Brandão destaca redução da dívida do Maranhão

O governador Carlos Brandão (PSB) comemorou, em publicação nas redes, a divulgação de dados fiscais da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) apontando que o Maranhão foi o estado que mais reduziu dívida com relação à sua capacidade de arrecadação, no período de 2022 a 2023.

“O equilíbrio nas contas torna possível buscar investimentos para melhorar e gerar mais políticas públicas”, destacou o gestor, em publicação no Twitter, nesta sexta-feira, 5.

Segundo a subsecretária de Estado do Planejamento e Orçamento, Aline Ribeiro, os resultados obtidos pelo Maranhão seguem a orientação do governador Carlos Brandão de manter a capacidade de pagamento e buscar novas fontes de investimento.

“Ao longo desta gestão, realizamos medidas que possibilitaram uma redução expressiva no valor da dívida consolidada do Estado, proporcionando ao Maranhão maior oportunidade de realização de operações de crédito com instituições financeiras, visando a ampliação ou implantação de novas políticas públicas”, enfatizou.

Lula critica OCDE por baixo crescimento da economia brasileira

O presidente Lula não poupou críticas à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) pela previsão de 1,8% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2024.

Em uma declaração nesta terça (19), Lula demonstrou confiança nas perspectivas econômicas do país e desafiou os analistas da OCDE a se reunirem para um café e provarem que estão errados.

“Vi uma manchete que me deixou muito irritado, da OCDE fazendo julgamento da economia brasileira […] Quero apresentar essa gravação, para dizer para o pessoal da OCDE, para tomar café e provar que vocês erraram.”

Segundo Lula, a OCDE desconhece a realidade brasileira. “Como vocês dão palpite, se vocês não sabem? […] Queria falar para o pessoal que fica pessimista: o Brasil vai crescer. Os dados que tenho e as possibilidades que temos são muito grandes. O dinheiro está circulando na mão das pessoas. Estou muito otimista para 2024.”

Essa posição otimista do presidente vai ao encontro das declarações feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que prevê um crescimento mais robusto, estimando 2,5% para o mesmo período.

Haddad, em declarações anteriores, destacou a confiança no potencial econômico do Brasil e em seu papel como uma economia em crescimento.

Investimento estrangeiro no Brasil despencou 40% neste ano

O relatório do Banco Central divulgado nesta segunda (6) mostra que o investimento estrangeiro direto no setor produtivo do Brasil sofreu uma queda acentuada de 40% este ano.

De janeiro a setembro, o país registrou uma entrada de US$ 41,6 bilhões, em comparação com os US$ 68,8 bilhões do mesmo período do ano anterior.

Esse declínio representa o segundo pior desempenho em 14 anos, superando apenas o valor registrado em 2020, durante os estágios iniciais da pandemia de Covid-19.

O cenário atual revela uma redução contínua do investimento estrangeiro direto em relação ao tamanho da economia brasileira, com uma queda substancial em relação aos últimos anos.

As projeções anteriores do Banco Central e do mercado financeiro já haviam indicado uma redução no investimento estrangeiro direto para 2023, com números revisados em baixa em setembro deste ano.

O saldo do investimento direto em 2022 atingiu um recorde de US$ 87,2 bilhões, destacando a severidade do declínio recente.

Atividade econômica ficou estagnada em janeiro

A atividade econômica ficou estagnada em janeiro, na comparação com dezembro de 2022, na série com ajuste sazonal. É o que aponta o Monitor do PIB-FGV, indicador do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) divulgado nesta quarta-feira (19) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre).

Na comparação com janeiro do ano passado, o crescimento da economia foi de 4,1%. E na análise trimestral, o crescimento foi de 2,2% no trimestre móvel, findo em janeiro, em relação ao mesmo período do ano anterior.

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, explica que a estagnação verificada em janeiro resulta de uma combinação de fatores, como a retração da indústria, a estagnação do setor de serviços e o crescimento verificado apenas na agropecuária. Na sua visão, o resultado aponta a tendência para o ano.

“Esta configuração já mostra o que se deve esperar em 2023, tendo em vista que o contexto econômico é mais desafiador este ano do que se observou em 2022. Em um cenário de juros e de endividamento elevados e perspectiva de recessão global, o consumo e os investimentos tendem a perder força e dificultar o crescimento econômico. A expectativa de safra recorde na agricultura, por sua vez, mostra que o crescimento da economia no ano deve ser bastante influenciado pela agropecuária”, disse.

