A defesa do ex-prefeito de Bequimão, Zé Martins (MDB), apresentou no último domingo, 13, um recurso solicitando que a juíza Flor de Lys Amaral, da 111ª Zona Eleitoral, revise a sentença que o declarou inelegível e indeferiu sua candidatura nas eleições de 2024.
O emedebista foi o candidato mais votado em 6 de outubro, com 8.152 votos contra 7.298 de Dico da Farmácia (PSB). No entanto, o resultado permanece não homologado, já que sua candidatura está sub judice em razão do indeferimento.
A inelegibilidade de Zé Martins foi acatada após denúncias do Ministério Público Eleitoral (MPE) e da oposição, que o apontaram como irmão socioafetivo do atual prefeito, João Martins, embora sejam primos de fato. A acusação sustenta que ambos foram criados como filhos pelo ex-prefeito Juca Martins, falecido em 2017.
No recurso, a defesa de Zé Martins argumenta que o falecimento de Juca Martins anularia a possibilidade de inelegibilidade reflexa, conforme entendimento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), além de reafirmar que Zé e João Martins nunca foram irmãos de fato. Caso a decisão não seja revertida, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) deverá julgar o caso, podendo resultar em nova eleição no município.
Em meio ao fraco desempenho da esquerda brasileira nas eleições municipais de 2024, o governador do Maranhão, Carlos Brandão, do PSB, encontra motivos para comemorar, segundo reportagem da Revista Veja. No estado, a base aliada do governador garantiu vitória em 157 das 217 prefeituras disputadas, destacando-se como um dos poucos redutos onde a esquerda, em aliança com outras forças, obteve avanços.
O sucesso de Brandão, conforme apontado pela Veja, decorre de uma coalizão ampla, incluindo partidos como o PL de Jair Bolsonaro, num raro cenário em que forças políticas antagônicas convergiram.
Apesar desse avanço no interior, a Veja ressalta que Brandão sofreu uma derrota significativa em São Luís, onde o prefeito Eduardo Braide (PSD) se reelegeu com folga, superando Duarte Júnior (PSB), o candidato apoiado pelo governador.
A capital maranhense foi palco de uma aliança incomum entre PT e PL, que, mesmo com essa união, conquistou apenas 22% dos votos válidos. A Revista Veja também aponta que Brandão, já reeleito, tem agora os olhos voltados para 2026, quando poderá disputar uma vaga ao Senado ou seguir à frente do governo estadual até o fim de seu mandato.
Na cidade de Rosário, o candidato a vice-prefeito Valter Costa, que compõe a chapa de reeleição do atual prefeito Calvet Filho, compareceu à sede da TV Moderna para participar de um debate, agendado para o dia 30 de setembro.
No entanto, ao chegar no local acompanhado de assessores, a emissora estava fechada. Valter aguardou até 19h30, mas nenhum funcionário ou participante apareceu, o que o levou a gravar um vídeo para suas redes sociais, registrando sua presença e o fechamento da TV.
Cerca de 45 minutos após o ocorrido, Gediel Alencar, apoiador do candidato Jonas Magno, apareceu sozinho no local e gravou um vídeo convocando Valter de volta. Embora não fosse funcionário da TV, Gediel parecia ter informações sobre o debate e usou grupos locais para atacar o candidato com suposições.
O episódio gerou questionamentos entre os eleitores: debate cancelado ou armação?
O MPMA – Ministério Público do Maranhão converteu uma Notícia de Fato em Procedimento Administrativo para apurar possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico nº 15/2021 – SRP, realizado pela Prefeitura de Olho d’Água das Cunhãs.
A investigação foi motivada por uma denúncia recebida em 2023 e pela análise técnica da Assessoria Técnica do MP, que levantou suspeitas sobre a regularidade do processo licitatório. O prazo inicial da investigação foi ultrapassado, e a Promotoria decidiu aprofundar a apuração.
O próximo passo será o envio do caso à assessoria ministerial para uma análise mais detalhada do parecer técnico.
Em uma polêmica inesperada no cenário político de São José de Ribamar, Alcione Câmara, mãe do candidato a prefeito Roberto Câmara (Mobiliza), fez uma defesa surpreendente do atual prefeito e rival do filho, Dr. Julinho (Podemos).
Alcione, que está concorrendo a uma vaga na Câmara Municipal pelo PL, partido da coligação do prefeito, disse que a gestão de Julinho não conseguiu construir creches e escolas devido ao tempo insuficiente de quatro anos.
A declaração causou estranheza e especulações sobre as intenções de Alcione, que, além de concorrer por um partido aliado do rival do filho, fez uma defesa pouco usual do atual prefeito. Segundo Alcione, a gestão de Julinho teve limitações em seu período de mandato e, portanto, não conseguiu cumprir todas as suas promessas.
A situação gerou um burburinho entre eleitores: “Filho da mãe” parece ser uma expressão apropriada para essa dinâmica familiar.
Um áudio atribuído ao empresário Wilson Carlos Everton Silva, conhecido como “Wilson Via Box”, ex-secretário de Obras da gestão do prefeito de Barreirinhas, Amílcar Gonçalves Rocha (PCdoB), expõe um esquema de compra de votos por meio de troca de cimento. No áudio, “Wilson Via Box” também faz ameaças de morte a quem não votar em sua esposa, Sandra da Silva Carneiro (SD), candidata a vereadora, e em Léo Costa (Podemos), candidato a prefeito.
