Alexandre de Moraes recebe pedido de prisão contra Bolsonaro

O STF – Supremo Tribunal Federal recebeu de deputados do Psol um pedido de prisão preventiva do ex-presidente da República, Jair Messias Bolsonaro (PL).

Na acusação, a legenda alega que Bolsonaro atentou “contra a democracia e o Estado de Direito”.

A petição foi endereçada ao ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito 4.874, dos chamados “atos antidemocráticos”.

Além da prisão preventiva, os parlamentares querem a quebra de sigilo telefônico e telemático; busca e apreensão de provas e documentos; apreensão do passaporte do ex-presidente. Eles justificam que Bolsonaro tem uma base radical ativa e que por vários momentos cometeu crimes contra a democracia.

Segundo o Psol, o pedido é legítimo, pois por ser ex-presidente, Bolsonaro não tem mais direito ao foro privilegiado, além da imunidade penal temporária.

Vale lembrar que Jair Bolsonaro está fora do país desde a última sexta-feira (30) quando viajou com a família para os Estados Unidos. A estadia do político em solo americano está prevista para durar até o fim de janeiro.

Data Folha: Bolsonaro deixa o governo com percentual de aprovação maior que o de rejeição

Segundo o Data Folha, o presidente Jair Bolsonaro (PL) deixa o governo com um percentual de aprovação maior do que o da rejeição.

Os números apurados afirmam que 39% dos brasileiros dizem que o atual presidente fez um governo bom ou ótimo, enquanto para 37% foi ruim ou péssimo.

Para 24% dos entrevistados, a administração de Bolsonaro foi apenas regular. Não opinaram na pesquisa 1%, segundo o levantamento realizado em 19 e 20 de dezembro, com 2.026 eleitores, em 126 cidades.

A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.

Governo Lula reavalia esquema de segurança da posse

Interlocutores do ministro da Justiça do governo Lula (PT), Flavio Dino, e do futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues Passos, classificam integrantes de acampamentos como membros de uma organização criminosa.

Ao todo, já foram solicitados 27 inquéritos para responsabilizar suspeitos de atos de vandalismo e terrorismo, mas a avaliação é a de que há uma inércia e apatia das autoridades atuais.

No dia da diplomação, 12 de dezembro, bolsonaristas tentaram invadir o prédio da PF em Brasília, incendiaram coletivos e depredaram prédios sem serem contidos pela polícia.

Segundo interlocutores, o governo de transição não recebe nenhum tipo de informação de inteligência do atual ministro da Justiça ou do diretor-geral da Polícia Federal sobre os casos recentes.

Diante da escalada de ameaças, a avaliação interna é de que o cenário é crítico e uma ala do novo governo defende reavaliar o esquema de segurança de Lula na posse. Inclusive, sugerindo que ele não desfile em carro aberto.

A informação é de que uma das prioridades do novo governo vai ser enfrentar com rigor o extremismo de direita que se instala no Brasil. A proposta inclui, ainda, a revisão de leis sobre segurança pública e terrorismo.

A poucos dias de deixar a presidência, Jair Bolsonaro comemora queda no preço da gasolina

Foi por meio da sua conta no twitter que Jair Bolsonaro comemorou mais uma queda do preço da gasolina registrada na Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

– PREÇO DA GASOLINA CAI NO BRASIL PELA QUINTA SEMANA CONSECUTIVA: – A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis anunciou a 5a redução seguida no preço da gasolina.

– O relatório da agência é divulgado semanalmente e, desta vez, a queda foi de 0,20% nas bombas.

Jair Bolsonaro deve deixar a Presidência da República no próximo sábado (31).

 

PRF aposenta Silvinei Vasques, investigado por bloqueios ilegais em rodovias

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) concedeu aposentadoria voluntária ao ex diretor-geral, Silvinei Vasques, investigado por usar o cargo para apoiar bloqueios ilegais nas rodovias contra o resultado das urnas. A aposentadoria de Silvinei é integral, ou seja, ele segue recebendo o mesmo salário de quando estava na ativa. A decisão foi publicada na edição do Diário Oficial desta sexta-feira (23).

