Gaeco pediu prisão de Umbelino Jr. por suspeita de rachadinha

Ao deflagrar a Operação Occulta Nexus, o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público do Estado do Maranhão (MPMA) informou que, no curso das investigações, chegou a pedir a prisão do vereador Umbelino Júnior (PSB).

De acordo com o MP, o parlamentar e alguns de seus familiares desviaram mais de R$ 2,1 milhões com o esquema. O valor foi bloqueado.

Apesar do pedido de prisão, a Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados decretou apenas algumas medidas cautelares: comparecimento mensal em juízo com o propósito de informar e justificar atividades; proibição de acesso e frequência à sede da Câmara Municipal de São Luís; proibição de manter contato, por qualquer meio de comunicação, com todos os demais investigados; proibição de ausentar-se da Comarca sem prévia comunicação a este juízo; e suspensão do exercício da função pública, diante do receio de sua utilização para a prática de infrações penais.

O caso segue em investigação.O vereador ainda não se manifestou sobre o assunto.

Erro em informações enviadas à Justiça Eleitoral pode anular eleições de 28 vereadores no MA

Um erro nas informações enviadas por 14 Câmaras Municipais do Maranhão à Justiça Eleitoral pode resultar na perda dos mandatos de 28 vereadores eleitos.

O problema ocorreu porque as Câmaras não consideraram os dados atualizados do Censo Demográfico de 2022, que apontaram uma redução populacional em seus municípios, afetando diretamente o número de cadeiras disponíveis nas Casas Legislativas.

Com a quantidade de vereadores eleitos maior do que o permitido pelo novo Censo, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) declarou os resultados no domingo (6), sem identificar a falha.  A situação foi descoberta dois dias depois, na terça (8), e agora pode levar à anulação dos mandatos, além de possíveis sanções do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) e notificações do Ministério Público.  Câmaras de outros cinco municípios no estado ajustaram suas cadeiras de acordo com a nova contagem populacional.

Renovação expressiva marca nova composição da Câmara de São Luís

A eleição para a Câmara Municipal de São Luís em 2024 foi marcada por uma renovação significativa, com a saída de vereadores veteranos como Chico Carvalho (Podemos), Pavão Filho (PSB) e Gutemberg Araújo, abrindo espaço para novos nomes.

Um dos destaques foi o jornalista Douglas Pinto (PSD), da TV Mirante, que entrou para a história ao ser o primeiro vereador da capital a receber 16 mil votos. Além dele, outras figuras novas, como Clara Gomes (PSD), André Campos (PP) e Thay Evangelista (União Brasil), também foram eleitas, reforçando a mudança no cenário político local.

A lista de eleitos inclui Douglas Pinto (16.036 votos), Marquinhos (12.200), Aldir Júnior (10.633), e outros nomes que compõem a nova formação do parlamento ludovicense. Com essa renovação, o Palácio Pedro Neiva de Santana espera uma atuação mais diversa e promissora, marcada pela presença de “marinheiros de primeira viagem” que poderão influenciar a política da cidade nos próximos anos.

Censo de 2022 provoca redução no número de vereadores no MA

Cinco municípios do Maranhão reduzirão o número de vereadores em 2024, conforme os ajustes baseados no Censo de 2022, realizado pelo IBGE.

A revisão populacional realizada pelo IBGE levou à redução de dois vereadores em Anapurus, Arame, Bom Jesus das Selvas, Governador Eugênio Barros e Senador La Roque.

A mudança ocorre em conformidade com os limites previstos na Constituição Federal para a composição das câmaras municipais, conforme o tamanho da população local.

REDUÇÃO DE VEREADORES

De acordo com o advogado Dirceu Emir, especialista em legislação eleitoral, a diminuição de vereadores em alguns municípios maranhenses segue a Constituição, que estabelece tetos máximos para o número de parlamentares conforme o tamanho da população.

Município 2020 2024
Anapurus 9 11
Arame 11 13
Bom Jesus dos Selvas 11 13
Governador Eugênio de Barros 9 11
Senador La Roque 9 11

Nos municípios citados, a redução se deu após os resultados do Censo de 2022, que revelou diminuição no número de habitantes.

AMPLIAÇÃO EM OUTROS MUNICÍPIOS

Por outro lado, quatro municípios do Maranhão, incluindo Santa Helena, terão aumento no número de assentos. Santa Helena, por exemplo, terá quatro cadeiras a mais na Câmara Municipal, um dos maiores aumentos no estado.

