Projeto que veda benefícios a invasores de terra é aprovado

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou nesta semana um projeto que proíbe a participação de invasores de propriedade privada em programas sociais do governo.

De acordo com a proposta, as medidas também serão aplicadas aos condenados pelo crime de esbulho possessório, definido no Código Penal como a ação de suprimir ou deslocar qualquer sinal indicativo de linha divisória para se apropriar, mesmo que em parte, de imóvel alheio.

Lula lança programa que destina imóveis sem uso para habitação

O presidente Lula anunciou o lançamento do Programa de Democratização dos Imóveis da União, uma iniciativa voltada para destinar imóveis federais sem uso para habitação, com foco em atender a população em situação de vulnerabilidade.

Em alguns casos, a transferência desses imóveis será feita sem custos.

O programa faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e está operando em quatro linhas prioritárias. A primeira tem como objetivo a provisão habitacional, contemplando imóveis do Minha Casa, Minha Vida e locação social.

A segunda linha de prioridade se concentra na regularização fundiária, proporcionando títulos de terras e urbanização de assentamentos precários. A terceira abrange políticas públicas e programas estratégicos, extrapolando o campo da moradia para incluir serviços públicos em saúde e educação.

A última linha contempla empreendimentos e diversos usos em áreas urbanas, explorando oportunidades para parcerias público-privadas ou permutas para atrair investimentos.

Existem quatro modalidades de repasse dos imóveis:

  • Cessões gratuitas, onerosas ou em condições especiais;
  • Doações com encargos para provisão habitacional, regularização fundiária ou empreendimentos sociais permanentes;
  • Entrega para órgãos federais dos Três Poderes;
  • Alienação/permuta, envolvendo a troca de imóveis da União por outro ou nova construção.

O programa, desenvolvido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, liderado pela ministra Esther Dweck, alega valorizar o patrimônio da União, indo além da simples venda de imóveis sem uso para pagamento de juros de dívidas.

Segundo Esther Dweck, a lógica é utilizar o patrimônio para valorizá-lo, e a venda, muitas vezes, pode representar uma desvalorização.

“A gente quer conseguir dar habitação a essas famílias. O governo tem um programa já dedicado a isso, mas a gente pode usar o patrimônio da União para baratear esse programa, inclusive”, afirmou a ministra.

Famem promove congresso de regularização fundiária no Maranhão

A Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) inicia nesta segunda-feira, 11, o Congresso Estadual de Regularização Fundiária do Maranhão.

O evento ocorre até amanhã, 12, no Palácio Henrique de La Rocque, em São Luís, numa parceria com o Governo do Estado, por meio do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (ITERMA).

O congresso tem como objetivo reunir líderes, especialistas e interessados no tema para uma jornada de aprendizado e compartilhamento.

Será uma oportunidade única de aprofundar o entendimento sobre a regularização fundiária, abordando tanto os aspectos teóricos quanto práticos. Renomados especialistas no Registro de Regularização Fundiária Urbana (REURB) e na regularização do campo estarão presentes, oferecendo uma visão abrangente do assunto. Os participantes terão a chance de explorar casos práticos, discutir desafios e soluções e compreender os principais pilares da regularização em todas as suas dimensões.

STF decide que propriedade produtiva pode ser desapropriada

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que é válido um trecho da Lei da Reforma Agrária (Lei 8.629/1993) que autoriza a desapropriação de propriedades produtivas que não estejam cumprindo sua função social.

A votação ocorreu no plenário virtual do STF, e o resultado foi anunciado na segunda (4). A decisão foi tomada em resposta a uma ação movida em 2007 pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que alegou que os requisitos de produtividade e função social não deveriam ser exigidos simultaneamente das propriedades rurais.

A CNA argumentou que a Lei da Reforma Agrária tratava propriedades produtivas e improdutivas de maneira igual, o que, segundo eles, era contrário à Constituição. A Constituição, no artigo 185, estabelece que “são insuscetíveis de desapropriação para fins de reforma agrária: I) a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei, desde que seu proprietário não possua outra; e II – a propriedade produtiva”.

No entanto, o relator do caso, o ministro Edson Fachin, argumentou que a Lei da Reforma Agrária poderia estabelecer regras diferentes. Ele citou o parágrafo único do mesmo artigo (185), que afirma que “a lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos relativos a sua função social”.

Fachin sustentou que esse dispositivo “exige que tanto o critério de produtividade quanto o de função social sejam cumpridos simultaneamente”. Portanto, ele concluiu que não era possível, como argumentado pela CNA, considerar que propriedades produtivas não precisariam cumprir o requisito de uso racional e adequado, outro requisito constitucional.

O ministro também interpretou a proibição explícita de desapropriação de terras produtivas como uma garantia de que o critério de produtividade seria utilizado para determinar a função social. Ele considerou que isso impõe ao legislador a definição do significado e do alcance do conceito de produtividade.

Nasa acompanha trajetória de asteroide que tem chance ‘muito pequena’ de atingir a Terra em 2046

Daqui a aproximadamente 20 anos, em 14 de fevereiro de 2046, um asteroide recém-descoberto se aproximará da Terra e poderá se chocar com o nosso planeta.

Mas isso não é motivo para alarde. Pelo menos por enquanto, pois o astro de 50 metros de diâmetro tem uma chance’ muito pequena’ de colidir diretamente com a Terra, segundo anunciou o Escritório de Coordenação de Defesa Planetária da Nasa, a agência espacial norte-americana.

Para ser mais específico, a chance dessa colisão acontecer é de uma a cada 625, de acordo com a ESA, agência espacial europeia, mas este número está em constante revisão.

“Muitas vezes, quando novos objetos são descobertos, são necessárias várias semanas de dados para reduzir as incertezas e prever adequadamente suas órbitas anos no futuro”, afirmou a Nasa.

“Os nossos analistas de órbita continuarão monitorando o asteroide 2023 DW e atualizarão as previsões à medida que mais dados chegarem”.

Batizado de 2023 DW, o corpo celeste foi detectado pela primeira vez em 26 de fevereiro, por um observatório no Chile.

A Nasa estuda a fundo a órbita desses objetos para justamente prever aproximações e probabilidades de impacto. No ano passado, pela primeira vez na história, a agência conseguiu inclusive alterar a trajetória de um asteroide com sucesso. A missão foi um teste para verificar a capacidade de desviar a rota de corpos celestes que poderiam entrar em rota com a Terra no futuro.

O asteroide alvo foi Dimorphos, que está a cerca de 9,6 milhões de quilômetros da Terra e é bem pequeno, mas ainda assim maior que o 2023 DW, com cerca de 160 metros de diâmetro.

Ainda de acordo com agência espacial americana, diariamente, cerca de cem toneladas de “material interplanetário” caem na superfície da Terra, mas a maioria desses objetos são minúsculas partículas de poeira que são liberadas por cometas (geralmente, os cometas são feitos de gelo e poeira, diferentemente dos asteroides, que são rochosos).