Jair Bolsonaro participa de funeral da rainha Elizabeth II

O presidente Jair Bolsonaro (PL) e a primeira-dama, Michelle, participaram nesta segunda-feira (19) do funeral da rainha Elizabeth II. Eles chegaram por volta das 6h45 (horário de Brasília) à Abadia de Westminster, onde o corpo da monarca foi velado por autoridades.

Antes de deixar a residência oficial do embaixador do Brasil em Londres para participar da cerimônia, Bolsonaro se irritou ao ser questionado se a viagem poderia influenciar na campanha à reeleição ao Palácio do Planalto.

“Você acha que eu vim aqui fazer política?”, disse Bolsonaro.

Antes de ficar contrariado com a pergunta, o próprio presidente, durante entrevista e em conversa com apoiadores, introduziu o contexto político-eleitoral brasileiro.

Questionado sobre a presença no funeral da Rainha Elizabeth II, Bolsonaro afirmou que “todo mundo vai ter um ponto final”. E acrescentou que, na hora do juízo final, não vai ter ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para “descondenar uma pessoa e torná-la elegível”.

O presidente se referiu à decisão do STF que anulou as condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decorrentes da Operação Lava Jato.

Neste domingo (18), Bolsonaro já havia explorado a viagem a Londres politicamente. Da sacada da residência oficial da embaixada brasileira em Londres, ele discursou para apoiadores e disse que vai ganhar a eleição presidencial em 1º turno.

O mais recente levantamento do instituto Datafolha, divulgado na quinta-feira (15), aponta que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no 1º turno contra 33% de Bolsonaro no primeiro turno. A pesquisa Ipec (ex-Ibope) mais recente aponta cenário semelhante: 46% para Lula ante 31% de Bolsonaro.

Estabilidade em pesquisa e rejeição alta preocupam campanha de Bolsonaro, que pensa no 2º turno

Em uma avaliação realista, integrantes da coordenação política da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já demonstram desânimo nesta reta final da corrida eleitoral.

A percepção interna é que todo arsenal já foi usado e mesmo assim a nova pesquisa Datafolha aponta estabilidade, além de rejeição elevada de Bolsonaro.

Na campanha, a expectativa inicial era que a mobilização na comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro, poderia criar uma nova onda nesta reta final antes das eleições,. Mas isso não se concretizou.

Outra aposta foi a PEC Eleitoral, que turbinou o Auxílio Brasil e o aumentou temporariamente para R$ 600. Mas o efeito eleitoral foi menor do que o esperado inicialmente por aliados políticos do presidente.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15) já foi realizada num cenário de decantação depois de todo arsenal utilizado pela campanha de Bolsonaro.

O levantamento mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.

Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% – a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 7% para 8%. Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.

Bolsonaro dá a senha para que homens ataquem mulheres, diz antropóloga Isabela Kalil

O ataque do deputado estadual Douglas Garcia (Republicanos-SP) à jornalista Vera Magalhães é o exemplo mais recente de uma conduta legitimada por Jair Bolsonaro (PL): o presidente tem um histórico de ofensas contra mulheres que é, inclusive, anterior à eleição de 2018. Essa é a avaliação de Isabela Kalil, antropóloga e coordenadora do Observatório da Extrema Direita.

“Tem uma questão que é o quanto Bolsonaro, quando faz isso, ele, de uma certa forma, autoriza, né? Nesse caso a gente tinha um deputado estadual aqui por São Paulo. Então, quando você tem o chefe de Estado fazendo isso com atitudes muito parecidas e nada acontece do ponto de vista institucional, isso é uma espécie de autorização para que outros atores políticos possam fazer coisas similares, porque, enfim, nada vai acontecer”, diz Kalil em entrevista ao podcast O Assunto.

Garcia ofendeu Magalhães ao final do debate da TV Cultura entre candidatos ao governo do estado de São Paulo na madrugada desta quarta-feira (14). Com o celular em punho, ele se aproximou de Magalhães e disse que ela é “uma vergonha para o jornalismo”. A frase é a mesma que foi usada por Bolsonaro contra a jornalista durante o debate da Band entre candidatos à Presidência no fim de agosto.

“Então, eu acho que tem uma questão que é o quanto isso [ataques de Bolsonaro] serve como modelo e de uma senha que autoriza esse tipo de posição. Mas tem uma outra coisa que eu acho que até mais complexa que isso que é o fato de que isso é muitas vezes a pauta ou a agenda que organiza certos grupos de apoiadores.”

