atendimento ao público, no qual foi constatada a urgência em realizar as obras devido aos danos causados pelas chuvas.

Câmara de São Luís inicia processo de cassação contra Vereador Domingos Paz

Em uma sessão extraordinária realizada nesta quinta-feira (09), a Câmara Municipal de São Luís deliberou, por unanimidade, pela abertura do processo de cassação contra o vereador Domingos Paz, do partido Democracia Cristã (DC), sob acusação de quebra de decoro parlamentar.

A decisão veio após a leitura do relatório da Comissão de Ética, que acatou a denúncia contra o vereador, envolvendo alegações de assédio sexual e estupro de vulnerável. Os 25 vereadores presentes no plenário participaram da votação, que resultou na instauração do processo que pode resultar na cassação do mandato de Domingos Paz.

Com a abertura do processo, foi constituída uma Comissão Processante por meio de sorteio, composta por três vereadores. Essa comissão terá um prazo de 90 dias para apresentar um relatório conclusivo sobre a denúncia, podendo recomendar o arquivamento do caso ou a cassação do mandato do vereador envolvido.

Os membros da Comissão Processante são: Chico Carvalho (PSDB), designado como presidente, Fátima Araújo (PCdoB), atuando como relatora, e Edson Gaguinho (PP). A partir de agora, a Câmara Municipal de São Luís dá início a um processo de investigação minucioso e imparcial, visando garantir a integridade e a transparência nas instituições democráticas da cidade.

Protesto em São Luís contra intervenção no trânsito mobiliza moradores

Na noite desta quinta-feira, 02, os moradores da região do Cruzeiro do Anil, em São Luís, expressaram sua insatisfação em relação a uma nova intervenção no trânsito local através de um protesto realizado na Avenida São Sebastião. O motivo principal do descontentamento é a autorização concedida pelo prefeito Eduardo Braide (PSD) para a remoção da praça em frente à igreja do bairro, visando ampliar um retorno na via.

Os manifestantes alegam que a medida, embora tenha como objetivo facilitar o fluxo de veículos, acarretará em consequências negativas para a comunidade. O local em questão tem sido um ponto de congestionamento desde a intervenção realizada no retorno da Cohab, o que tem gerado transtornos para os residentes da área.

A indignação dos populares se intensificou após o anúncio feito pelo gestor municipal nas redes sociais, no qual informou que a nova obra teria início já na sexta-feira, 3. Segundo os manifestantes, Braide teria tomado a decisão sem consultar previamente a comunidade afetada, gerando um sentimento de falta de participação e diálogo por parte da gestão municipal.

Secretário de Cultura deve ir à Câmara explicar caso Juju e Cacaia

A Câmara de São Luís aprovou a convocação do secretário municipal de Cultura, Maurício Itapary, para prestar esclarecimentos sobre o contrato firmado entre a prefeitura e o instituto Juju e Cacaia “Tu és uma bênção” para a realização do carnaval e pré-carnaval promovidos pelo executivo municipal.

A audiência está marcada para o dia 6 de maio e foi solicitada pelo Coletivo Nós (PT).

O contrato em questão, no valor de quase R$ 7 milhões, foi firmado no início do ano entre a prefeitura de São Luís e o instituto Juju e Cacaia “Tu és uma bênção”, para realizar o pré-carnaval e o evento “Cidade do Carnaval”.

O instituto, que tem sede na Cidade Olímpica, foi contratado para organizar as festividades. No entanto, o contrato gerou controvérsias desde o início.

Durante o carnaval, surgiram diversas polêmicas em torno do contrato, levando o prefeito Eduardo Braide a rescindir o acordo, demitir servidores e substituir o então secretário Marcos Duailibe.

Após uma nova licitação, o instituto Solis venceu o processo, porém, de acordo com alegações do Ministério Público, estava inabilitado para tal. Posteriormente, após recomendação do MP, a prefeitura retomou o contrato com o instituto Juju e Cacaia.

