Lula afirma que pretende disputar mais dez eleições, mesmo aos 81 anos

Durante sua mais recente visita ao Rio Grande do Sul para avaliar os estragos causados pelas intensas chuvas no estado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez declarações que dissiparam quaisquer dúvidas sobre suas intenções políticas para o futuro.

O líder petista afirmou que não tem planos de se aposentar da vida política tão cedo. “Eu vou viver até os 120 anos, eu vou demorar. Já falei para o homem lá em cima: não estou a fim de ir embora. Preciso disputar umas dez eleições, mais uns 20 anos. O Lula de bengala disputando eleição”, disse ele.

Essas palavras ecoaram na mídia, levantando especulações sobre a possibilidade de Lula concorrer à presidência novamente em 2026, quando terá 81 anos de idade. A postura confiante do ex-presidente em relação ao seu futuro político deixou claro que ele não planeja se aposentar tão cedo, mesmo que necessite do auxílio de uma bengala.

Maioria dos brasileiros não quer que Lula seja reeleito em 2026

Uma nova pesquisa Genial/Quaest lançou luz sobre o panorama eleitoral brasileiro a dois anos e quatro meses das próximas eleições presidenciais. Os resultados, baseados em entrevistas presenciais com 2.045 cidadãos brasileiros com 16 anos ou mais em todos os estados, entre os dias 2 e 6 de maio, revelam uma paisagem política repleta de nuances e divisões.

O estudo destaca que, se a eleição ocorresse hoje, uma maioria significativa de 55% da população não estaria disposta a conceder uma nova chance ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT). Este cenário aponta para um desafio substancial para o líder político, que, no entanto, mantém um apoio sólido em certos segmentos demográficos e geográficos.

O apoio a Lula para um novo mandato é particularmente forte no Nordeste, onde 60% dos entrevistados expressaram sua preferência por ele, em comparação com 38% que se opõem. Além disso, entre os que ganham até dois salários mínimos e os que têm níveis de educação até o Ensino Fundamental, Lula conta com uma vantagem de 54% a 43%.

No entanto, até mesmo entre grupos tradicionalmente favoráveis a Lula, como as mulheres, há uma tendência crescente de desaprovação, com 52% se posicionando contra sua reeleição, uma mudança notável em relação aos resultados passados.

No campo da oposição, Michelle Bolsonaro emerge como uma figura proeminente, com 28% dos entrevistados indicando-a como o nome mais apto a enfrentar Lula nas urnas. No entanto, sua candidatura é acompanhada por uma rejeição significativa, afetando sua viabilidade eleitoral, com metade do eleitorado expressando aversão à sua possível candidatura.

Outro destaque entre os candidatos da oposição é o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos, que alcança 24% das preferências, apesar de enfrentar uma rejeição de 30%.

Quanto à disputa direta entre Lula e Tarcísio em 2026, os resultados sugerem um embate acirrado, com 46% dos entrevistados declarando apoio a Lula, contra 40% para Tarcísio. Regionalmente, o Nordeste permanece como um bastião para Lula, garantindo-lhe uma vantagem substancial, enquanto Tarcísio lidera em outras regiões do país.

Por fim, a pesquisa ressalta que, entre aqueles que votaram em branco, anularam seus votos ou se abstiveram no segundo turno das eleições anteriores, Tarcísio de Freitas ganha destaque, com 37% de apoio, seguido de perto por Lula, com 32%.

A margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, o que destaca a importância de interpretar esses resultados com cautela, à medida que o país avança em direção às eleições de 2026.

Lula sacou R$ 128 mil para pagar aluguel de carro

No último fim de semana, veio à tona um gasto envolvendo o governo Lula 1, referente ao período de 2003 a 2006. Em julho de 2004, aproximadamente R$ 128 mil foram destinados ao aluguel de carros, um serviço de fretamento, que foi pago em dinheiro vivo.

A empresa contratada para fornecer esse serviço foi a Renaro Locadora. Curiosamente, essa mesma empresa havia recebido um pagamento de R$ 92 mil apenas um mês antes.

Essa não foi uma ocorrência isolada. Durante o primeiro mandato de Lula, entre 2003 e 2004, foram gastos R$ 2,9 milhões com locações de veículos e combustível para a escolta do presidente. Além disso, um total de R$ 994 mil foi gasto em hospedagens, também pagos em dinheiro vivo.