 

Econométrica: Lula lidera pesquisa de intenções de votos presidenciáveis no Maranhão

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue liderando as pesquisas de intenções de votos presidenciais no Maranhão.

Segundo levantamento da pesquisa Econométrica/O Imparcial, Lula tem 54,8%, contra 30,1% do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ciro Gomes do PDT parece com 6 % e Simone Tebet é a quarta colocada com 2,5%.

Nesta pesquisa, foram ouvidas 1.490 pessoas em 55 municípios do Maranhão, incluindo a capital São Luís, no período de 5 a 9 de setembro de 2022, com uma margem de erro de 2,5% para mais ou para menos, e nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número MA-06547/2022.

 

Homem que apoiava Bolsonaro mata defensor de Lula em discussão sobre política em MT

Um homem, identificado como Benedito Cardoso dos Santos, de 44 anos, foi assassinado na noite de quarta-feira (7), com golpes de faca e machado, durante uma discussão por questões políticas. Ele era apoiador do candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O autor do crime, Rafael Silva de Oliveira, de 22 anos, é apoiador do atual presidente e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL). As informações são da Polícia Civil.

O crime aconteceu em uma chácara em Agrovila, zona rural de Confresa, cidade a 1.160 km da capital Cuiabá. Segundo o delegado responsável pelo caso, Victor Oliveira, os dois homens trabalhavam juntos no corte de lenha em uma propriedade e, na noite de 7 de setembro, começaram a discutir sobre política.

“O que levou ao crime foi a opinião política divergente. A vítima estava defendendo o Lula e, o autor defendendo o Bolsonaro”, diz o delegado Victor Oliveira.

Segundo a Polícia Civil, Bendito deu um soco no rosto de Rafael e, em seguida, pegou uma faca. O autor do crime, então, partiu para cima da vítima e tomou para si a arma branca.

Ainda conforme a versão apresentada pelo delegado, Bendito teria corrido e Rafael o perseguiu e começou a golpeá-lo pelas costas. A vítima teria ficado caída no chão e o autor, aproveitado para acertá-la com golpes no olho, pescoço e testa. Segundo o delegado, o autor disse que foram pelo menos 15 golpes.

Bolsonaro fará visita rápida hoje (09) no Maranhão

O presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprirá hoje (09) um compromisso de meia hora na cidade de Imperatriz.

A informação foi dada pelo próprio presidente em uma live realizada, na noite desta quinta-feira (08).

Após agenda, Bolsonaro seguirá com apoiadores em uma motociata para o estado Tocantins onde visitará os municípios de Axixá, Augustinópolis e Araguatins.

 

Bolsonaristas admitem vitória de Lula no Maranhão

Manifestantes bolsonaristas que participaram em São Luís do ato político promovido no Dia da Independência do Brasil, pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), avaliaram que o “imbrochável” não tem chances reais de vencer o ex-presidente Lula (PT), no Maranhão.

No entanto, as manifestações nacionais provocaram a crença de que Bolsonaro tornará a disputa difícil e que num eventual segundo turno, o atual presidente possa complicar a vida do petista.

Em relação ao Maranhão, os bolsonaristas consideram que Lula manterá uma larga vantagem de votos contra o Bolsonaro.

Bolsonaro puxa coro de ‘imbrochável’ e sugere que ‘homens solteiros procurem uma princesa’

Em tom de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, discursou em Brasília após o desfile de 7 de Setembro em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil nesta quarta-feira (7). Seguindo gritos dos que acompanhavam o discurso na Esplanada dos Ministérios, Bolsonaro puxou coro de “imbrochável”.

Depois de dizer que a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é “uma mulher ativa na minha vida, não é ao meu lado, não, muitas vezes ela está é na minha frente”, Bolsonaro disse aos homens solteiros que todos deveriam se casar. “E eu tenho falado para os homens solteiros, para os solteiros que estão cansados de ser infelizes. Procure uma mulher, uma princesa, se casem com ela, para serem mais felizes ainda”, disse Bolsonaro.

Logo na sequência, o presidente beijou a primeira-dama e, ao ouvir gritos dos que acompanhavam o discurso, puxou coro de “imbrochável, imbrochável, imbrochável”.

