Moraes agenda para 30 de maio os principais depoimentos de defesa de Bolsonaro 

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou para o dia 30 de maio os depoimentos centrais das testemunhas de defesa indicadas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e outros réus do núcleo 1 da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.

Entre os convocados estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Também será ouvido o ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino. As oitivas serão conduzidas por um juiz auxiliar do gabinete de Moraes.

As testemunhas de acusação, indicadas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e por outros investigados, serão ouvidas entre 23 de maio e 2 de julho. Entre os réus estão o ex-diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o general Augusto Heleno e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres.

Os envolvidos, incluindo Bolsonaro, foram denunciados por crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. A PGR afirma que o ex-presidente tinha conhecimento de um plano chamado “Punhal Verde Amarelo”, que previa até o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro Moraes, além da edição de uma “minuta do golpe” para legitimar a ruptura institucional.

Deputado do MA diz que Moraes “quer matar Bolsonaro”

O deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB-MA) reagiu com veemência à intimação judicial entregue ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enquanto ele ainda está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília.

O ex-presidente foi notificado nesta quarta-feira (23) sobre a abertura de uma ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF), onde é acusado de participação em uma suposta trama golpista. Bolsonaro tem cinco dias para apresentar defesa prévia.

Nas redes sociais, Yglésio criticou duramente a decisão do ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, afirmando que o magistrado “quer matar” Bolsonaro.

O deputado também classificou o episódio como “uma vergonha para o país”, sinalizando que vê a intimação como um ato de desrespeito ao estado de saúde do ex-presidente.

Senado recebe seis novos pedidos de impeachment contra Alexandre de Moraes

Seis novos pedidos de impeachment contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foram protocolados no Senado neste ano. As petições, apresentadas por cidadãos e pelo deputado federal Bibo Nunes (PL-RS), estão sob análise da Advocacia-Geral do Senado.

Os requerimentos questionam decisões do ministro, como a multa aplicada ao PL após as eleições de 2022, sua condução da investigação sobre o ataque que sofreu em Roma e alegações de violação à liberdade de expressão.

Sem base jurídica consistente, os pedidos devem ter o mesmo destino de tentativas anteriores: o arquivamento.

Julgamento de cabeleireira que pichou estátua no STF gera debate sobre proporcionalidade da pena

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento da cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos, que utilizou um batom para pichar a estátua da Justiça durante os atos do dia 8 de janeiro de 2023.

O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, considerou que Débora cometeu cinco crimes graves, incluindo tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público, e a condenou a 14 anos de prisão. O voto já foi acompanhado pelo ministro Flávio Dino, enquanto os demais integrantes da Turma têm até sexta-feira (28) para se manifestar.

O caso gerou questionamentos sobre a competência do STF para julgar uma cidadã sem foro privilegiado e a severidade da pena aplicada, especialmente considerando que Débora não possui antecedentes criminais.

O debate se estende à proporcionalidade das punições no Brasil, já que crimes mais graves, como homicídios, muitas vezes resultam em penas menores ou em liberdade provisória. A expectativa agora é sobre os votos restantes e a possibilidade de revisão da sentença.

Deputados dos EUA pedem sanções contra Alexandre de Moraes

Os deputados republicanos Rich McCormick e María Elvira Salazar enviaram uma carta ao ex-presidente Donald Trump e ao secretário de Estado, Marco Rubio, solicitando sanções contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

No documento, eles pedem medidas como o bloqueio de bens e a proibição de visto, acusando Moraes de usar o Judiciário para perseguir opositores políticos e interferir nas eleições presidenciais de 2026 no Brasil.

Os congressistas alegam que o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado faz parte de uma estratégia para afastá-lo da disputa eleitoral e compararam a situação ao que ocorre com Trump nos Estados Unidos. Segundo McCormick e Salazar, Moraes estaria “protegendo o presidente Lula” e “fraudando a eleição antes mesmo de um único voto ser depositado”.

Eleição da AL: outra ação incomum no julgamento da ADIN do Solidariedade

Algumas situações incomuns têm ocorrido no julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), que aprecia a ADIN que o Solidariedade questiona a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Maranhão.

O primeiro equívoco foi que o julgamento, em Plenário Virtual, foi marcado para os dias entre 21 e 28 de março, mas inexplicavelmente o voto da ministra relatora da ADIN, Cármen Lúcia, acabou vazando no dia 12 de março, ou seja, quase dez dias antes do início do julgamento.