Vasques havia sido exonerado do cargo de diretor-geral por Bolsonaro na terça-feira (20) e, segundo do Diário Oficial, foi aposentado um dia depois, no dia 21. No entanto, a publicação do ato só foi feita sexta-feira.

O ex diretor-geral fazia parte dos quadros da instituição desde 1995 e tem menos de 50 anos. Vasques soma 27 anos de trabalho como policial e entrou na PRF antes da Reforma da Previdência, em 2019. Com isso, a concessão de aposentadoria se baseia na regra antiga, que estipula que homens com 30 anos de contribuição e 20 de atividade policial podem se aposentar independente de idade. Na regra atual, ele teria que ter no mínimo 55 anos, com 30 de contribuição e 25 de atividade policial.

A portaria que concedeu a aposentadoria também se baseia em um regime diferente de aposentadoria a policiais, que permite pagamento integral do salário que hoje ele recebe. Além disso, o benefício de Vasques vai ter paridade – garantindo que tenha os mesmos reajustes que os policiais da ativa.

Segundo a PRF, a remuneração de Silvinei Vasques não está disponível no Portal da Transparência, assim como de todos os policiais da corporação, por segurança. Com a aposentadoria, o salário pode ficar público em até um mês.

Apesar de ter tido a aposentadoria concedida, o Tribunal de Contas da União (TCU) tem cinco anos para analisar a legalidade de aposentadorias de servidores. Caso haja irregularidade, ele pode ter que devolver o valor recebido aos cofres públicos.

Congresso já tem ‘plano B’ para liberar emendas de relator de 2022 se PEC da Transição não passar

Parlamentares já trabalham com um “plano B” para destravar, ainda em 2022, as emendas de relator previstas para este ano e que não foram liberadas até o momento.

O Orçamento de 2022 previu R$ 16,5 bilhões para as emendas de relator – conhecidas atualmente como “orçamento secreto” em razão da baixa transparência.

Desse total, R$ 7,7 bilhões estão contingenciados. Se a situação não for revertida até 31 de dezembro, o congelamento vira um corte definitivo, e os parlamentares perdem o direito ao uso dos recursos.

O Congresso trabalha para liberar esse dinheiro ainda este ano – mesmo que a verba só chegue de fato aos redutos eleitorais em 2023.

Como plano principal, a liberação foi incluída na PEC da Transição – que já foi aprovada pelo Senado e garante, para os próximos anos, espaço nos orçamentos para o Bolsa Família de R$ 600 e outras promessas de campanha do governo eleito.

Se o texto não for aprovado ou se esse trecho cair, no entanto, os parlamentares veem como opção um outro projeto, que adia para 2023 o pagamento de despesas obrigatórias do governo que, originalmente, deveriam ser finalizadas neste ano.

Ao adiar essas despesas obrigatórias, o texto abre uma folga no Orçamento 2022 que poderia ser usada para o governo atual empenhar (prometer) o pagamento das emendas.

Há ainda uma terceira opção na mesa. Como o governo federal está com dificuldades de fechar as contas públicas de 2022, editou nesta quinta (15) uma medida provisória (MP) que libera crédito extraordinário de R$ 7,5 bilhões para auxiliar nas despesas com a previdência social.

Esse dinheiro fica fora do teto de gastos e também deixa uma sobra no Orçamento para investimentos, como os das emendas. O texto da MP já está valendo.

Então, o Congresso possui três vias diferentes para que os recursos sejam liberados: a PEC, o projeto e a MP. São três ferramentas diferentes que, na prática, liberam um espaço nos cofres públicos para viabilizar o orçamento secreto.

E, se a PEC for desidratada, a MP e o projeto possibilitam sozinhos o pagamento das emendas de relator deste ano.

TSE mantém na Justiça Eleitoral ação que analisa reunião com embaixadores em que Bolsonaro fez ataques infundados às urnas

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, nesta terça-feira (13), que cabe à Justiça Eleitoral analisar a ação que questiona a conduta do presidente Jair Bolsonaro que, em reunião com embaixadores em julho deste ano, realizou ataques sem provas às urnas e ao sistema eleitoral.