Na última sessão da Câmara Municipal, realizada nesta segunda (29), uma nova polêmica surgiu. O contrato original foi aditivado em mais de R$ 1,9 milhão, totalizando um valor de quase R$ 9 milhões repassados pelo município ao instituto Juju e Cacaia.

Esse montante não inclui os cachês das atrações nacionais, que ultrapassam os R$ 2,5 milhões, sendo que somente o DJ Alok recebeu R$ 700 mil.

Câmara de São Luís aprova projeto de cotas para pessoas travestis e transexuais no mercado de trabalho

A Câmara Municipal de São Luís aprovou, em sessão realizada nesta quinta-feira, o Projeto de Lei nº. 167/22, proposto pelo Coletivo Nós (PT), que estabelece a reserva de 10% das vagas de emprego para pessoas autodeclaradas travestis e transexuais em empresas com mais de 100 funcionários na capital maranhense.

De acordo com a proposta, as empresas que possuem incentivos fiscais, participam de licitações ou mantêm contratos ou convênios com o poder público municipal deverão cumprir a cota de contratação, que aguarda agora a sanção do prefeito Eduardo Braide (PSD) para entrar em vigor.

O vereador Jhonatan Soares, defensor da medida, destacou a necessidade de ação diante da alarmante realidade de violência e exclusão enfrentada pela população trans no Brasil. “O Brasil é o país onde mais assassinatos de pessoas trans são registrados no mundo. Isso se deve até mesmo à pandemia do coronavírus em 2020, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra)”, afirmou o parlamentar.

Além da reserva de vagas, o projeto prevê garantias para o uso do nome social da pessoa travesti ou transexual após a contratação, assegurando que os registros das empresas contemplem essa informação, acompanhada do nome civil apenas para fins administrativos internos.

MP investiga repasse do Imposto de Renda ao FMDCA na gestão de Braide em São Luís

O MPMA – Ministério Público do Estado do Maranhão anunciou a conversão do Procedimento Preparatório n.º 037954-500/2022 em Inquérito Civil devido ao excesso de prazo para apurar a resposta referente ao Ofício n.º 287/22-CMDCA, datado de 04/11/2022, que trata do repasse do imposto de renda ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (FMDCA).

Neste desdobramento da investigação, o MPMA atua como Polo Ativo, enquanto o Município de São Luís é o Polo Passivo. A decisão de converter o procedimento preparatório em inquérito civil foi tomada devido à demora na prestação de informações sobre o repasse do imposto de renda ao FMDCA durante a gestão do prefeito Eduardo Braide, do PSD.

O objetivo da investigação é esclarecer possíveis irregularidades ou demoras na prestação de informações sobre o repasse do imposto de renda ao FMDCA.

São Luís deve ter 1 mil candidatos a menos nas eleições 2024

Uma alteração à Lei das Eleições, realizada em 2022 por meio da Lei n.º 14.211, reduzirá drasticamente a quantidade de candidatos a vereador em São Luís nas eleições de 2024. O novo texto, reduziu o limite de candidatos que cada partido pode registrar nos pleitos proporcionais.

Na prática, em 2020, cada partido poderia lançar até 47 candidatos (ou 150% do número de vagas na Câmara Municipal). A capital maranhense tem 31 vereadores.

Com a nova lei, os partidos podem lançar, no máximo, até 100% do número de vagas a preencher, mais um. Ou seja: em São Luís, cada partido (ou federação) poderá ter até 32 candidatos.

Nem todos as legendas, contudo, terão nominatas completas, como revela o vereador Raimundo Penha (PDT). “Tem muito partido que está com problemas para fechar as chapas”, destacou. Ele preferiu, no entanto, não dar os nomes das siglas.

Baixa – A combinação da exigência legal e dificuldades de recrutamento pelos partidos pode reduzir candidaturas em 2024. Esta redução provavelmente será significativa, principalmente no maior colégio eleitoral do Maranhão. A discrepância habitual entre candidaturas permitidas e apresentadas também contribui para isso.

Em 2020, os 30 partidos que disputaram as eleições poderiam lançar até 1.410 candidatos a vereador – mas lançaram efetivamente apenas 943 (ou aproximadamente 67% do permitido).

