Após perder comando do PL Mulher, Deputada Detinha sente o golpe e manda aliados assinarem carta de repúdio

A deputada federal Maria Deusdete Lima Cunha Rodrigues, conhecida popularmente como “Detinha” (PL), sentiu, e muito, a perda do comando do Partido Liberal (PL) Mulher no Maranhão.

Detinha mandou seus aliados se manifestarem publicamente repudiando a decisão da ex-primeira-dama do Brasil, Michele Bolsonaro, que gravou vídeo divulgado nesta quarta-feira (06) destituindo a deputada da função e substituindo-a pela vereadora eleita em São Luís, Flávia Berthier (PL).

Na parte da tarde, por meio dos storys do seu perfil do Instagram, Detinha compartilhou dezenas de publicações de um card (panfleto eletrônico) que exalta ela como a deputada federal mais votada do Maranhão na última eleição.

Em outra frente de defesa, prefeitos do PL mais alinhados a Detinha, como a sua cunhada Josinha Cunha, prefeita reeleita da cidade de Zé Doca e irmã do deputado federal Josimar Maranhãozinho, presidente estadual do PL, emitiu uma nota na qual classifica a decisão de Michele Bolsonaro como surpresa e indignação.

“Foi com surpresa e um misto de indignação que recebemos a noticia da retirada da deputada federal Detinha do comando do PL Mulher do Maranhão. Sob o comando de Detinha, que foi a federal mais votada do estado e Josimar Maranhãozinho, O PL foi o partido que fez o maior número de prefeitos no estado.” Diz trecho da carta assinada pela prefeita de Zé Doca, o documento também foi assinado por outros prefeitos do PL.

Bolsonaro move peças para expulsar Josimar de Maranhãozinho do PL

A recente destituição da deputada federal Detinha da liderança do PL Mulher no Maranhão, substituída pela recém-eleita vereadora Flávia Berthier, deixou claro o objetivo do ex-presidente Jair Bolsonaro de afastar Josimar de Maranhãozinho e seu grupo do controle do Partido Liberal (PL) no estado.

A ação, liderada pela chefe nacional do PL Mulher, Michele Bolsonaro, é vista como um passo concreto na estratégia de Bolsonaro para colocar o partido sob sua influência direta, entregando a liderança feminina local a uma figura bolsonarista, enquanto afasta o grupo político de Maranhãozinho, conhecido por sua distância ideológica do bolsonarismo.

A substituição provocou fortes reações, incluindo uma crítica aberta da prefeita Josinha Cunha, aliada de Maranhãozinho, e indica um possível rompimento entre o grupo político do deputado e a ala bolsonarista do PL. Com um histórico de sucesso eleitoral que inclui a eleição de dezenas de prefeitos e parlamentares estaduais e federais, Josimar de Maranhãozinho tem uma base sólida que, segundo especulações nos bastidores, pode se movimentar em massa para deixar o partido caso a ruptura se concretize.

Essa possibilidade coloca em risco o status do PL como força política no Maranhão, uma vez que Maranhãozinho possui poder de mobilização suficiente para transformar o partido em um pequeno coadjuvante na política estadual.

PL de Bolsonaro se destaca nas grandes cidades 

Em um cenário eleitoral diversificado, o Partido Social Democrático (PSD) foi o partido que mais elegeu prefeitos em todo o Brasil nas eleições municipais de 2024. Contudo, o Partido Liberal (PL), liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o grande vencedor nas cidades com mais de 200 mil eleitores.

Ao conquistar a administração de 16 desses municípios, incluindo as capitais Maceió (AL), Rio Branco (AC), Cuiabá (MT) e Aracaju (SE), o PL atinge um marco inédito, superando seu desempenho de 2020, quando venceu em apenas duas prefeituras de grande porte.

O Partido dos Trabalhadores (PT), do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também obteve crescimento, mas em uma escala menor, elegendo prefeitos em seis municípios com mais de 200 mil eleitores, contra quatro em 2020.

O PT encerrou um período de oito anos sem vitórias em capitais, conquistando a prefeitura de Fortaleza (CE). Esse resultado nas grandes cidades pode indicar possíveis tendências para o pleito de 2026, quando as forças políticas novamente se enfrentarão em um cenário nacional ainda mais polarizado.