A gravação foi enviada a uma pessoa ainda não identificada, e o conteúdo já está sob análise da Secretaria de Segurança Pública e do Ministério Público Eleitoral.
O empresário, que já ocupou cargos importantes no município e atualmente apoia a candidatura de Léo Costa, detalha no áudio o esquema de votos no bairro Riacho do Meio. A gravação chocou a comunidade política local e reacendeu as discussões sobre corrupção eleitoral na cidade. O caso está sendo investigado, e as autoridades prometem medidas rigorosas.
Na entrevista concedida ao programacast Xeque-Mate, Luis Fernando Silva, atual secretário da Secretaria Geral da Governadoria do Maranhão e ex-prefeito de São José de Ribamar, ofereceu uma análise detalhada de sua trajetória na gestão pública, ressaltando sua experiência e conhecimento administrativo.
Logo no início, ele lembrou sua primeira missão política: a implantação do bairro Maiobão, em Paço do Lumiar, como parte de um programa de habitação, sob o comando do então governador João Castelo.
Ao longo da entrevista, Luis Fernando destacou a sensibilidade administrativa do atual governador, Carlos Brandão (PSB).
Para ele, um bom gestor deve estar atento aos anseios da população, fazendo das necessidades sociais o centro das decisões políticas. Esse entendimento, “tem sido uma das principais qualidades da gestão de Brandão, em contraste com outras administrações que ignoram a realidade popular”.
Referindo-se diretamente à sua relação com a população de São José de Ribamar, Luis Fernando se posicionou como um morador ativo e conhecedor profundo das necessidades da comunidade, diferentemente da atual administração de Julinho (Podemos). Ele criticou o prefeito por não estar conectado à realidade dos cidadãos e desconhecer as verdadeiras demandas locais.
Luis Fernando também apontou a importância de um gestor ter controle firme sobre sua equipe: “uma liderança fraca e dependente de terceiros compromete a eficiência da administração pública”.
São José de Ribamar
Ele ainda relembrou algumas das grandes obras de sua gestão, como intervenções no Nova Terra e Turiúba, além de mencionar a construção da primeira maternidade em São José de Ribamar.
Luis Fernando lembrou que foi em sua gestão que a primeira maternidade ribamarensse foi construída, além da realizaçãode de mais de 350 obras no município, todas com recursos próprios.
Criticou a atual administração por não ter construído nenhuma nova unidade de saúde nos últimos quatro anos, destacando que seu governo foi marcado por investimentos significativos na área.
Sobre sua saída da prefeitura, quando foi sucedido por Gil Cutrim, afirmou que sua decisão visava uma possível candidatura ao governo do estado, o que, segundo ele, traria benefícios ao município de Ribamar.
A desvalorização da cultura popular em São José de Ribamar também foi abordada. O gestor criticou os atrasos no pagamento de produtores culturais, destacando que há três meses esses profissionais estão sem receber seus por suas apresentações.
Ao final, reafirmou seu apoio ao candidato Dudu Diniz à prefeitura de Ribamar, destacando a necessidade de renovação e um compromisso mais forte com a população.
O Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão está investigando o candidato Antonio Marcos Bezerra Miranda, de Bacabal, por suspeita de abuso de poder econômico e político durante a campanha eleitoral.
A denúncia, apresentada de forma anônima à Ouvidoria do TRE-MA, aponta que, durante a pré-campanha, o candidato teria realizado atos com gastos elevados, incluindo a distribuição de alimentos, cestas básicas, roupas e bonés, além de outros itens promocionais.
A investigação foi iniciada após a divulgação desses atos nas redes sociais de Miranda, onde é possível ver uma equipe uniformizada com o nome do então pré-candidato.
O processo foi convertido em procedimento preparatório eleitoral para apurar se houve infração às normas eleitorais, com possível uso indevido de recursos para influenciar eleitores.
O Ministério Público Federal (MPF) rejeitou uma ação movida pelo partido Solidariedade que acusava o governador do Maranhão, Carlos Brandão, de nepotismo ao nomear 14 parentes para cargos públicos. A denúncia sustentava que essas nomeações violavam a Súmula Vinculante nº 13 do Supremo Tribunal Federal (STF), que proíbe o nepotismo em órgãos públicos.
No entanto, o MPF emitiu um parecer desfavorável à reclamação, argumentando que a súmula em questão não se aplica a cargos de natureza política, como secretários de estado e presidentes de entidades públicas, cargos ocupados por sete dos nomeados.
Neste domingo (18), o partido Mobiliza tentou desacreditar a candidatura de Dudu Diniz em São José de Ribamar, espalhando uma notícia falsa sobre uma suposta impugnação de sua candidatura. A alegação, feita de má-fé, afirmava que Diniz não teria apresentado a certidão criminal de primeiro grau da Justiça Estadual, o que é inverídico.
A certidão está devidamente incluída no processo de registro de candidatura e está válida até 30 de setembro, conforme divulgado no sistema DivulgaCand.
Essa ação vai além de uma simples fake news, configurando um crime eleitoral previsto no artigo 25 da Lei Complementar 64/90, que prevê pena de detenção de 6 meses a 2 anos para quem impugna um registro de candidatura sem fundamento e de má-fé.
Em resposta, a assessoria de Dudu Diniz informou que será protocolada uma Representação Criminal junto ao Ministério Público Eleitoral para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas.