Lula reitera que não disputará reeleição se vencer

Candidato do PT e mais votado no 1º turno, Lula reforçou em suas redes sociais que não buscará a reeleição em 2026 caso seja eleito no próximo domingo (30). A fala ocorre a quatro dias do 2º turno contra o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL).

“Eu se eleito serei um presidente de um mandato só. Os líderes se fazem trabalhando, no seu compromisso com a população”, escreveu o petista, em seu Twitter.

A fala não é uma novidade. Desde o início da campanha, em agosto, Lula tem dito que seu desafio será maior do que em 2002 porque não pretende buscar um segundo mandato – que, se ocorresse, seria o seu quarto como presidente, junto das vitórias de 2002 e 2006.

No entanto, apesar de não ser novo, o gesto é, mais uma vez, um recado para aliados próximos e seus eleitores, como o candidato a vice-presidente na chapa, Geraldo Alckmin (PSB), e sua mais nova aliada, Simone Tebet (MDB), terceira colocada na eleição presidencial.

A sinalização de Lula abre espaço para o debate de um eventual sucessor fora do campo petista em 2026.

Prisão de Jefferson: Para PF, interferência de Bolsonaro prejudica a investigação

A interferência de Jair Bolsonaro (PL) na prisão de Roberto Jefferson (PTB) por descumprir ordens judiciais é um “circo” que prejudica as investigações e “desmoralizou a PF”, segundo fontes da corporação ouvidas.

Aliado próximo de Bolsonaro, Jefferson reagiu com tiros de fuzil e granada contra os agentes da PF que foram detê-lo por ter descumprido as regras para permanecer em prisão domiciliar —benefício que conseguiu em janeiro, 6 meses após ser levado à cadeia por suspeita de integrar uma organização criminosa que atenta contra o Estado Democrático de Direito.

O presidente Jair Bolsonaro determinou que o ministro da Justiça, Anderson Torres, fosse ao interior do Rio de Janeiro acompanhar o caso —o que provocou uma revolta da PF, que viu na ação apenas uma operação para blindar o presidente de eventuais desgastes pela crise.

“Ele [o ministro da Justiça] vem aumentar o circo para o Bolsonaro. Ele dá legitimidade ao ato [de Roberto Jefferson] ao comparecer”, diz a fonte. “Quem atira contra a polícia tem que ser retirado por profissionais que treinam para isso.”

Para investigadores da Polícia Federal, Torres recuou por temer ser alvo de alguma medida do ministro do STF Alexandre de Moraes, autor da ordem de prisão contra o ex-deputado do PTB.

Acompanhado do diretor-geral da Polícia Federal, Márcio Nunes, Torres foi até a delegacia da Polícia Federal em Juiz de Fora (MG), que fica a 50 km de Comendador Levy Gasparian, onde Jefferson estava. De lá, gravou um vídeo em que disse ter sido surpreendido “com grave episódio do cumprimento de um mandado judicial por parte de policiais federais, que foram recebidos a tiros e, por incrível que pareça, até com uma granada. Esse episódio motivou a nossa vinda até a delegacia de Juiz de Fora da Polícia Federal para acompanhar os trabalhos e o desdobramento desses fatos”.

Roberto Rocha sai em defesa de Roberto Jeferson e diz que não vai se calar diante de decisão de ministro

O senador Roberto Rocha saiu em defesa do ex-presidente do seu partido, Roberto Jefferson do PTB, que atacou a tiros policiais federais após cumprimento de um mandado de prisão expedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, no último domingo (23), contra o petebista.

Para o senador, o fato só chegou ao extremo após parcialidade do ministro em relação ao caso.

“Deploro as palavras do Roberto Jefferson contra a ministra Carmem Lúcia e sua reação armada contra a PF. De igual modo é deplorável, num inquérito inconstitucional, um juiz sozinho investigar, denunciar, julgar, condenar e prender. Cadê o Ministério Público Federal? E o Senado?”, disse.

Rocha também afirmou que não irá se calar sobre o que ele considerou como “parcialidade” do magistrado.

“Até mesmo os policiais baleados podem discordar da decisão judicial, mas não cabe a eles discutir. Nem a ninguém. Decisão judicial não se discute. Cumpre-se. Quem quiser recorrer, esse é um ponto. O outro é a total parcialidade nas decisões judiciais. Ambos são deploráveis e não me calo sobre nenhum”, enfatizou.

Ainda no final da noite de ontem, Roberto Jefferson se entregou à polícia após a ida do ministro da Justiça até a sua residência.

Moraes ordena retirada de post de Latino com fake news sobre Lula

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou às redes sociais YouTube e Twitter que retirem do ar uma publicação feita pelo cantor Latino com fake news sobre o ex-presidente Lula (PT).

Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), o cantor publicou uma mensagem insinuando que, se Lula for eleito, meninas e meninos passarão a frequentar o mesmo banheiro nas escolas. A campanha de Lula, então, acionou o TSE e pediu que o conteúdo fosse retirado do ar.

Ao analisar o pedido, Alexandre de Moraes entendeu que a publicação busca “desinformar a população acerca de temas sensíveis”.