Bolsonaro exige expulsão de Josimar Maranhãozinho do PL

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu às declarações de Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, que tentou justificar a aliança entre o PL e o PT na disputa pela Prefeitura de São Luís, onde o partido apoiou o deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Em entrevista ao jornal O Globo, Valdemar chegou a afirmar que no Maranhão “não se encontraria bolsonaristas”, declaração que foi prontamente refutada por Bolsonaro, apesar da incerteza sobre a autenticidade da fala, já que os dois estão proibidos pela Justiça de se comunicarem.

Bolsonaro afirmou que exigirá mudanças no comando do PL no Maranhão, citando diretamente os deputados Josimar do Maranhãozinho, presidente do PL no estado, e Pastor Gil, acusando ambos de corrupção.

gundo o ex-presidente, se não houver a saída desses parlamentares do partido, ele pode desistir de disputar as eleições de 2026, alegando que não permanecerá em um cenário onde não tem controle sobre o partido.

Maranhão lidera candidaturas conjuntas entre PT e PL nas eleições municipais

O Maranhão foi o estado que mais registrou candidaturas conjuntas entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido Liberal (PL) nas eleições municipais realizadas no último domingo, 6.

De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 22 candidatos apoiados pelas duas legendas disputaram prefeituras em cidades maranhenses, resultando em 13 eleitos, enquanto oito foram derrotados. Um caso permanece indefinido devido à candidatura barrada pela Justiça.

No cenário nacional, entre os 85 candidatos com o apoio conjunto do PT e do PL, 58 foram eleitos prefeitos. São Paulo, segundo estado com mais candidaturas dessa aliança, contou com 12 postulantes, dos quais nove venceram, um foi derrotado, e outro segue para o segundo turno.

PT de Lula e PL de Bolsonaro se unem em cidades do Maranhão para eleições de 2024

Enquanto no cenário nacional o PT, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, permanecem em lados opostos, em diversas cidades do Brasil, incluindo São Luís (MA), as duas legendas têm se aliado em disputas municipais. Em 79 cidades de 16 estados, os partidos formaram coligações que envolvem de 4 a 14 siglas.

No Maranhão, estado que já foi governado pelo ministro do STF Flávio Dino, essa parceria é mais evidente, com coligações em 22 cidades. A capital, São Luís, é um dos principais exemplos, onde o PT e o PL se juntaram em apoio à candidatura de Duarte Jr. (PSB), tendo a vereadora Creuzamar Pinho, do PT, como candidata a vice-prefeita. São José de Ribamar e Bacabal, também no Maranhão, são outras cidades onde essa aliança ocorre. Em Coroatá, com 59 mil habitantes, o PT lidera uma chapa com apoio do PL. Já em Viana, com 51 mil habitantes, a candidatura à prefeitura é encabeçada pelo PL com apoio do PT. Embora a direção nacional do PL, presidida por Valdemar Costa Neto, tenha proibido coligações com o PT e outros partidos de esquerda, as coligações estaduais e municipais refletem um pragmatismo típico das eleições locais. O PT também proibiu apoio a candidatos bolsonaristas, mas a falta de especificação partidária permitiu essas coligações.

Em São Paulo, coligações entre PT e PL estão presentes em 11 municípios, incluindo Taboão da Serra, onde nove partidos se uniram em torno da reeleição do atual prefeito Aprígio (Podemos). Além das alianças com o PL, o PT firmou coligações com o PSDB em 381 cidades e com o partido Novo em Mariana (MG). O PL, por sua vez, se aliou ao PDT em 405 cidades e ao PSOL em 11 municípios, como em Santa Luzia (MA). Para o cientista político Eduardo Grin, da FGV São Paulo, esse pragmatismo eleitoral se intensificou no Maranhão desde o governo Flávio Dino, com alianças partidárias que superam questões ideológicas. Ele ressalta que, em cidades menores, as disputas eleitorais tendem a ser menos influenciadas por ideologias, com foco em estratégias de poder e viabilidade eleitoral. Entre as alianças mais comuns em todo o país estão aquelas entre o MDB e PSD, além do MDB com o PP, que se repetem em mais de 1.200 cidades. O PT tem o MDB como principal parceiro, com coligações em 854 cidades, enquanto o PL forma a maior parte de suas alianças com o PP, presente em 994 municípios. Em São Paulo, os dois partidos se juntam com o Republicanos em 1.889 cidades, incluindo a campanha pela reeleição de Ricardo Nunes (MDB) na capital.