Sem citar nomes, Bolsonaro sugeriu ainda a comparação entre primeiras-damas. “Podemos fazer várias comparações, até entre as primeiras-damas. Não há o que discutir. Uma mulher de Deus, família e ativa em minha vida”, disse o presidente sobre Michelle.

QG de Lula vê Ciro a ‘serviço’ de Bolsonaro e discute antecipar pedido por voto útil

A equipe da campanha de Lula para a eleição presidencial classifica as ações recentes de Ciro Gomes (PDT), com mais de um ataque à saúde física e mental do petista, como atuação a serviço de Jair Bolsonaro (PL).

Aliados de Lula têm dito a Carlos Lupi, presidente do PDT, que o que Ciro está fazendo vai na linha do bolsonarismo e sua estratégia é um “desserviço” ao país – já que ele podia arrancar votos de Lula no voto programático, legitimamente, mas não agir, na avaliação de petistas, “como uma linha auxiliar de Bolsonaro”.

No QG de Lula, a avaliação é de que Ciro Gomes enveredou para a direita e assessores defendem esvaziá-lo na disputa já agora, com a chamada de voto útil junto aos eleitores. A estratégia está em discussão e divide opiniões – mas voltou a ganhar força na segunda-feira, após a entrevista de Ciro também acusando Lula de ter patrimônio oculto.

O comitê de Lula pretendia chamar o voto útil somente na reta final do 1º turno, que será em 2 de outubro. Porém, alguns dos coordenadores da campanha defendem que está a cada dia que passa mais difícil poupar Ciro porque ele “subiu muito o tom”.

Mídia nacional volta a destacar investigações e multiplicação de bens de Josimar Maranhãozinho

O site “Congresso em Foco” publicou nesta quarta-feira (01), uma matéria em que afirma que o deputado federal Josimar Maranhãozinho (PL), principal aliado de Jair Bolsonaro no Maranhão, multiplicou seu patrimônio 55 vezes nos últimos 14 anos.

Josimar Maranhãozinho que foi flagrado em vídeo com uma caixa de dinheiro pela Polícia Federal e é investigado por corrupção, declarou à Justiça eleitoral possuir R$ 25,4 milhões em bens.

A reportagem destaca que “quando se elegeu prefeito pela primeira vez do município de Maranhãozinho, em 2004, ele informou não possuir qualquer bem em seu nome. Em 2008, ao se reeleger, informou possuir R$ 463,9 mil. Ou seja, nos últimos 14 anos, o patrimônio do político cresceu 55 vezes. Na eleição de 2018, quando chegou à Câmara, disse ter R$ 14,5 milhões em bens.”

Maranhãozinho declarou à Justiça eleitoral este ano possuir R$ 920 mil em dinheiro vivo. E outros R$ 2,38 milhões em “dinheiro em caixa apreendido”. Não há detalhamento sobre essa informação. A prática de manter dinheiro em espécie não é novidade na vida do parlamentar.

Em 2014, ele informou que possuía R$ 100 mil em casa. Há quatro anos, informou que contava com R$ 1,4 milhão sob o colchão.

O deputado foi flagrado em uma ação controlada da PF, em outubro de 2020, mexendo em uma caixa cheia de dinheiro e a entregando a um homem não identificado. As imagens só foram reveladas em dezembro de 2021 pela revista Crusoé. Na publicação da revista, o deputado aparece em seu escritório político com dinheiro em envelopes.

De acordo com as investigações sobre um esquema de desvio de emendas parlamentares destinadas à saúde no Maranhão, o montante é resultado de corrupção. A Polícia Federal concluiu que o deputado e familiares cometeram crimes como falsidade ideológica, peculato, corrupção, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O parlamentar é alvo de pelo menos três investigações no Supremo por suspeita de envolvimento no esquema de repasses de emendas parlamentares no Congresso. Além dele, outros dois deputados federais e um senador são investigados. O maranhense é suspeito de pagar uma espécie de “pedágio” para que colegas parlamentares se juntem a ele, destinando emendas a municípios controlados por seus aliados políticos.

Em operação deflagrada em março deste ano, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra Maranhãozinho e os também deputados Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE), ambos do PL e também suspeitos de desviar recursos de emendas parlamentares no interior do Maranhão.

O Congresso em Foco procurou Maranhãozinho pelo telefone do gabinete e de sua campanha e também por e-mail. Até o momento não houve retorno. O site prometeu atualizar o texto caso o deputado se manifeste.