Josimar de Maranhãozinho deve depor nesta quinta em processo sobre desvios de emendas

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) deve prestar depoimento nesta quinta-feira (2) no processo em que é acusado, junto com os parlamentares Josivaldo JP (PL/MA) e Bosco Costa (PL/SE), de envolvimento em um esquema de desvio de emendas parlamentares.

Em um primeiro depoimento, Josimar permaneceu em silêncio, mas desta vez a expectativa é de que ele se manifeste, já que o pedido para o novo interrogatório partiu do próprio parlamentar.

A autorização foi dada pelo relator do caso, ministro Cristiano Zanin, e a oitiva será conduzida pelo juiz instrutor Lucas Sales da Costa.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os deputados teriam recebido R$ 1,6 milhão para destinar R$ 6,6 milhões em emendas ao município de São José de Ribamar, valor equivalente a 25% do montante total.

As investigações da Polícia Federal apontam a existência de um documento que indicaria os nomes dos envolvidos e os percentuais que cada um receberia.

O processo será julgado pela Primeira Turma do STF, que passará a ser presidida pelo ministro Flávio Dino, ex-governador do Maranhão e antigo aliado político de Josimar.

STF ouve deputados do PL em ação sobre suposto desvio de emendas parlamentares

O Supremo Tribunal Federal (STF) ouve nesta quinta-feira (28/8) os réus da ação penal que investiga o desvio de cerca de R$ 6,6 milhões em emendas parlamentares destinadas a São José do Ribamar (MA).

Entre os acusados estão os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), apontado como suposto líder da organização criminosa, Pastor Gil (PL-MA) e o suplente Bosco Costa (PL-SE).

Além deles, outros cinco réus também serão interrogados. O processo se aproxima da fase final de instrução e, após as alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR) e das defesas, poderá ser levado a julgamento pelos ministros da Corte.

As investigações tiveram início em 2020, a partir de denúncia do então prefeito de São José do Ribamar, Eudes Sampaio, que relatou ter sido procurado pelo agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan — assassinado em 2024 — para pagar propina em troca da liberação de recursos.

Segundo a PGR, Maranhãozinho coordenava o envio das emendas e contava com a atuação de Pacovan para cobrar valores ilícitos, equivalentes a 25% das verbas.

As defesas negam as acusações, alegam inconsistências nas provas apresentadas e sustentam que não houve destinação irregular dos recursos. Ainda assim, as oitivas desta quinta-feira são consideradas decisivas para o desfecho da ação penal.

Josimar de Maranhãozinho entra em contagem regressiva sob risco de condenação no STF

Apesar de ainda ostentar força política expressiva — com quatro deputados federais, seis estaduais, mais de 40 prefeitos e uma ampla rede de vereadores sob sua liderança —, o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) começa a sentir o peso das acusações que enfrenta na Justiça.

Ele é investigado pela Polícia Federal por supostamente comercializar emendas parlamentares, e pode ser condenado em processo que tramita no Supremo Tribunal Federal, sob relatoria do ministro Flávio Dino.

O caso ganhou repercussão após denúncia do ex-prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), que afirmou ter sido pressionado por Josimar e pelos deputados Pastor Gil (PL) e Bosco Costa (PL-SE) a repassar 25% de R$ 6 milhões em emendas destinadas ao município.

A Polícia Federal investigou o caso e concluiu que a denúncia é consistente. Apesar de negar as acusações, Josimar vê o cerco jurídico se fechar e já enfrenta o risco real de condenação, perda do mandato e afastamento definitivo da vida pública.

Josimar de Maranhãozinho pode perder a liderança do PL no MA

O deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL) enfrenta o momento mais crítico de sua carreira após a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal formar maioria para torná-lo réu por tentativa de extorsão à Prefeitura de São José de Ribamar, envolvendo um esquema de emendas parlamentares de R$ 6,5 milhões.

Junto com ele, também respondem ao processo o deputado federal Pastor Gil (PL) e o suplente Bosco Costa (PL-AL). Segundo o ministro Edson Fachin, as provas contra o trio são contundentes, baseadas na denúncia do ex-prefeito Eudes Sampaio (PTB), que se recusou a participar do suposto esquema e levou o caso à Polícia Federal.