 

 

Cerca de 40% das negociações salariais não cobriram a inflação em 2022

Os reajustes salariais que ficaram abaixo da inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), diminuíram entre 2021 e 2022, aponta balanço anual do Salariômetro, pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). No ano passado, 40,6% dos reajustes não recompuseram as perdas salariais pela alta de preços. Já em 2021, essa proporção era de 49,7%.

Foram feitas 32.319 negociações em 2022, com valor mediano de reajuste de 10,5%. No ano anterior, foram 27.759 negociações, com valor mediano de 7,08%. O piso salarial no ano passado ficou em R$ 1.481, ante R$ 1.352 em 2021.

Os dados mostram ainda uma redução generalizada da presença e dos valores dos benefícios e complementos salariais. O adicional noturno aparece em 11.409 dos mais de 32 mil acordos assinados em 2022. O adicional de sobreaviso está em 880 e o de hora extra, pouco mais de 16 mil.

Em dezembro, o índice médio dos reajustes negociados em dezembro ficou em 6,5%. Os reajustes acima do INPC seguem predominando, com 74,6% do total. Para a prévia de janeiro, a estimativa é que 82,4% das negociações estabeleçam acordos acima da inflação. O piso médio no mês ficou em R$ 1.524.

Metodologia

O acompanhamento das negociações coletivas é feito por meio de acordos e convenções registrados no Mediador do Ministério da Economia.

A Fipe coleta os dados e informações disponíveis no sistema, tabula e organiza os valores observados para 40 resultados da negociação coletiva, reunidos em acordos e convenções e também por atividade econômica e setores econômicos.

Balança comercial tem superávit de US$ 61,8 bilhões em 2022

O valor total exportado pelo Brasil em 2022 cresceu 19,1% e o valor importado foi 24,3% maior do que o registrado em 2021. Assim, o superávit na balança comercial do país fechou o ano em US$ 61,8 bilhões, um pouco superior aos US$ 61,4 bilhões de 2021.

Os dados foram divulgados hoje (16), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV/Ibre), no Indicador de Comércio Externo (Icomex).

Segundo a instituição, o saldo em novembro e em dezembro surpreendeu com a melhora das vendas para a China, com destaque para a agropecuária. O superávit do setor extrativo caiu e o déficit da indústria de transformação aumentou.

“As restrições da oferta agrícola associadas à guerra na Ucrânia e questões climáticas elevaram os preços agrícolas, pois o aumento no volume exportado foi 2,6% menor do que o da indústria de transformação. Na extrativa, preços e volume das exportações recuaram com o desempenho do minério de ferro desfavorável. O déficit na indústria de transformação é recorrente na balança comercial do Brasil desde 2009”, informou a FGV/Ibre.

Cenário mundial

Para este ano, o instituto projeta um menor crescimento da economia mundial, com taxa de expansão do Brasil abaixo de 1% e redução tanto nas exportações como nas importações.

No cenário internacional, o crescimento mundial pode ser afetado positivamente pelo relaxamento da política de covid zero na China, que projeta crescimento de 5% em 2023. Na União Europeia, a crise energética pode levar a um menor crescimento.

“O preço do petróleo irá continuar sendo afetado pelas questões geopolíticas e a recuperação das exportações da extrativa depende também da recuperação das vendas de minério de ferro para a China. No caso das manufaturas, a crise da Argentina não favorece o aumento das exportações de maior valor adicionado do setor automotivo. Numa primeira leitura, o saldo comercial de 2023 deverá ser menor que o de 2022”, destacou a FGV/Ibre.

Resultados

A principal contribuição para o aumento nos valores do comércio exterior foi a variação dos preços, com aumento de 13,7% para as exportações e de 21% nas importações na comparação de 2022 em relação a 2021. Em volume, a exportação cresceu 4,4% e a importação subiu 2,7%.

A participação das commodities (mercadorias) exportadas permaneceu a mesma com 68% do valor total e aumento de 13,9% dos preços e de 4,4% do volume. As não commodities variaram 13,5% em valores e 4,7% no volume.

