Ao ridicularizar disputa entre Brandão e Camarão, Duarte Júnior expõe falta de posicionamento

Em vez de contribuir com maturidade para o debate político sobre a sucessão estadual de 2026, o deputado federal Duarte Júnior (PSB) preferiu adotar uma postura oportunista diante do racha entre o governador Carlos Brandão e o vice Felipe Camarão.

Durante entrevista ao Bom Dia Mirante, nesta quarta-feira (4), Duarte classificou o cenário como “uma novela mexicana de péssima qualidade”, numa tentativa forçada de desqualificar uma disputa legítima dentro do campo político que ele conhece bem, mas da qual se recusa a participar com clareza.

A crítica superficial diz mais sobre a postura do próprio Duarte do que sobre a disputa em si. Ao se colocar como “trabalhador” e acima dos conflitos, ele tenta agradar todos os lados e se apresentar como solução neutra, evitando qualquer comprometimento real.

Sua postura, vendida como pragmática e “acima das brigas”, é, na verdade, uma estratégia para se manter em evidência sem correr riscos — um cálculo político que, mais cedo ou mais tarde, exigirá definições.

Eliziane Gama defende Marina Silva, mas é cobrada por silêncio sobre ataques a Mical Damasceno

Durante o 1º Encontro Legislativo das Mulheres do Maranhão, realizado nesta quinta-feira (29) na Assembleia Legislativa, a senadora Eliziane Gama (PSD) saiu em defesa da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

Ela relembrou o episódio recente no Senado em que a ministra foi interrompida diversas vezes enquanto apresentava dados sobre a situação ambiental do país, classificando o tratamento como desrespeitoso e misógino.

Apesar da fala em apoio a Marina, Eliziane foi cobrada por não ter se pronunciado publicamente sobre os ataques sexistas direcionados à deputada estadual Mical Damasceno (PSD), que vieram à tona após o vazamento de mensagens atribuídas ao vice-governador Felipe Camarão.

O silêncio da senadora gerou críticas quanto à sua coerência na defesa das mulheres na política, especialmente por se tratar de uma colega de parlamento também alvo de violência de gênero.

“Currículo sem caráter é só enfeite”, dispara Mical Damasceno em indireta a Felipe Camarão

A deputada estadual Mical Damasceno (PSD) usou as redes sociais nesta segunda-feira (26) para alfinetar o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), em meio à repercussão das mensagens ofensivas atribuídas a ele.

Sem citar nomes, Mical escreveu: “Pode ter doutorado, pós, mil títulos, mas se lhe faltar caráter, todo esse currículo não passa de enfeite. Caráter não se comprova com diploma, mas com atitudes”. A publicação termina com um aviso: “Mais cedo ou mais tarde, o disfarce cai. Sempre cai.”

A indireta da parlamentar ocorre um dia após Felipe Camarão publicar uma lista de experiências profissionais em seu perfil, ao som da música “Respeitem quem pode chegar onde a gente chegou”, de Jorge Aragão. A troca de farpas acontece após o vazamento de uma conversa via WhatsApp entre Camarão e o blogueiro Victor Landim, na qual o vice-governador teria usado palavras de baixo calão para se referir à deputada.

Camarão negou a autenticidade das mensagens, mas o blogueiro prestou depoimento e entregou seu celular para perícia, cujo laudo confirmou nesta segunda-feira (26) a veracidade da troca de mensagens.

Perícia confirma autenticidade de mensagens ofensivas de Felipe Camarão sobre Mical Damasceno

Ficou pronto nesta segunda-feira (26) o laudo da perícia policial que analisou as mensagens trocadas via WhatsApp entre João Victor Santos Paes Landim e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT).

O resultado confirmou a autenticidade da conversa, em que o vice-governador utiliza palavras de baixo calão ao se referir à deputada estadual Mical Damasceno, vítima de declarações consideradas ofensivas e de teor sexista.

Em depoimento à polícia, Victor Landim afirmou que, após a divulgação do conteúdo, Felipe Camarão teria ligado para ele chorando e pedido a retirada da publicação do site que expôs os diálogos.

Com a conclusão da perícia, a Procuradoria da Mulher da Assembleia Legislativa do Maranhão, presidida pela deputada Dra. Vivianne, deve solicitar oficialmente o laudo à polícia e se pronunciar sobre o episódio envolvendo o vice-governador.