“A Constituição Federal não autoriza, portanto, a partir de mentiras, ofensas e de ideias contrárias à ordem constitucional, à Democracia e ao Estado de Direito, que os pré-candidatos, candidatos e seus apoiadores propaguem inverdades que atentem contra a lisura, a normalidade e a legitimidade das eleições”, escreveu Moraes.

Simplício Araújo era o quarto candidato bolsonarista no Maranhão

Derrotado pelo governador Carlos Brandão (PSB) durante as eleições para o Governo do Maranhão, Simplício Araújo que disputou as eleições pelo Solidariedade, afirmou por meio de suas redes sociais que irá votar no 2° turno, no atual presidente Jair Bolsonaro (PL).

Para Simplício, o país vai “de vento e popa” e novos caminhos devem se abrir.

“O país passa por um bom momento, não tenho medo e lutarei contra quem quiser tirar direitos do povo brasileiro. Existe muita politização desde a pandemia, eu sei muito bem disso. O brasileiro nunca foi e nunca será covarde e medroso, as próximas gerações precisam ter orgulho do que faremos dia 30, o suor do povo brasileiro, que está construindo esse país não pode se render ao terrorismo e ao passado. Não precisamos de mágicas, precisamos viver e enfrentar a realidade, novos caminhos haverão de ser abrir”, disse.

TSE aprova resolução que combate Fake News na reta final do segundo turno das eleições

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou nesta quinta-feira (20), por unanimidade, uma resolução que dispõe sobre o enfrentamento à desinformação que compromete a integridade do processo eleitoral.

Na prática, a Corte agora tem mais poderes para atuar no combate às fake news na reta final do segundo turno da campanha eleitoral para a Presidência da República.

A norma estabelece que, após decisão colegiada que determine a retirada de conteúdo desinformativo, a própria Presidência do TSE poderá determinar a extensão de tal decisão a conteúdos idênticos republicados. Ou seja, conteúdos irregulares replicados em outros canais (URL) que não sejam aqueles apontados na decisão inicial poderão ser retirados sem a necessidade de haver uma nova ação que questione esses novos canais.

“Verificando que aquele conteúdo foi repetido, não haverá necessidade de uma nova representação ou decisão judicial, haverá extensão e imediata retirada dessas notícias fraudulentas”, disse o presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, ao explicar que a medida visa reduzir o tempo que informações inverídicas permanecerão no ar. “Uma vez verificado pelo TSE que aquele conteúdo é difamatório, é injurioso, é discurso de ódio ou notícia fraudulenta, não pode ser perpetuado na rede”, enfatizou.

Bolsonaro reduz orçamento para crianças e adolescentes e transforma infância em pauta de ordem moral

Mais de uma vez, o presidente Jair Bolsonaro repetiu que encontrou no Distrito Federal jovens venezuelanas que supostamente estariam se prostituindo nas ruas da capital.

Já a recém-eleita senadora Damares Alves insiste, sem apresentar qualquer prova, no relato de que garotas estariam sendo submetidas a tráfico humano na ilha do Marajó.

Embora os discursos do governo Bolsonaro se sustentem na defesa moral das crianças e adolescentes, o orçamento para as pautas de proteção infantil foi drasticamente reduzido nos últimos anos.

Em 2020, quando houve uma explosão dos casos de violência infantil e abuso sexual contra crianças e adolescentes, a pasta de Damares não executou nem metade do orçamento de R$ 900 milhões, aponta Fabiana Moraes, professora da Universidade Federal de Pernambuco e colunista do Intercept Brasil.

“É a lógica de manter a questão dentro de um discurso moral, não social ou de classe”, diz. “Isso coloca o problema para uma outra ordem e não relaciona por exemplo esses índices de violência ao próprio governo Bolsonaro.”

Bolsonaristas acreditam que podem diminuir diferença de votos no Maranhão

Apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) acreditam que podem diminuir a porcentagem da diferença da votos do candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, nas eleições presidenciais de 2022, no Maranhão.

Embora haja o otimismo, os bolsonaristas não acreditam que possam reverter o cenário, mas acreditam que será um pouco menos do que os 68% que Lula recebeu no primeiro turno.

Em contra partida, os apoiadores do petista estão focados em aumentar esse número para 70%, dos votos válidos, um resultado menor do que os 80% pretendidos.

Moraes pede ao Ministério da Defesa que entregue documentos de eventual auditoria nas urnas

O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), pediu ao Ministério da Defesa que apresente cópia de documentos sobre eventual auditoria feita nas urnas eletrônicas no primeiro turno das eleições deste ano.

Alexandre de Moraes tomou a decisão ao analisar um pedido apresentado pelo partido Rede. A legenda argumentou que o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, defendeu em uma “live” que fosse feita auditoria nas urnas e que não fosse pela própria Justiça Eleitoral.

Pela decisão de Moraes:

O prazo para que o ministério apresente os documentos é de 48 horas;

O ministério deverá informar qual foi a fonte dos recursos gastos com a auditoria;

O presidente Jair Bolsonaro (PL) terá 5 dias para apresentar defesa.

“[Determino] ao Ministério da Defesa que, no prazo de 48 (quarenta e oito horas) preste as devidas informações, mediante a apresentação de cópia dos documentos existentes sobre eventual auditoria das urnas, com a correspondente fonte do recurso empregado”, escreveu Moraes na decisão.