O índice de preços ficou em 130,2, queda de 6,7% em relação a 2011. Já o índice do volume exportado das commodities alcançou o pico em 2022, com aumento de 2,4% em relação ao maior nível anterior registrado em 2020: 180,2.

Nas importações, as commodities passaram de 8,5% para 11,7% na participação do valor, com o crescimento dos preços de 47,9% entre 2021 e 2022. Em volume, a variação foi de 15,3%. Para as não commodities, as variações foram de 18,3% nos preços e 1,4% no volume.

Segundo o instituto, o aumento de preços das importações de commodities foi o maior registrado na série histórica, iniciada em 2008.

“A guerra na Ucrânia, os efeitos climáticos nas lavouras e os gargalos herdados e ainda não totalmente superados da covid 19 explicam o aumento nos preços das importações, o que impactou na inflação mundial e do Brasil”, explicou a FGV/Ibre.

Setores

Na avaliação da fundação, o valor adicionado da agropecuária deve diminuir no ano, afetando o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB – a soma de todos os produtos e serviços finais produzidos no país). Mas, segundo o instituto, o setor contribuiu positivamente para a balança comercial, com o saldo do setor passando de US$ 46,5 bilhões para US$ 65,8 bilhões entre 2021 e 2022.

Na indústria extrativa, houve queda do superávit, que passou de US$ 63 bilhões em 2021 para US$ 45,5 bilhões em 2022. O setor foi o responsável por 22,8% das exportações do país. A indústria de transformação ampliou o déficit de US$ 45,3 bilhões para US$ 48,5 bilhões, respondendo por 55,7% das exportações brasileiras. A agropecuária correspondeu a 21,3%.

Por setor, a agropecuária teve variação de 34% nos preços e o volume cresceu 2,6%. Na indústria de transformação, os preços subiram 15,7% e o volume, 8%. Na indústria extrativa, a queda registrada foi de 3,6% no preço e de 0,4% no volume.

A soja permanece como o principal produto exportado, seguido do petróleo bruto e o minério de ferro, apesar das vendas terem recuado em 35,3% com queda no preço e no volume.

Importação

No ano, a indústria de transformação foi responsável por 86% das importações brasileiras, seguida da extrativa (11,3%) e da agropecuária (2%). A extrativa teve alta de 79,6% em relação a 2021, com o aumento nos preços de 75,1% e de 3,8% no volume.

O FGV/Ibre aponta que o resultado se deve à compra de óleos brutos de petróleo, que tiveram aumento de 148,2% no valor, devido ao aumento nos preços de 47,5%.

A importação de bens de capital na agropecuária subiu 54,2% em volume, indicando que o setor espera um melhor resultado para 2023 na safra. Já na indústria de transformação, o volume de bens intermediários importados desacelerou diante de uma expectativa de menor crescimento da demanda.

Mercados

Com relação a mercados com os quais o Brasil mantém relações comerciais, o superávit com a China teve queda de US$ 11,3 bilhões na comparação com o ano anterior. O déficit com os Estados Unidos aumentou em US$ 5,7 bilhões. Com isso, esses dois países contribuíram para uma queda de US$ 17 bilhões no saldo comercial de um ano passa o outro.

Houve aumento de volume exportado para todos os mercados, exceto a China, que anotou queda de 2,8%, afetada pela diminuição no minério de ferro. Já a carne bovina teve aumento de 81% nas exportações para a China.

Com relação à Argentina, o agravamento da crise no país e as restrições cambiais levaram a uma redução de 22,1%. Já para a União Europeia, houve crescimento das exportações de 15,8% na comparação anual.

Pelo volume importado, a China teve alta de 12,6% e União Europeia subiu 3,8%. Quanto a preços de importações, os Estados Unidos subiram 33,1%, União Europeia, 19,6%, Argentina, 16,9% e China teve alta de 13,6%.

Volume de serviços fica estável em novembro

O volume de serviços no Brasil não apresentou variação na passagem de outubro para novembro de 2022. Segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), o setor está 10,7% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 0,5% abaixo do nível recorde, registrado em setembro de 2022.

Na comparação com novembro de 2021, o setor apresentou crescimento de 6,3%. Também houve altas nos acumulados do ano (8,5%) e de 12 meses (8,7%).