Em depoimento, blogueiro afirma sofrer ameaças de morte após divulgar matéria sobre Felipe Camarão

O site teve acesso, com exclusividade, ao depoimento prestado por João Victor Santos Paes Landim, responsável por divulgar em seu portal de notícias uma conversa via WhatsApp com o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT). O conteúdo revelado envolve ofensas de cunho sexista dirigidas à deputada estadual Mical Damasceno, além de uma suposta tentativa de censura à publicação.

Victor Landim compareceu espontaneamente à sede da Delegacia Geral de Polícia Civil no último domingo (18), onde foi ouvido pelo superintendente de Polícia Civil do Interior, delegado Ricardo Pinto Aragão. No depoimento, ele relatou que Camarão ligou chorando, pedindo para que a postagem fosse retirada, e chegou a insinuar uma oferta ao perguntar “se o declarante precisaria de algo para retirar a referida postagem”.

Landim também entregou seu celular para perícia e afirmou estar sofrendo ameaças de morte, temendo pela própria vida e a de seus familiares após a repercussão do caso.

Publicação do site Marrapá reforça autenticidade de mensagens entre Victor Landim e Felipe Camarão

Para reforçar a veracidade das mensagens trocadas entre o blogueiro Victor Landim e o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), o site Marrapá — um dos mais tradicionais da política local — publicou um post destacando que o petista fez referência direta a uma publicação feita pela página na manhã do dia 7 de maio. Na ocasião, o Marrapá divulgou o discurso da deputada estadual Mical Damasceno, que teria motivado os comentários ofensivos atribuídos ao vice-governador.

No vídeo publicado às 10h08, Mical acusava Camarão de articular para “herdar o Palácio dos Leões e empurrar Brandão para o esquecimento”, questionando sua lealdade ao governador e lembrando vetos a projetos de sua autoria durante a breve gestão interina do petista.

Às 11h31, pouco depois do segundo discurso da deputada no Grande Expediente, Felipe Camarão escreveu em mensagem a Landim: “agora os comentários do Marrapá estão todos contra ela” — demonstrando que acompanhava em tempo real a repercussão gerada pela postagem e evidenciando a correlação direta entre os fatos noticiados e as mensagens atribuídas a ele.

“Crise do Print” domina retorno da Assembleia e Mical cobra celular de Camarão 

A primeira sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Maranhão após o vazamento de uma suposta conversa atribuída ao vice-governador Felipe Camarão (PT) foi marcada por discursos incisivos e apelos por prudência.

A principal envolvida no episódio, a deputada Mical Damasceno (PSD), cobrou de Camarão que entregue seu celular à Justiça para perícia. “Se o senhor vice-governador Felipe Camarão não tem nada a temer, que ele entregue o celular para a Justiça. Por que não? O que custa? Rapidamente tudo será esclarecido”, afirmou, reforçando que acredita na veracidade do conteúdo vazado.

Em contraponto, o deputado Carlos Lula (PSB) adotou um tom mais conciliador, pedindo cautela e destacando que tanto Camarão quanto Damasceno estão sendo expostos de forma injusta.

Ele ainda sugeriu que o caso pode ter sido fomentado por interesses eleitorais: “De repente se inventa uma crise envolvendo o vice-governador, e se coloca a honra de uma deputada da Casa no meio disso. (…) Não quero acreditar que houve dinheiro envolvido, mas a Casa não pode transformar isso em pauta política.” A crise segue em evidência e deve continuar repercutindo no ambiente político estadual.

Brandão e Camarão consolidam aliança com olhos em 2026

O cenário político maranhense caminha, com surpreendente coesão, para consolidar um projeto de continuidade de poder que une o governador Carlos Brandão (PSB) e o vice-governador Felipe Camarão (PT). O que antes era visto como uma possível crise entre dinistas e brandonistas, agora se traduz em estabilidade e alinhamento de estratégias.

Brandão prepara o terreno para disputar o Senado em 2026, enquanto Camarão, já posicionado como sucessor natural, deve assumir o Palácio dos Leões em abril do próximo ano e disputar a reeleição no mesmo pleito. Ambos se apresentam como candidatos altamente competitivos, impulsionados por uma base política sólida, apoio institucional e visibilidade estadual, mesmo diante de possíveis adversários de peso, como o prefeito de São Luís, Eduardo Braide (PSD).