Outras cidades que aumentarão seus vereadores são Carutapera, Chapadinha e Raposa, compensando a redução em outros locais.

Carutapera 11 9
Chapadinha 17 15
Raposa 13 11
Santa Helena 13 09

Mais de 20 candidatos a vereador têm registro inapto em SLZ

A três dias das eleições, 24 candidatos ao cargo de vereador em São Luís foram declarados “inaptos” pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA).

Entre os 537 candidatos inscritos para concorrer a uma das 31 vagas na Câmara Municipal, esses 24 estão fora da disputa, segundo informações da plataforma DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

As razões para a inaptidão variam entre renúncias voluntárias, falta de quitação eleitoral, inelegibilidade constitucional e não cumprimento de requisitos legais.

Sete desses candidatos, que haviam registrado suas candidaturas após as convenções partidárias de 5 de agosto, desistiram de forma voluntária.

RAZÕES PARA A INAPTIDÃO

De acordo com o TRE-MA, sete dos 24 candidatos inelegíveis renunciaram, enquanto outros enfrentaram indeferimentos por diferentes motivos, como cancelamentos e descumprimento de normas eleitorais.

Veja a lista completa dos candidatos inaptos:

Anibal Lins (Avante) – Renúncia
Silvino Abreu (Avante) – Renúncia
Saul (Novo) – Renúncia
Daniel Ferreira (PDT) – Renúncia
Anielle Grangeiro (PP) – Renúncia
Waldir Maranhão (PSDB) – Renúncia
Creuzamar (PT) – Renúncia
Mingos Salazar (PT) – Cancelado
Josué Amorim (PT) – Cancelado
Graça Cardial (Avante) – Indeferido
Franco Monte (DC) – Indeferido
Zé Luiz (DC) – Indeferido
Cenicio Gama (MDB) – Indeferido
Mingota (Mobiliza) – Indeferido
Professora Dina (Mobiliza) – Indeferido
Giuvam Sá (Mobiliza) – Indeferido
Vera Alice (Novo) – Indeferido
Maria da Fita (PDT) – Indeferido
Adiel Moreira (PDT) – Indeferido
Joel Brito (PMB) – Indeferido
Dra. Silvya (PMB) – Indeferido
Josue Dias (PSD) – Indeferido
Alberto Camelo (PSDB) – Indeferido
Felipe Veras (União) – Indeferido

RENÚNCIAS E INDEFERIMENTOS

O cancelamento das candidaturas reforça a importância do cumprimento das exigências eleitorais, como a apresentação de documentos e a quitação de pendências junto à Justiça Eleitoral.

Os candidatos que desistiram voluntariamente abriram mão de suas campanhas por razões pessoais ou estratégicas, enquanto os demais foram barrados por falta de regularidade.

Candidatura de Reinaldo Calvet a vereador é indeferida em Bacabeira

A candidatura de Reinaldo Calvet (União Brasil), ex-prefeito de Bacabeira e pai da candidata a prefeita Kellyane Calvet, foi indeferida pela juíza Karine Lopes de Castro Cardoso.

A decisão teve como base a recomendação do Ministério Público, que apontou a suspensão dos direitos políticos de Calvet, impossibilitando-o de concorrer nas eleições.

Reinaldo Calvet, que foi o primeiro prefeito de Bacabeira após a criação do município em 1994, possui uma extensa lista de condenações acumuladas ao longo de sua carreira política.

Essas condenações foram decisivas para a suspensão de seus direitos e, consequentemente, para o indeferimento de sua candidatura.

Inácio Ferreira declara aumento patrimonial na reeleição em Paço do Lumiar

O vereador Inácio Ferreira (PMB), candidato à reeleição em Paço do Lumiar, apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sua nova declaração de bens, que totaliza R$ 240.000,00 em 2024.

O patrimônio do vereador é composto exclusivamente por uma caminhonete Hilux ano 2021/2021, avaliada no valor declarado. Comparado à eleição de 2020, Ferreira teve um aumento de R$ 90.000,00 em seus bens.

Na última eleição, o vereador havia declarado como patrimônio uma caminhonete L200 ano 2018, modelo 2019, no valor de R$ 150.000,00.

O crescimento patrimonial de Ferreira, agora com a aquisição de um veículo mais novo e de maior valor, representa uma alta de 60% em relação à sua declaração anterior.