Além da ameaça jurídica, Josimar enfrenta uma disputa pelo comando do PL no Maranhão. O ex-presidente Jair Bolsonaro tenta enfraquecê-lo e entregar a legenda a um aliado fiel. Caso seja condenado, o deputado pode perder o controle do partido e sua influência política no estado.

A decisão judicial poderá definir o futuro de um dos políticos mais poderosos do Maranhão e o destino da sua base eleitoral.

Fantasma Pacovan! Investigação contra Josimar e Pastor Gil começou com denúncia de ex-prefeito de Ribamar á PF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um esquema de comercialização de emendas parlamentares que envolvia os deputados Josimar Maranhãozinho (PL-MA), Pastor Gil (PL-MA) e Bosco Costa (PL-SE).

Segundo a PGR, os parlamentares exigiram que o então prefeito de São José do Ribamar, Eudes Sampaio, pagasse R$ 1,66 milhão em propina para que o município recebesse R$ 6,67 milhões em emendas. A denúncia só veio à tona depois que Sampaio passou a ser ameaçado pelo agiota Josival Cavalcanti, o Pacovan, apontado como intermediário do grupo criminoso.

De acordo com as investigações, o ex-prefeito inicialmente aceitou repassar o dinheiro ilícito, mas, diante das pressões e ameaças de Pacovan, decidiu denunciar o esquema à Polícia Federal. A PGR afirma que o grupo operava há anos negociando emendas parlamentares e exigindo contrapartidas financeiras de prefeitos em troca da liberação dos recursos. A atuação de Pacovan era central na cobrança da propina, funcionando como um braço operacional dos deputados envolvidos.

As investigações revelaram que Josimar Maranhãozinho liderava a organização criminosa e mantinha um controle detalhado das propinas cobradas. Anotações encontradas pela Polícia Federal em seu escritório mostram registros de valores a serem pagos por diversas prefeituras. Além disso, mensagens interceptadas indicam que Maranhãozinho e seus aliados estavam atentos às transações financeiras, demonstrando preocupação com os depósitos feitos em contas ligadas aos parlamentares.

O caso de São José do Ribamar é apenas um dos episódios de um esquema que pode ter movimentado mais de R$ 7 milhões em propinas, especialmente ligadas a emendas para a saúde. A PGR acusa os parlamentares de corrupção passiva e organização criminosa, destacando que a estrutura montada pelo grupo envolvia operadores financeiros e lobistas para dificultar o rastreamento do dinheiro.

Morador de Zé Doca critica deputado Josimar de Maranhãozinho em áudio divulgado no WhatsApp

Um morador do município de Zé Doca, identificado como Marcelo Raimundo Magro, tornou público, nesta quinta-feira (23), por meio de uma publicação no aplicativo de troca de mensagens WhatsApp, um áudio no qual faz severas críticas e acusações ao deputado federal Josimar de Maranhãozinho, presidente estadual do PL.

No áudio, Marcelo chama o parlamentar de “vagabundo que se elegeu e não faz nada pelo povo de Zé Doca”. Ele acusa Josimar de não buscar recursos para a região e sugere envolvimento do deputado em esquemas irregulares.

O site não conseguiu identificar o contexto da discussão que resultou nas declarações de Marcelo contra o deputado. Josimar de Maranhãozinho é irmão da ex-prefeita Josinha Cunha e tio da atual prefeita Flavinha Cunha, ambas também do PL.

Maranhãozinho desafia Bolsonaro a tirá-lo do PL

O ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer carga para que o presidente do partido, Valdemar Costa Neto expulse o deputado federal Josimar de Maranhãozinho e seu grupo do PL e passe o comando da legenda a um bolsonarista fiel, como o ex-senador Roberto Rocha, que está sem partido, e o deputado estadual Yglésio Moises, hoje no PRTB, que é uma agremiação fantasma.

Do alto de um cacife que reúne quatro deputados federais, cinco deputados estaduais e 41 prefeitos eleitos e uma enorme penca de vereadores, Josimar de Maranhãozinho chega a desdenhar da fúria do ex-presidente. E sem qualquer traço de arrogância, mas com um leve traço de ironia, diz que não vai sair do partido, decidido que está a pagar para ver.