Para este ano, o máximo permitido já seria abaixo de 1 mil se houvesse as mesmas 30 legendas. Ocorre que não há. O PSC foi incorporado pelo Podemos; o PTB e o Patriota fundiram-se para formar o PRD. Além disso, PT, PCdoB e PV formam uma única federação, assim como PSOL e Rede, além de PSDB e Cidadania.

No fim das contas, haverá em 2024 apenas 25 agremiações disputando vagas na Câmara Municipal da capital – cada uma delas podendo lançar apenas 32 candidaturas, o que culminaria com 800 nomes disputando vagas no legislativo. Se aplicado o mesmo “percentual de aproveitamento” de quatro anos atrás, esse número cairia para apenas 536.

E quem está dentro do jogo acredita que será ainda menor. “Nós temos trabalhado com algo entre 400 e 500 candidatos”, afirma Penha. O também vereador Álvaro Pires (PSB) concorda. “É possível que tenhamos pouco mais de 400 candidaturas”, especula.

Busca por votos – Todas essa mudanças podem representar, ainda uma virada de chave na busca dos candidatos por votos. Nos últimos anos, a cada novo pleito verificava-se que os vereadores eleitos mais votados em São Luís tinham cada vez menos votos.

Em 2016 e 2020, por exemplo, o mais votado foi o hoje deputado estadual Osmar Filho (PDT), com 9.809 e 7.447 votos, respectivamente.

O mesmo vinha acontecendo com o eleito com menos votos. Em 2016, Silvino Abreu, então no PRTB, obteve 2.233 votos; já em 2020, Marlon Botão (PSB), 2.013.

Uma explicação paras os números pode ser o fato de que o eleitorado cresceu, mas com o aumento do número de partidos nas últimas décadas, também vinha aumentando consistentemente a quantidade de candidatos.

Em 2024, com menos candidatos, cerca de 750 mil eleitores em São Luís estão aptos a votar. É provável que os mais votados quebrem o recorde de 2008, estabelecido pelo vereador Edivaldo Holanda Júnior com 10.670 votos.

Defensoria aciona prefeitura na justiça por vagas em escolas

A Defensoria Pública do Estado do Maranhão ingressou com ação civil pública exigindo que a Prefeitura de São Luís amplie vagas para estudantes de escolas públicas da capital. A medida foi tomada após o Sindeducação revelar que 22 escolas municipais estão fechadas durante o período letivo.

A Secretaria Municipal de Educação divide São Luís em sete regiões de educação (Cidade Operária, Itaqui-Bacanga, Zona Rural, Turu, Bequimão, Anil e Centro), e a ação protocolada pela Defensoria será feita por território, começando pela região da Cidade Operária, que apresentou maior demanda.

Segundo Ana Paula Martins, diretora do Sindeducação, há escolas que enfrentam problemas como salas superlotadas, falta de ventilação e ameaça real de desabamento do forro.

Comissão deve investigar acusações contra vereador nesta quarta

Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal de São Luís deve iniciar as oitivas e coleta de depoimentos para investigar denúncias contra o vereador Domingos Paz.

As acusações envolvem estupro e assédio sexual, inclusive com alegações que incluem menores. Os trabalhos estão agendados para começar na tarde desta quarta(10), a partir das 14h.

As sessões serão realizadas a portas fechadas na Sala Vip do Palácio Pedro Neiva de Santana, localizado no Centro Histórico da capital maranhense. Por ora, os nomes dos primeiros depoentes permanecem sob sigilo.

A Mesa Diretora da Casa realizou uma recomposição do colegiado no início deste mês, com os seguintes membros titulares: Astro de Ogum (presidente), Aldir Júnior (relator), um integrante do Coletivo Nós, Marcial Lima e Francisco Chaguinhas. Andrey Monteiro foi designado como suplente.

O relatório final sobre o caso está programado para ser entregue no dia 17 deste mês.

Informações dão conta de que Domingos Paz deve contar com o voto favorável de apenas um de seus pares, Francisco Chaguinhas, entre os 31 vereadores.