Na passagem deoutubro para novembro, três das cinco atividades investigadas tiveram queda: informação e comunicação (-0,7%), outros serviços (-2,2%) e serviços prestados às famílias (-0,8%).

Por outro lado, os transportes cresceram 0,3%, enquanto os serviços profissionais, administrativos e complementares, 0,2%.

A receita nominal teve queda de 0,2% na comparação com outubro e altas de 12% em relação a novembro de 2021 e 16% nos acumulados do ano e de 12 meses.

Dólar sobe para R$ 5,45 e fecha no maior valor desde julho

Em mais um dia de nervosismo no mercado financeiro, o dólar subiu para o maior valor em quase seis meses e superou a barreira de R$ 5,40. A bolsa de valores caiu mais de 2% e chegou ao menor nível em pouco mais de duas semanas.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (3) vendido a R$ 5,452, com alta de R$ 0,092 (+1,72%). A cotação ficou abaixo dos R$ 5,40 durante toda a manhã, mas acelerou durante a tarde, principalmente após declarações do novo ministro da Previdência, Carlos Lupi, de que pretende rever a reforma do regime de aposentadorias de 2019.

A moeda norte-americana está no maior valor desde 22 de julho, quando tinha fechado a R$ 5,49. Desde 23 de dezembro, quando estava em R$ 5,16, a divisa subiu 5,54%.

No mercado de ações, o dia também foi marcado pela instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 104.166 pontos, com queda de 2,08%. O indicador alcançou o menor nível desde 16 de dezembro.

O mercado está no aguardo de medidas do novo governo sobre a política econômica, o que fortalece a incerteza entre os investidores. A situação foi agravada pelo mercado internacional. Hoje, o dólar subiu perante as principais moedas internacionais em meio à espera da divulgação da ata da reunião mais recente do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano).

Brandão comemora crescimento econômico do Maranhão

Por meio de suas redes sociais, o governador Carlos Brandão (PSB) comemorou o registro de números positivos que o rumo da economia maranhense está tomando.

Dados do IBGE confirmam que o volume de vendas do varejo no Maranhão cresceu 6,3 em outro deste ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado.

“A nossa economia segue registrando números positivos. Segundo o IBGE, o volume de vendas do varejo no Maranhão cresceu 6,3% em outubro deste ano, no comparativo com o mesmo período do ano passado. Com isso, o volume de vendas atingiu o maior patamar em 23 meses”, publicou Carlos Brandão.

Entre setembro e outubro deste ano, o varejo maranhense cresceu 1,1%, acima do índice nacional, que ficou em 0,4%. Reafirmando que ações conjuntas do Governo do Maranhão com diversos parceiros para gerar emprego e renda estão no caminho certo.

Fraga, Malan e Bacha enviam carta a Lula com alerta para risco fiscal: ‘Não é uma conspiração para desmontar a área social’

Os economistas Arminio Fraga, ex-presidente do Banco Central, Edmar Bacha, ex-presidente do BNDES, e Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda, publicaram nesta quinta-feira (17) carta aberta a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em que criticam as declarações recentes do presidente eleito sobre responsabilidade fiscal e suas críticas à atuação do mercado financeiro. O texto foi publicado pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

O trio declarou voto em Lula nas eleições e diz que compartilha das “preocupações sociais e civilizatórias” do petista. Mas os economistas ressaltam que as maneiras para cobrir o colchão social do país devem ser observadas para não criarem “problemas maiores” ao povo brasileiro.

“Acredite que compartilhamos de suas preocupações sociais e civilizatórias, a sua razão de viver. Não dá para conviver com tanta pobreza, desigualdade e fome aqui no Brasil. O desafio é tomar providências que não criem problemas maiores do que os que queremos resolver”, diz o texto.

Lula deu nova declaração criticando o mercado financeiro em discurso na COP27, que acontece no Egito. O petista desdenhou da reação do mercado ao texto da PEC da Transição, que prevê quase R$ 200 bilhões fora do teto de gastos para financiar a ampliação do Auxílio Brasil para R$ 600 e outras promessas de governo.

“Se eu falar isso vai cair a bolsa, vai aumentar o dólar. Paciência. Porque o dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas é por conta dos especuladores que vivem especulando todo santo dia”, declarou Lula.