Diante desse vazamento, a ministra Cármen Lúcia antecipou o julgamento para os dias entre 14 e 21 de março. A relatora votou por não acatar a ADIN, já que afirmou que o critério de idade para desempatar a eleição é constitucional e já foi até utilizado pelo STF.

Logo depois, o ministro Dias Toffoli decidiu pedir vista, mas mesmo assim o seu colega Alexandre de Moraes quis logo publicizar seu voto e foi um voto bastante confuso.

Alexandre de Moraes divergiu parcialmente de Cármen Lúcia, já que entendeu que o critério de idade por desempate é válido, mas, partindo de uma premissa falsa, o ministro disse que o critério não poderia ser utilizado, pois deveria respeitar o princípio da anualidade. Moraes afirmou que o critério havia sido mudado recentemente, o que não era verdade, já que o critério existe no Regimento Interno da ALEMA desde 1991. A ALEMA inclusive peticionou esses esclarecimentos no processo, após o confuso voto de Moraes.

Depois dessa informação, algo novamente incomum ocorreu. O ministro Alexandre de Moraes simplesmente retirou o seu voto, que não está mais disponível na página oficial do STF. O julgamento só pode retornar após o pedido de vista de Toffoli.

STF já condenou 371 pessoas e busca 122 foragidos dois anos após os atos golpistas de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nos últimos dois anos, 371 pessoas investigadas pelos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023. O balanço, divulgado nesta terça-feira (7) pelo gabinete do ministro Alexandre de Moraes, aponta que 225 condenados cometeram crimes graves, com penas que variam de três anos a 17 anos e seis meses de prisão.

Dos 2.172 detidos em flagrante no dia dos ataques, 898 réus foram responsabilizados judicialmente, enquanto 527 pessoas, por participações menores, fizeram acordos com o Ministério Público Federal (MPF).

Além das condenações, o levantamento identificou 122 foragidos, sendo que 61 deles já possuem pedidos de extradição em andamento. Esses foragidos romperam tornozeleiras eletrônicas e deixaram o Brasil, devendo cumprir penas em regime fechado após a extradição.

As condenações incluem crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e dano qualificado. Por outro lado, crimes considerados mais leves, como incitação e associação criminosa, resultaram em penas alternativas, como uso de tornozeleira eletrônica, prestação de serviços comunitários e participação em cursos sobre democracia. Até o momento, cinco réus foram absolvidos, e o MP arrecadou R$ 1,7 milhão em multas de acordos.

Impeachment de Moraes tem só uma assinatura do MA; senadores são contra

A oposição ao governo no Congresso Nacional protocolou no Senado, nesta segunda-feira, 9, um “superpedido” de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Pelo Maranhão, havia duas assinaturas até a semana passada: dos deputados Aluisio Mendes (Rpublicanos) e Alan Garcês (PP) O documento final, contudo, conta com a subscrição apenas do progresistas.

O requerimento conta com assinatura de quase 1,5 milhão de brasileiros e de 153 deputados federais. Senadores estão fora do grupo de signatários, uma vez que serão os julgadores do processo de impeachment.

Levantamento do Poder 360, aponta que, da bancada maranhense no Senado, os senadores Ana Paula Lobato e Weverton Rocha, ambos do PDT, são contra o impedimento do magistrado. Bene Camacho (PSD), suplente da senadora Eliziane Gama (PSD), está “indefinido”.

Moraes autoriza acesso de Carlos Bolsonaro a processo sobre Abin

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou, na noite de quarta-feira (31), o acesso do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) ao inquérito que investiga o monitoramento ilegal de autoridades e cidadãos públicos por meio da Agência Brasileira de Inteligência, que ficou conhecido como Abin Paralela.

As informações são da CNN. Carlos foi alvo de uma das operações da Polícia Federal no âmbito do inquérito, na segunda-feira (29/1), e a defesa dele pediu acesso ao processo. O vereador teve endereços ligados a ele submetidos a mandados de busca e apreensão.

A Polícia Federal investiga se Carlos foi “destinatário” ou “beneficiário” das informações obtidas ilegalmente pela Abin. Ex-assessores de Carlos e um funcionária da Abin também foram alvos da operação. Computadores, celulares e documentos foram apreendidos.

Demissão do nº 2 da Abin

O presidente Lula (PT) demitiu, na terça-feira (30/1), o diretor-adjunto do órgão, Alessandro Moretti. Além disso, outras quatro pessoas da agência também foram demitidas. A suspeita é de envolvimento ou conhecimento dos ex-integrantes com o esquema ilegal.