Por unanimidade, os ministros acompanharam o entendimento do relator do caso, o corregedor-geral eleitoral Benedito Gonçalves.

Em decisão individual, o ministro rejeitou argumentos de advogados da campanha do presidente e concluiu que o caso deve ser mantido na Justiça Eleitoral, por ser a instância “competente para apurar desvio de finalidade de atos praticados por agentes públicos, inclusive de chefes de Estados”, quando os argumentos forem no sentido de que este agente público usou do cargo para obter vantagens.

“Entender o contrário seria criar uma espécie de salvo conduto em relação a desvios eleitoreiros ocorridos, justamente no exercício do feixe de atribuições mais sensível do presidente da República”, afirmou o ministro.

PL promete, mas está sem dinheiro para alugar casa e escritório para Bolsonaro

O Partido Liberal está sem dinheiro para alugar uma casa e o escritório prometidos para o presidente Jair Bolsonaro (PL) após derrota nas eleições. Segundo interlocutores, o bloqueio nas contas do partido provocou também atraso nos pagamentos dos salários de cerca de 60 funcionários.

O presidente teria demonstrado interesse em morar num condomínio de mansões no bairro Jardim Botânico, em Brasília. Segundo consultas em sites de locação de imóveis, o aluguel de uma residência neste condomínio custa aproximadamente R$ 11 mil. Anderson Torres, ministro da Justiça, mora no mesmo condomínio.

O partido está com as contas bloqueadas por decisão do ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A multa imposta é de R$ 23,9 milhões, mas o tribunal só localizou R$ 13,6 milhões.

O PL foi multado por litigância de má-fé depois de divulgar um relatório que pedia anulação de votos do segundo turno presidencial sem apontar provas de fraude. O PL recorreu da decisão.

Rosa Weber libera para julgamento ações que contestam orçamento secreto

A presidente do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, liberou, na noite desta quinta-feira (1), para julgamento quatro ações que discutem a constitucionalidade do pagamento das emendas do relator no Orçamento, o chamado orçamento secreto.

Orçamento secreto foi o nome informalmente dado às emendas parlamentares repassados aos estados sem critérios claros ou transparência. Foi o voto de Rosa Weber que levou o plenário do Supremo a suspender temporariamente esses pagamentos e determinar que o Congresso criasse um sistema para dar publicidade aos gastos. Os repasses foram liberados posteriormente.

O Supremo ainda precisa discutir se essa modalidade de liberação de recursos é constitucional.

Nos bastidores, ministros avaliam que o julgamento pode ser marcado ainda antes do recesso da Corte em dezembro. Também não descartam que a discussão possa ser adiada com um pedido de vista , ou seja, de mais tempo para analisar os processos.

Bolsonaro recebe integrantes da bancada do PL para tratar da eleição para presidência do Senado

O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira (1º) integrantes da bancada do PL para tratar da eleição para a presidência do Senado, que ocorre em fevereiro do ano que vem. O partido estuda a indicação de um integrante da sigla para a disputa.

Na eleição de outubro deste ano, o PL elegeu oito senadores e terá a maior bancada do Senado na próxima legislatura. A legenda ocupará 15 das 81 cadeiras.

Participaram do encontro no Palácio da Alvorada os senadores Wellington Fagundes (PL-MT), Eduardo Gomes (PL-TO) e Carlos Portinho (PL-RJ), atual líder do partido no Senado.

Ex-ministro do Desenvolvimento Regional do governo Bolsonaro e senador eleito por Rio Grande do Norte, Rogério Marinho (PL) é um dos nomes cotados para ser o representante do partido na eleição. Uma possível candidatura de Carlos Portinho também é ventilada.

“Rogério Marinho é um excelente nome, mas todos têm competência política. E Rogério Marinho é um nome importante do partido, por ter sido ministro, deputado, tem relação boa com a Câmara”, avaliou Fagundes.

A definição da candidatura do PL na disputa à presidência do Senado pode sair na próxima quarta-feira (7), quando a bancada do partido voltará a se reunir para debater o tema.

Atual presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) deve tentar mais um mandato à frente do Senado. O parlamentar tem buscado o apoio do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a disputa.