Detinha, Pastor Gil e Allan Garcês votaram contra a prisão de deputado envolvido no assassinato de Marielle Franco

Após uma decisão acalorada no plenário da Câmara dos Deputados, a prisão preventiva do deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido) foi mantida, em meio a acusações relacionadas ao assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em 14 de março de 2018, no centro do Rio de Janeiro.

O placar da votação reflete a tensão e a divisão de opiniões entre os parlamentares. Com 277 votos a favor da manutenção da prisão, 129 contra e 28 abstenções, a margem foi estreita, mas suficiente para manter Brazão sob custódia. Vale destacar que eram necessários 257 votos para validar a prisão do deputado.

O caso ganhou ainda mais destaque pela posição de três deputados federais do Maranhão que se opuseram à manutenção da prisão de Brazão. Pastor Gil (PL), Detinha (PL) e Allan Garcês (PP) foram os representantes maranhenses que votaram contra a medida.

Além da decisão do plenário da Câmara, o Conselho de Ética abriu um processo de cassação contra o deputado federal, intensificando o embate político e judicial em torno do caso.

Deputados do MA estão entre os mais faltosos na Câmara Federal

Desde o início da atual legislatura, em 1º de fevereiro de 2023, a Câmara Federal já somou 958 faltas sem justificativa em sessões deliberativas. Entre os parlamentares mais faltosos estão Junior Lourenço, Josimar de Maranhãozinho e Detinha, todos do PL-MA.

Os dados foram obtidos a partir de um levantamento realizado pelo site Metrópoles com base em informações do site da Câmara dos Deputados até a última sexta (29). Vale ressaltar que o portal diferencia faltas justificadas, como licenças médicas, das faltas não justificadas.

Conforme as normas da Câmara dos Deputados, a presença dos parlamentares é registrada eletronicamente no início de cada sessão. Caso o sistema não esteja em uso, a verificação é feita por meio de listas de chamada nominal em Plenário.

O deputado federal com o maior número de ausências não justificadas é Junior Lourenço (PL-MA), que registrou 23 faltas sem justificativa às sessões do plenário, o que representa cerca de 28,75% dos compromissos.

Também na lista dos 20 mais faltosos sem justificativa estão os maranhenses Josimar de Maranhãozinho (PL), com 13 faltas, e Detinha (PL), com 10 faltas.

Após operação do Gaeco, Detinha pede a exclusão de todos os grupos de WhatsApp que lidera

Após a recente atuação do Gaeco no Maranhão, a deputada federal Detinha (PL) teria solicitado a exclusão de todos os grupos do WhatsApp sob sua liderança. O desenrolar dos acontecimentos começou com o primeiro grupo, “Detinha Polo Grande Ilha”, que foi eliminado na sexta-feira (11).

Esses movimentos chamam a atenção para os desdobramentos da operação “Véu de Maquiavel”, desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) na quinta-feira (10). A operação lançou luz sobre questões que agora parecem perturbar a tranquilidade da parlamentar.

Um aspecto relevante é a conexão direta com um dos alvos da operação, o vereador Aldir Júnior, que também é sobrinho da deputada Detinha. Os movimentos da parlamentar para apagar rastros digitais em grupos de comunicação levantam um questionamento crucial: o que exatamente a deputada Detinha estaria buscando esconder?

Lula oferece cargos de segundo escalão: Josimar e Detinha retiram assinatura da CPMI 

Após ofensiva do governo Lula, os deputados federais maranhenses Josimar de Maranhãozinho e Detinha, ambos do Partido Liberal (PL), decidiram retirar suas assinaturas do requerimento para instalação da Comissão parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que pretende apurar responsabilidades pelos ataques promovidos às sedes dos Três Poderes, em Brasília (DF), no dia 8 de janeiro.

Para barrar o avanço da coleta de assinaturas, a base do governo estaria oferecendo cargos de segundo escalão, sendo distribuídos a indicados dos parlamentares.

A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), além de diretorias dos Correios, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs), seriam os principais focos de propostas.

 

PL no Maranhão vai ser dividido entre bolsonaristas e centrão

Após o encerramento das eleições presidenciais de 2022, em que o ex-presidente Jair Bolsonaro saiu derrotado, a sua legenda (PL) vem se dividindo em duas alas, uma decidida em continuar apoiando o bolsonarismo e outra que segue em direção ao chamado centrão.

No Maranhão, o quadro começa a ficar mais nítido. Josimar Maranhãozinho, presidente estadual do PL, Detinha e Júnior Lourenço já não estão dispostos a comprar briga pelo ex-presidente e se aproximam do centrão, sinalizando que até poderão votar favoráveis às propostas do Governo Lula.

Em contrapartida, o deputado federal reeleito, Pastor Gildenemyr, não parece disposto a desistir “bolsonarismo” e vai permanecer na ala mais conservadora.

Nos bastidores da política, existe o temor de que o PL siga os passos do PSL, partido pelo qual Jair Bolsonaro se elegeu em 2018, e acabou se extinguindo por conta do ex-presidente.

Caio Castro Maranhense: declaração de R$ 1,5 mi de Detinha prova que Josimar não está pagando suas contas

A deputada estadual Detinha (PL) esposa do milionário e investigado deputado federal, Josimar Maranhãozinho (PL), declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que seus bens estão avaliados em R$ R$1.575.027,97.

O valor pode ser considerado muito baixo se comparado com os milhões do seu marido, no entanto, vale ressaltar que Detinha entrou na vida política em 2008 com apenas R$ 38 mil, quando foi eleita a prefeita do município de Centro do Guilherme (MA).

Quatro anos após a sua primeira eleição, em 2012, Detinha foi reeleita prefeita do mesmo município e já possuía R$274.037,48.

Eleita deputada estadual em 2014, a ex-prefeita de Centro do Guilherme declarou ao TSE que seus bens estavam avaliados em R$747.145,11, sendo que a maior parte dele, R$ 200 mil, estava em suas mãos.

Em sua nova declaração, Detinha afirma que tem quase R$ 1,5 milhão e R$ 150 mil em espécie.

Os valores são completamente desproporcionais aos do seu marido Josimar Maranhãozinho.

Nas redes sociais, Maranhãozinho chegou a ser comparado com o ator da TV Globo, Caio Castro, que recentemente declarou que se sente incomodado com a sensação de ter que sustentar (uma mulher no primeiro encontro) só porque tem mais dinheiro.