Faltas geram desconto de R$ 68,7 Mil no salário de Júnior Lourenço

O regimento da Câmara dos Deputados prevê que faltas não justificadas resultem em descontos no salário dos parlamentares. Mesmo com essa penalidade, alguns deputados acumularam faltas significativas, levando a uma redução considerável em seus proventos mensais.

Segundo um levantamento realizado pelo Metrópoles, com base em dados obtidos através da Lei de Acesso à Informação, as faltas somadas dos deputados custaram mais de R$ 3,6 milhões no ano passado.

Entre os parlamentares com maiores descontos, cinco ultrapassaram o valor de um salário bruto mensal, que é de R$ 41.650,92. No topo da lista está o deputado Junior Lourenço (PL-MA), que acumulou R$ 68,7 mil em penalidades, seguido por Antônia Lúcia (Republicanos-AC), com R$ 61,6 mil em descontos devido às faltas não justificadas.

Após acordo com PL, Bolsonaro declara apoio a Mariana Carvalho em ITZ

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) gravou um vídeo declarando apoio à candidata do Republicanos à Prefeitura de Imperatriz, Mariana Carvalho.

A declaração oficial foi dada depois de um acordo entre os dois partidos.

Com a saída do empresário e agropecuarista Franciscano Soares (PL) da disputa, o Partido Liberal escolheu o empresário Ribinha Cunha como vice, num acordo que une no segundo maior colégio eleitoral os deputados federais adversários Aluisio Mendes (Republicanos) e Josimar de Maranhãozinho (PL).

PL: Bolsonaro decidirá quem é o candidato à Presidência da República

Apesar de estar inelegível, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), segue com alto prestígio com o seu partido. Durante nova inserção do PL no rádio e  televisão, o presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, assegurou que caberá a Bolsonaro decidir a chapa que disputará as eleições presidenciais em 2026.

Apesar de citar que o PL quer Bolsonaro como candidato, Valdemar ressalta que se isso não for possível, caberá ao ex-presidente da República escolher a chapa que disputar as próximas eleições.

Valdemar fez questão de ressaltar que foi Bolsonaro que transformou o PL no maior partido do Brasil e que os votos são do ex-presidente da República.

“Nós queremos o Bolsonaro candidato a presidente do Brasil pelo PL. Agora, se ele não for, quem decide quem vai ser o candidato a presidente é o Bolsonaro. Quem decide quem vai ser o candidato a vice-presidente é o Bolsonaro. Devemos isso a ele. Quem tem voto é ele. O Bolsonaro e o povo brasileiro fizeram do PL o maior partido do Brasil”, afirmou Valdemar.

Valdemar da Costa Neto decide expulsar deputado federal Júnior Lourenço do PL

O deputado federal maranhense Junior Lourenço será expulso do PL. Em conversas reservadas, Valdemar da Costa Neto, chefe da sigla, disse “lamentar” que tenha de fazer isso com um parlamentar de quem gosta e que está há seis anos no partido.

Contudo, o dirigente não viu outra alternativa após Lourenço votar para livrar André Janones (Avante) do processo de rachadinha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. Baseada em uma reportagem da coluna que revelou áudios comprometedores de Janones, a denúncia foi protocolada pelo PL.

Mas ir contra o PL no Conselho de Ética não é o único fator que levou Valdemar a decidir pela punição máxima a Lourenço. Sob reserva, dirigentes da sigla apontam que o deputado teria adotado “postura hostil” a Bolsonaro, “sabotando” orientações do ex-presidente repassadas à bancada do partido.

Lourenço chegou, inclusive, a posar sorrindo para fotos ao lado de Alexandre Padilha, ministro do PT que disse que já chamou Bolsonaro de “fugitivo confesso”. E, contemplado com emendas milionárias do governo, o deputado votou 70% das vezes de acordo com os interesses de Lula.

Ao lado do conterrâneo Josimar Maranhãozinho, Lourenço é um dos parlamentares do PL que mais receberam emendas individuais do governo.