Vereador Tiririca do Maranhão declara aumento patrimonial em 2024

O vereador suplente de São Luís, Tiririca do Maranhão (PL), que assumiu a vaga de Aldir Júnior (PL) em 11 de junho de 2024, declarou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) um patrimônio total de R$ 450 mil em sua candidatura à reeleição.

Em comparação com 2020, quando informou possuir R$ 262 mil, seu patrimônio cresceu R$ 188 mil. A declaração de 2024 inclui uma casa avaliada em R$ 250 mil, uma Toyota Hilux no valor de R$ 150 mil e um buffet estimado em R$ 50 mil.

Esse expressivo aumento patrimonial levanta questões sobre a origem dos recursos. Embora o incremento possa ser explicado por investimentos e atividades empresariais, como o Buffet Tiririca, é crucial que a evolução patrimonial seja acompanhada de transparência, especialmente para um representante público que busca a confiança do eleitorado.

Cassado em 2023, ex-vereador que desejou a morte de Pedro Fernandes tem candidatura impugnada em Arame

O ex-vereador Elias José Ribeiro Conceição, o Dudu (PDT), de Arame – que protagonizou uma lamentável cena de intolerância política na cidade, desejando a morte do prefeito Pedro Fernandes (União) – enfrenta uma ação de impugnação do seu pedido de registro de candidatura para a eleições deste ano.

O processo foi movido pela Comissão Provisória do MDB na cidade, representada pelo escritório do advogado Carlos Sérgio de Carvalho Barros.

Nela, o partido alega que o pedetista não pode ser candidato porque teve o mandato cassado por “quebra do decoro parlamentar e atos de improbidade administrativa e corrupção, consistentes no desvio/apropriação de verbas públicas e falsificação de documento público”.

O caso foi julgado pela Câmara Municipal de Arame em novembro de 2023. Dudu foi acusado de desvios da ordem de R$ 800 mil.

“Dessa forma, conforme a previsão legal, o impugnado é inelegível pelo período remanescente do mandato e por mais oito anos subsequentes ao término da legislatura, ou seja, até 30/11/32”, diz o texto da ação.

Defesa

Em sua defesa, o ex-vereador aponta supostas nulidades no processo legislativo que culminou com a cassação do seu mandato, e diz que o procedimento foi uma “manobra política já orquestrada”.

“Na aludida peça de representação, não se arrolou uma única testemunha, ou indicou outras provas a ser produzidas. Recebida a representação e instaurado o referido processo por suposto ato de improbidade administrativa, foi escolhida a composição processante, de maneira arbitrária e direta, pelo Presidente da Câmara, que indicou os seguintes membros: Bartolomeu Araújo da Silva (PDT), como presidente; Genilson de Sousa Araújo (PDT), como relator; e, Franciane de Oliveira Sousa (MDB), membro”, apontam os advogados de Dudu.

Segundo os defensores do pedetista, após parecer da Procuradoria da Casa, a primeira comissão fora desconstituída e sorteada uma segunda composição. Mas alguns dos sorteados declinaram de compor a comissão processante.

“Depois dessas declinações imotivadas, ‘milagrosamente’ foram ‘sorteados’ os mesmos 03 (três) vereadores que haviam sido escolhidos por meio da indicação anulada. E pior, na mesmíssima ordem que haviam sido “indicados” anteriormente, ocupando os mesmíssimos cargos”, destaca a contestação do ex-parlamentar, que cita, ainda, escolha de testemunhas pela própria comissão processante, oitiva sem a presença do então vereador denunciado, ou de um defensor seu, e uso de provas que não passaram pelo crivo do contraditório.

O caso será julgado pelo juiz Flávio Gurgel Pinheiro, após manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

Chico Carvalho: 20 anos na política sem bens declarados, mesmo às vésperas de aposentadoria

O vereador Chico Carvalho, candidato à reeleição pela Federação PSDB Cidadania (PSDB/Cidadania), mantém um histórico peculiar em suas declarações de bens ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Assim como em 2020, na declaração de 2024, o vereador não apresentou nenhum bem a declarar, apesar de estar perto de se aposentar da política aos 77 anos.

Chico Carvalho, que ingressou na política em 2004, tem uma trajetória de duas décadas sem registrar patrimônio pessoal, o que o diferencia da maioria dos políticos com longa carreira. Mesmo após 20 anos de atuação pública, suas declarações de bens seguem sem qualquer alteração, permanecendo sem ativos listados em todos os anos eleitorais em que concorreu a cargos públicos.