A prática de usar dinheiro em espécie para despesas do governo gerou críticas e levantou questões sobre a transparência nos gastos públicos.

Medicamentos mais caros nas farmácias de todo o Brasil

A partir deste domingo (31), o valor dos medicamentos sofre um reajuste de até 4,5% pelos fabricantes. No entanto, a tendência é que o consumidor só comece sentir nos próximos dez dias, quando o reajuste chegar nas farmácias de todo o Brasil.

O reajuste foi autorizado e definido pelo conselho da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos com cálculo baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do período de março de 2023 a fevereiro de 2024.

Neste ano, o reajuste do preço máximo foi igual ao índice da inflação e deve atingir cerca de 13 mil produtos.

Investimentos estrangeiros estão saindo do Brasil

Os investidores estrangeiros retiraram 694 milhões de reais da B3 no pregão da última sexta (15), o 10° dia consecutivo de saída do capital externo da bolsa brasileira.

Trata-se da intensificação de uma tendência observada desde o início do ano: no acumulado de 2024, o fluxo de investimento estrangeiro está negativo em 24,16 bilhões de reais. O movimento vai na contramão do final do ano passado, quando a bolsa registrou ingresso de 17,5 bilhões de dólares em dezembro e saldo positivo de 44,9 bilhões no acumulado de 2023.

A explicação vem dos Estados Unidos. Por lá, a data para o início dos cortes de juros ainda é incerta. No início desta semana, o dado de inflação mais forte do que o esperado, a 3,2% ao ano, renovou os temores de que a batalha do Fed contra a inflação ainda não tenha acabado – e que o afrouxamento monetário pode demorar a chegar. Contam também declarações de dirigentes do Fed indicando uma postura mais cautelosa em relação à inflação.

Para a reunião do FOMC (o comitê de política monetária dos EUA) desta semana, 99% dos agentes de mercado acreditam que os juros serão mantidos no atual intervalo de 5,25%–5,50%, segundo dados do FedWatch. É um recálculo de rota em relação ao início do ano, quando quase 70% dos investidores apostavam em um primeiro corte de juros já em março. Agora, a maioria (55,5%) do mercado acredita que a primeira redução de 0,25p.p virá em junho.

Os juros americanos estão em seu patamar mais elevado em 23 anos, o que aumenta a atratividade dos títulos públicos do país, os Treasuries. Com apostas renovadas sobre o início dos cortes, a procura pelos papéis voltou a crescer nos últimos meses. Na manhã desta segunda-feira, 18, os títulos com prazo de 10 anos, referência do mercado, são negociados com taxa de 4,3% – no início do ano, o patamar era de 3,8%.

Treasuries com rentabilidade alta reduzem a atratividade de investimentos em renda variável, em especial em países emergentes, mais arriscados. “Treasuries americanos são considerados praticamente livres de risco, por isso, eles acabam atraindo o capital”, explica Rodrigo Moliterno, head de renda variável da Veedha Investimentos.

Brasil cai duas posições no ranking do IDH

O Brasil caiu duas posições no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), divulgado nesta quarta (13) pela Organização das Nações Unidas (ONU). O país passou a ocupar a posição 89 da lista, que tem 193 países.

O IDH mede dados como os de expectativa de vida, renda e escolaridade da população a partir de um índice que vai de 0 a 1 – quanto mais perto de 1, melhor. Os dados coletados para a elaboração do ranking são de 2022, durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.

No mundo inteiro, o IDH avançou, mas de forma de desigual, segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), que elabora o ranking anual. A partir dos dados dos 193 países — todos referentes a 2022 — o PNUD diz ter observado que a recuperação dos anos da pandemia tem sido um processo “parcial, incompleto e desigual”:

Por um lado, países ricos alcançaram índices recorde e mostraram que já se recuperaram das perdas geradas nos anos da pandemia de Covid-19;

Por outro, metade das nações mais pobres regrediu e caiu de posição no ranking.

Suíça, Noruega e Islândia lideram a lista. No fim dela, ficaram Somália, Sudão do Sul e República Centro-Africana. Na América do Sul, o Brasil está atrás do Chile (44º lugar), Argentina (48º) e Uruguai (52º).

Maioria dos brasileiros acham que o STF incentiva a corrupção

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Quaest para a Genial Investimentos revelou que para a maioria dos brasileiros (74%), o Supremo Tribunal Federal (STF) “incentiva a corrupção” ao anular punições relacionadas à Operação Lava Jato.

