O comando nacional do Partido Liberal (PL), estimulado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, anunciou que pretende punir os deputados federais maranhenses Josimar de Maranhãozinho, Detinha, Júnior Lourenço e Pastor Gildenemyr por terem votado a favor da Medida Provisória dos Ministérios, contrariando a orientação que levou a bancada do partido a votar em massa contra a matéria, juntamente com outros cinco deputados.
A decisão do PL Nacional reflete o confronto interno dentro do partido entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, que busca influenciar as decisões internas, e os deputados maranhenses que votaram de acordo com suas convicções.
Josimar de Maranhãozinho, conhecido por sua postura pragmática, poderia ter votado contra a MP ou se abstido, caso o governo não tivesse liberado recursos para emendas parlamentares.
Os quatro deputados do PL maranhenses representam um montante considerável de verbas de emendas, totalizando dezenas de milhões de reais. Essa é a base política do líder do PL no Maranhão, o que explica sua influência em mais de 30 prefeituras.
Os bastidores da política maranhense analisam que Josimar de Maranhãozinho não hesitaria em trocar de partido se ele, a deputada Detinha e seus aliados, se sentirem hostilizados pela cúpula do partido bolsonarista. Nesse caso, seria um golpe significativo para o PL no Maranhão, já que perderia a força política que Josimar de Maranhãozinho proporciona.
É difícil imaginar que o PL arrisque a permanência de sua bancada maranhense por causa de uma divergência com o líder do bolsonarismo.