
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou um reajuste no valor da reforma da Praça dos Três Poderes, em Brasília, que passará a custar R$ 34,7 milhões, um aumento de 57% em relação ao orçamento inicial de R$ 22 milhões.
A obra, sob responsabilidade do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), deve começar ainda em novembro e contará com recursos da Petrobras e do BNDES, captados por meio da Lei Rouanet.
O projeto foi incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), assumindo a gestão que antes cabia ao Governo do Distrito Federal (GDF). Segundo o Iphan, o acréscimo de mais de R$ 12 milhões se deve à inclusão de custos administrativos e de um projeto cultural e educativo, que terá orçamento próprio de R$ 5 milhões.
Idealizada por Lúcio Costa e projetada por Oscar Niemeyer, a Praça dos Três Poderes é um dos marcos arquitetônicos mais simbólicos do país, mas enfrenta problemas estruturais e de conservação há anos.
O projeto prevê restauro de obras de arte e monumentos, recuperação de pisos e estruturas, melhorias na acessibilidade e segurança, além de modernização da iluminação e criação de áreas de convivência. A primeira etapa da obra deve ser concluída em 2026.
Para o Iphan e o Ministério da Cultura, o restauro tem também um significado simbólico, já que o local foi palco dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. “Iniciar este restauro reafirma nosso compromisso com a memória e com o futuro do país”, afirmou a ministra da Cultura, Margareth Menezes, ao destacar que a recuperação do espaço representa um gesto de reconstrução e valorização da democracia brasileira.









