OAB levará ao STF norma que restringe “Saidinhas” de presos

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) anunciou que irá acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para questionar a nova norma que restringe as “saidinhas” de presos, ampliada após o Congresso Nacional derrubar um veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao projeto de lei. A informação foi divulgada pela CNN Brasil.

A OAB pretende apresentar uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) nos próximos dias, em resposta à recente decisão do Congresso. O objetivo é contestar a alteração que limita as saídas temporárias de presos do regime semiaberto.

O veto presidencial, anteriormente imposto pelo governo, permitia que detentos saíssem temporariamente para visitar familiares. Com a derrubada do veto pelo Congresso, a permissão para as “saidinhas” ficou restrita apenas a atividades educacionais, eliminando a possibilidade de saídas para visitas familiares.

Congresso derruba veto de Lula e extingue saidinha temporária 

Como previsto, o Congresso Nacional derrubou nesta terça-feira (28) o veto do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobre a lei que praticamente extingue a saída temporária de detentos em feriados e datas comemorativas. A partir de agora, o benefício será concedido apenas para aqueles que saírem para estudar, seja no ensino médio, superior, supletivo ou cursos profissionalizantes.

De acordo com a nova legislação, os detentos têm direito de solicitar até cinco saídas de sete dias por ano, ou conforme a duração do curso em que estiverem matriculados. A medida visa restringir o uso da saidinha temporária, que vinha sendo amplamente criticada por permitir que detentos deixassem as prisões em momentos de celebrações públicas, muitas vezes gerando preocupação na sociedade.

Na Câmara dos Deputados, o veto foi derrubado por 314 votos a 126, com 2 abstenções. Já no Senado, a decisão foi ainda mais expressiva, com 52 votos a 11, e 1 abstenção. A votação demonstrou um consenso significativo entre os parlamentares a favor de uma maior rigidez na concessão do benefício.

Bancada do Maranhão apoia derrubada do veto

A bancada do Maranhão, em sua maioria, manifestou-se favorável à derrubada do veto e à aprovação de maior rigidez na saidinha temporária. Entre os deputados federais, Márcio Jerry, Rubens Júnior, Fábio Macêdo e Hildo Rocha votaram pela manutenção do veto. Três deputados estavam ausentes: Júnior Lourenço, Josimar de Maranhãozinho e Detinha.

Os demais deputados do estado votaram a favor da derrubada do veto, a saber: Aluisio Mendes, Cléber Verde, Allan Garcês, Dr. Benjamin, Remy Soares, Duarte Júnior, Josivaldo JP, Márcio Honaiser, Marreca Filho, Pedro Lucas e Pastor Gil.

No Senado, apenas a senadora Ana Paula Lobato registrou seu voto, também pela derrubada do veto, alinhando-se à maioria de seus colegas senadores.

Saidinha: Congresso Nacional define data para analisar veto de Lula

Depois de alguns adiamentos, deputados federais e senadores chegaram a um entendimento e decidiram que na próxima terça-feira (28), irão, enfim, analisar vetos do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Apesar de terem definido a nova data, ainda não há acordo feito pela base do governo com os demais congressistas sobre quais decisões presidenciais serão mantidas e derrubadas.

Entre os vetos que serão analisados pelo Congresso Nacional está o PL que praticamente extingue as saidinhas temporárias no Brasil.

O fim das saidinhas foi aprovado quase que por unanimidade no Congresso Nacional. No Senado, foram 62 votos a favor e apenas 02 contrários. Na Câmara Federal, os deputados, que haviam aprovado em 2023, mantiveram as mudanças do PL feitas no Senado.

No entanto, o presidente Lula decidiu vetar parcialmente o PL que extinguia a saidinhas temporárias de apenados no Brasil.

É aguardar e conferir, mas a pressão será grande pela derruba do veto do PL das saidinhas.

Congresso Nacional analisará vetos de Lula na próxima quinta-feira

Depois de uma série de adiamentos, os membros do Congresso Nacional finalmente chegaram a um consenso e marcaram para a próxima quinta-feira (09) a análise dos aproximadamente 30 vetos impostos pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os vetos a serem examinados pelos parlamentares está o projeto de lei que efetivamente elimina as chamadas “saidinhas temporárias” no Brasil.

A abolição das saidinhas recebeu quase apoio unânime no Congresso Nacional. No Senado, foram registrados 62 votos a favor e apenas 02 contrários. Na Câmara Federal, os deputados, que já haviam aprovado o projeto em 2023, mantiveram as alterações propostas pelo Senado.

No entanto, o presidente Lula optou por vetar parcialmente o projeto de lei que extinguia as saidinhas temporárias para apenados no país.

Além disso, o Congresso Nacional também deverá votar o veto parcial à Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que inclui, entre outros aspectos, um cronograma para o pagamento, pelo Governo Lula, das emendas parlamentares obrigatórias.

A sessão marcada para a próxima quinta-feira será a primeira sessão deliberativa do Congresso Nacional em 2024.

Pedro Lucas quer urgência no fim das “saidinhas temporárias”

A pressão pela votação e aprovação do Projeto de Lei que visa encerrar as polêmicas “saidinhas temporárias” continua a ganhar força, com expectativas de um posicionamento dos senadores em 2024. Nesta quinta-feira, 11 de janeiro, o deputado federal Pedro Lucas, representante da União Brasil pelo estado do Maranhão, utilizou suas redes sociais para abordar a urgência do tema.

O parlamentar maranhense destacou a necessidade de celeridade na análise do projeto, ressaltando que o benefício das “saidinhas temporárias” é exclusivo do sistema prisional brasileiro e tem sido alvo de críticas pela sua ineficiência e potencial risco à segurança da população.

“O Brasil não pode mais permitir a impunidade. As saidinhas temporárias do sistema prisional provaram a sua ineficiência e representam um verdadeiro perigo à população. É urgente a aprovação do PL que garante o fim das saidinhas, já aprovado na Câmara dos Deputados, e que encontra-se atualmente parado no Senado”, apelou Pedro Lucas.

A manifestação do deputado ocorre em um contexto onde, no último fim de semana em Belo Horizonte-MG, um sargento da Polícia Militar foi brutalmente assassinado com tiros na cabeça enquanto perseguia um criminoso que havia cometido assaltos na região central da cidade. O criminoso já era considerado foragido, pois não retornou da Saída Temporária do Natal.