Camarão, jovem, mas com um currículo de veterano, terá o desafio de convencer o eleitorado de que pode manter o Maranhão em rota de estabilidade e avanços. Terá como trunfos o selo de confiança do ex-governador e ministro do STF, Flávio Dino, e o apoio do presidente Lula (PT), cuja bandeira deve carregar na disputa.

Do outro lado, Carlos Brandão colhe frutos de sua gestão municipalista, com programas sociais mantidos e uma maratona de entregas pelo interior, o que o coloca como nome quase consensual ao Senado, inclusive com adesões de antigos adversários como o senador Weverton Rocha e o deputado Juscelino Filho. Resta saber se esse clima de unidade sobreviverá ao calendário eleitoral. Por ora, a engrenagem gira com harmonia e propósito definidos.

Governo do Maranhão reafirma que precatórios do Fundef pertencem exclusivamente aos professores

A Procuradoria-Geral do Estado do Maranhão (PGE-MA) reiterou que os professores da rede estadual de ensino devem receber integralmente os recursos dos Precatórios do Fundef, sem retenção de 15% para escritórios de advocacia.

A manifestação, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), reforça que o governo estadual, autor da ação em favor da categoria, não tem interesse na destinação de parte do montante para pagamento de advogados contratados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Maranhão (Sinproessema). Segundo a PGE, o valor de mais de R$ 400 milhões pertence exclusivamente aos docentes e deve ser repassado integralmente como abono salarial.

O vice-governador Felipe Camarão (PT), que foi o primeiro a se posicionar contra a tentativa do Sinproessema de utilizar parte dos recursos para pagar advogados, comemorou a decisão da PGE. Camarão destacou que o governo estadual sempre defendeu que os professores recebessem a totalidade dos valores, sem qualquer interferência.

Ele também ressaltou que tanto a União quanto os advogados do sindicato já manifestaram desinteresse em uma audiência sobre o tema, indicando que não há impasse gerado pelo governo estadual. Caso contrário, sem a reação firme do Executivo, os milhões destinados aos educadores poderiam ter sido comprometidos com despesas advocatícias em uma ação na qual o sindicato não é parte.

Camarão veta projeto de lei de Mical Damasceno sobre atividades pedagógicas de gênero nas escolas do Maranhão

O governador em exercício, Felipe Camarão, vetou nesta terça-feira (9) um projeto de lei de autoria da deputada estadual Mical Damasceno (PSD), que daria aos pais e responsáveis o direito de impedir a participação dos filhos em atividades pedagógicas de gênero nas escolas do estado do Maranhão. O projeto, aprovado há duas semanas na Assembleia Legislativa, também previa penalidades para as instituições de ensino que desrespeitassem os termos da lei.

No texto do veto, foi destacado que o Supremo Tribunal Federal (STF) já havia declarado inconstitucional uma lei similar no estado de Alagoas, que instituía o programa Escola Livre. A jurisprudência do STF tem sido firme em reconhecer a inconstitucionalidade de leis que proíbam o tratamento de gênero e educação sexual no âmbito do ensino. “Legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional é competência da União, conforme dispõe o artigo 22, inciso XXIV, da nossa Constituição. E é nosso dever, enquanto Estado, assegurar um ensino plural, que prepare os indivíduos para a vida em sociedade, sem violação à liberdade de ensinar e de aprender”, destacou Felipe Camarão.

A Supervisão de Participação Social da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) também se manifestou contra o projeto, afirmando que a proposta afrontava preceitos constitucionais e censurava atividades culturais, além de violar a laicidade do Estado e o pluralismo de ideias. “Concluímos que não compete aos Estados e Municípios legislarem sobre assuntos educacionais, que somente a esfera federal possui a prerrogativa de orientar os conteúdos trabalhados em sala de aula”, destacou um parecer técnico da Seduc. O projeto previa multas de R$ 1 mil a R$ 10 mil por aluno, suspensão temporária das atividades e até cassação da autorização de funcionamento das escolas em caso de descumprimento.