
A prefeita do município de Chapadinha, Maria Ducilene Pontes, a “Belezinha” (PL), expôs acidentalmente, em um grupo de mensagens no WhatsApp, uma possível prática criminosa de contratação irregular de servidores públicos comissionados. A publicação, feita na noite deste domingo (26), continha a imagem de dois currículos com anotações manuscritas em blocos de notas adesivas, revelando que as contratações estavam diretamente relacionadas ao envolvimento das candidatas nas campanhas eleitorais de 2020 e 2024.
Em um dos bilhetes, referente a uma candidata chamada “Cláudia”, é mencionado que ela “trabalhou na campanha de 2020 e 2024”, com indicação para ser empregada nos programas sociais Criança Feliz ou Bolsa Família. Já no caso de outra candidata, “Sara”, a anotação destaca sua participação em campanhas políticas da prefeita e de seu esposo, o deputado estadual Aluísio, sugerindo várias áreas de lotação na administração municipal.
Após a divulgação involuntária da imagem no grupo “Imprensa 360”, que conta com a presença de políticos e comunicadores de todo o Maranhão, a prefeita rapidamente apagou a mensagem, mas a exposição já havia gerado repercussão. O episódio levantou sérias suspeitas sobre a existência de um esquema sistemático de contratação baseada em critérios políticos e eleitorais, evidenciando uma possível prática de compra de votos nas últimas eleições em troca de cargos na prefeitura.
Diante dessas revelações, o Ministério Público do Maranhão poderá instaurar uma investigação aprofundada para apurar as irregularidades, o que pode implicar em consequências legais para a gestão de Belezinha. Suspeita-se que o caso de Cláudia e Sara seja apenas a ponta do iceberg de centenas de outras contratações com critérios semelhantes dentro da administração municipal.