
O deputado federal Júnior Lourenço (PL-MA) exonerou, em 1º de outubro, a secretária parlamentar Maria Jackeline Jesus Gonçalves Trovão, sua sogra, após a divulgação de uma denúncia de nepotismo.
A demissão ocorreu cerca de duas semanas depois de o caso vir a público em reportagem do Metrópoles. Maria Jackeline, de 61 anos, ocupava cargo comissionado no gabinete do parlamentar desde maio de 2022 e recebeu mais de R$ 120 mil ao longo do período.
Ela foi nomeada quando o deputado já era casado com Carolina Trovão Bonfim, filha da ex-servidora, com quem completou cinco anos de casamento em agosto deste ano.
O caso repercutiu em Brasília e levou o Tribunal de Contas da União (TCU) a abrir um processo para apurar a prática de nepotismo, que pode configurar improbidade administrativa.
Se condenado, Lourenço poderá ser obrigado a devolver os valores pagos, pagar multa e até perder os direitos políticos.
A Constituição Federal e a Súmula Vinculante nº 13 do STF proíbem a nomeação de parentes até o terceiro grau para cargos comissionados, o que inclui sogras.
Em parecer encaminhado ao TCU, o subprocurador-geral Lucas Furtado destacou que a conduta “transmite à sociedade uma mensagem de desrespeito aos valores éticos e constitucionais que devem nortear a atuação de um parlamentar”.