Com o lastro de ser um dos líderes que melhor conhecem a política do Maranhão, Josimar de Maranhãozinho sabe que se decidirem tirá-lo do PL, a cúpula nacional do partido estará dando um tiro no pé. Isso porque nenhum dos nomes cogitados para sucedê-lo tem cacife para comandá-lo. Ao contrário, correm o risco de afundá-lo de vez no estado.

– Ninguém vai tirar a gente do PL – tem dito Josimar de Maranhãozinho em conversas fechadas com aliados.

Após perder comando do PL Mulher, Deputada Detinha sente o golpe e manda aliados assinarem carta de repúdio

A deputada federal Maria Deusdete Lima Cunha Rodrigues, conhecida popularmente como “Detinha” (PL), sentiu, e muito, a perda do comando do Partido Liberal (PL) Mulher no Maranhão.

Detinha mandou seus aliados se manifestarem publicamente repudiando a decisão da ex-primeira-dama do Brasil, Michele Bolsonaro, que gravou vídeo divulgado nesta quarta-feira (06) destituindo a deputada da função e substituindo-a pela vereadora eleita em São Luís, Flávia Berthier (PL).

Na parte da tarde, por meio dos storys do seu perfil do Instagram, Detinha compartilhou dezenas de publicações de um card (panfleto eletrônico) que exalta ela como a deputada federal mais votada do Maranhão na última eleição.

Em outra frente de defesa, prefeitos do PL mais alinhados a Detinha, como a sua cunhada Josinha Cunha, prefeita reeleita da cidade de Zé Doca e irmã do deputado federal Josimar Maranhãozinho, presidente estadual do PL, emitiu uma nota na qual classifica a decisão de Michele Bolsonaro como surpresa e indignação.

“Foi com surpresa e um misto de indignação que recebemos a noticia da retirada da deputada federal Detinha do comando do PL Mulher do Maranhão. Sob o comando de Detinha, que foi a federal mais votada do estado e Josimar Maranhãozinho, O PL foi o partido que fez o maior número de prefeitos no estado.” Diz trecho da carta assinada pela prefeita de Zé Doca, o documento também foi assinado por outros prefeitos do PL.

Josimar de Maranhãozinho é acusado de usar verbas de corrupção para bancar educação dos filhos

Mais um escândalo abala a cena política nacional, com o nome do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PP) no centro das atenções. Dessa vez, o parlamentar está sob os holofotes da Polícia Federal, que o acusa de utilizar recursos provenientes de corrupção para financiar a educação de seus filhos.

De acordo com as investigações conduzidas pela PF, o dinheiro desviado foi direcionado para custear a escola dos filhos do deputado, tendo origem em convênios federais. Essas revelações surgem no contexto da Operação Engrenagem, cujo relatório final expõe a atuação de uma organização criminosa envolvida na fraude de um convênio do Ministério da Agricultura destinado à “adequação de estradas vicinais” no município de Zé Doca (MA). O referido convênio era supervisionado por Josinha Cunha (PL), irmã de Josimar de Maranhãozinho.

A notoriedade do deputado ganhou destaque nacional quando vídeos divulgados pela Polícia Federal, com autorização judicial, o mostravam em seu escritório político no Maranhão manuseando vultosos maços de dinheiro.

PL no Maranhão vai ser dividido entre bolsonaristas e centrão

Após o encerramento das eleições presidenciais de 2022, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado, a sua legenda (PL) vem se dividindo em duas alas, uma decidida em continuar apoiando o bolsonarismo e outra que segue em direção ao chamado centrão.

No Maranhão, o quadro começa a ficar mais nítido. Josimar Maranhãozinho, presidente estadual do PL, Detinha e Júnior Lourenço já não estão dispostos a comprar briga pelo ex-presidente e se aproximam do centrão, sinalizando que até poderão votar favoráveis às propostas do Governo Lula.

Em contrapartida, o deputado federal reeleito, Pastor Gildenemyr, não parece disposto a desistir “bolsonarismo” e vai permanecer na ala mais conservadora.

Nos bastidores da política, existe o temor de que o PL siga os passos do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu em 2018, e acabou se extinguindo por conta do ex-presidente.