Os dados foram coletados em um levantamento que abordou percepções sobre a força-tarefa da Polícia Federal que investigou o esquema de corrupção na Petrobras.

O questionário incluiu a opinião dos entrevistados sobre decisões recentes do STF, como a suspensão de multas de acordos de leniência e a anulação de condenações. No contexto atual, o tribunal tem sido alvo de críticas, especialmente em relação às medidas que envolvem empreiteiras.

A pesquisa revelou que a avaliação negativa do STF é mais expressiva entre os eleitores que declararam ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, atingindo 85%.

Entre aqueles que votaram nulo, o percentual é de 70%, enquanto os que afirmaram ter votado no presidente Lula apresentaram um índice de 68%.

Justiça arquiva ação contra Bolsonaro por atos de 7 de setembro

A Justiça Federal, nesta segunda (19), arquivou mais uma ação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), relacionada aos eventos de 7 de Setembro de 2021.

O processo, movido por entidades do Direito, alegava incitação a atos antidemocráticos durante o discurso das comemorações. Remetido à 1ª instância após Bolsonaro perder o foro privilegiado, a decisão cabe recurso.

O Ministério Público Federal (MPF) chamou as falas de Bolsonaro de “meras bravatas”, e o juiz Antonio Claudio Macedo da Silva acolheu o pedido do MPF, destacando a falta de “justa causa” para a ação penal.

As declarações do ex-presidente, que afirmou não cumprir decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes, foram consideradas pelo MPF como “discursos políticos e acalorados”, não configurando ilícito penal.

Após a polêmica, uma carta redigida pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) afirmou que não havia intenção de Bolsonaro em agredir o Judiciário.

 

Netanyahu sobe o tom contra as declarações de Lula

Utilizando as redes sociais, neste domingo (18), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou fortemente as declarações do presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a guerra entre Israel e o Hamas.

Netanyahu lamentou profundamente o fato de Lula ter comparado as ações de Israel no conflito com o grupo terrorista Hamas ao nazismo. O primeiro-ministro de Israel afirmou que a fala de Lula é vergonhosa e grave e disse que o ministro das Relações Exteriores, Israel Katz, convocará o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, para uma “dura conversa de repreensão”.

“Trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender. Comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler é cruzar uma linha vermelha. Israel luta pela sua defesa e pela garantia do seu futuro até à vitória completa e fará isso ao mesmo tempo em que defende o direito internacional”, declarou Netanyahu.

A declaração de Lula foi feita em entrevista coletiva neste domingo, depois da participação do presidente na 37ª Cúpula de Chefes de Estado e Governo da União Africana, em Adis Adeba, capital da Etiópia. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza, com o povo palestino, não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler decidiu matar os judeus”, disse.

Brasil pode ter recorde de casos de dengue em 2024

O Brasil enfrenta a possibilidade de registrar o maior número de casos de dengue em sua história, alcançando até 5 milhões de casos em 2024, conforme estimativas do Ministério da Saúde.

Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde, apresentou projeções que variam de 1,7 milhão a 5 milhões de incidências da doença neste ano, com uma média de 3 milhões. A análise foi realizada em colaboração com o InfoDengue, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

O aumento previsto é atribuído a diversos fatores, especialmente o calor intenso e chuvas fortes, além do recente ressurgimento dos sorotipos 3 e 4 do vírus no país.

Atualmente, os quatro sorotipos (1, 2, 3 e 4) circulam no Brasil, uma situação considerada “incomum”, conforme destacado por Ethel.

O Ministério da Saúde alerta para um cenário epidêmico no Centro-Oeste e risco de epidemia no Sudeste, com Minas Gerais e Espírito Santo em destaque. No Sul, o Paraná é o principal estado em risco, enquanto no Nordeste, apesar do aumento dos casos, não é esperado um nível epidêmico.

Em 2023, o país enfrentou um recorde de mortes por dengue, totalizando 1.079 óbitos confirmados e 211 em investigação. Houve 1.641.278 diagnósticos prováveis da infecção, com 52.160 hospitalizações, representando um aumento de 17,8% em relação ao ano anterior.

Apesar disso, os números foram inferiores a 2015, quando o país registrou 1,7 milhão de casos de dengue.

O Brasil liderou os casos globais de dengue em 2023, conforme indicado por um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS).