Acordo entre Lira, Pacheco e Barroso pode levar à regulamentação das emendas parlamentares

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; do Senado, Rodrigo Pacheco; e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, chegaram a um acordo sobre o Projeto de Lei Complementar que irá regulamentar as emendas parlamentares. Em nota divulgada após uma reunião realizada no STF, os líderes afirmaram que Executivo e Legislativo estão finalizando o projeto. A expectativa é que a proposta seja votada nas duas casas na próxima semana.

Na nota, os presidentes informaram que, uma vez aprovada tanto na Câmara quanto no Senado, o relator do tema no STF, ministro Flávio Dino, será responsável por avaliar a continuidade da execução das emendas parlamentares, submetendo a decisão ao Plenário da Corte. Dino, juntamente com o ministro Jorge Messias, da Advocacia Geral da União (AGU), também participou da reunião que selou o acordo.

Importante destacar que, em agosto, Flávio Dino havia suspendido a execução das emendas impositivas apresentadas por deputados e senadores ao Orçamento da União. Essas emendas obrigam o governo a executar os recursos, e a decisão do ministro visava assegurar que os congressistas definissem parâmetros que garantam maior transparência na liberação desses valores.

Pacheco defende mandato com limites para ministros do STF

O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reforçou seu apoio à ideia de estabelecer mandatos limitados para ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) em declarações nesta segunda (2).

De acordo com o parlamentar, é essencial para o Poder Judiciário e para a sociedade que haja uma limitação no tempo de permanência dos ministros do STF em seus cargos. Atualmente, os ministros podem ocupar o posto até atingirem a idade de 75 anos, quando se aposentam compulsoriamente. No entanto, o senador mineiro argumenta que a discussão sobre mandatos com prazos definidos deve ser iniciada no Senado após a próxima nomeação para o STF.

A ideia de limitar os mandatos dos ministros do STF tem gerado debates acalorados em todo o país. Defensores da proposta argumentam que isso traria maior dinamismo à Corte e permitiria a renovação de seus membros, enquanto críticos afirmam que poderia politizar ainda mais o processo de nomeação e afetar a independência do Judiciário.

Pacheco sugeriu que a discussão no Senado inclua não apenas a definição de um limite de mandato, mas também a estipulação de uma idade mínima para ingresso no STF. Ele enfatizou a importância de encontrar um equilíbrio que garanta estabilidade jurídica para a formação da jurisprudência do país.

Atualmente, a idade mínima para se tornar ministro do STF é de 35 anos. A próxima vaga na Corte será preenchida pelo indicado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que sucederá a ex-ministra Rosa Weber.

Vários nomes estão sendo cogitados para a nomeação, incluindo o ministro da Justiça, Flavio Dino, o advogado-geral da União, Jorge Messias, e o presidente do Tribunal de Constas da União, ministro Bruno Dantas.

Luís Roberto Barroso assume presidência do STF nesta semana

O ministro Luís Roberto Barroso está prestes a assumir a presidência do Supremo Tribunal Federal (STF) em uma cerimônia que ocorrerá nesta quinta (28).

Ele sucederá a ministra Rosa Weber, que está prestes a se aposentar compulsoriamente no dia 2 de outubro. Além disso, o ministro Edson Fachin assumirá o cargo de vice-presidente do tribunal.

Até o momento, o presidente Lula (PT) ainda não anunciou o nome do ministro que irá substituir a ministra Rosa Weber. Após essa indicação, será necessário passar por um processo de sabatina no Senado Federal.

Luís Roberto Barroso, com 65 anos de idade, chegou ao Supremo Tribunal Federal após ter sido indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff.

Pedido de impeachment contra ministro Barroso é apresentado por senadores

Senadores apresentaram um pedido de impeachment contra o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF).

A motivação para o requerimento foi a declaração do magistrado no Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE), na última quarta-feira, 12, em que ele afirmou ter enfrentado e derrotado o “bolsonarismo”.

O senador Jorge Seif (PL-SC), durante uma coletiva de imprensa, informou que o pedido de impeachment foi assinado por 13 senadores e entre 70 a 80 deputados federais. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) também está entre os parlamentares que apoiam a medida contra o ministro do STF.

Jorge Seif ressaltou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), reconheceu a gravidade da declaração de Barroso e espera que o pedido seja levado adiante.

Em relação à fala de Barroso, Pacheco classificou-a como “infeliz” e pediu o fim dos ataques. Ele afirmou: “As manifestações de desaprovação por parte do presidente Rodrigo Pacheco nos deixam certos de que o presidente desta casa também reconheceu a gravidade das declarações e os possíveis crimes de responsabilidade contidos nelas”.

 

 

STF ainda não revogou suspensão do piso salarial da enfermagem

O Supremo Tribunal Federal (STF) ainda não revogou a suspensão da Lei 14.434 que assegurou o piso salarial da Enfermagem.

A lei foi suspensa em decisão liminar concedida pelo ministro Luís Roberto Barroso – e confirmada posteriormente pelo Pleno do Tribunal, após a Corte entender que não havia garantias de recursos para o pagamento do piso em todo o país.

Ocorre que o Congresso Nacional promulgou na semana passada, após intensas discussões, uma emenda constitucional que prevê fontes para o pagamento do piso salarial de enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e parteiras.

O texto estabelece que os superávit das fontes de recursos de fundos públicos poderão ser utilizados para bancar o piso entre 2023 e 2027. O custo anual dos pisos de categorias está estimado em R$ 18 bilhões.

Pelo texto, recursos vinculados ao Fundo Social (FS) também poderão ser destinados aos estados, municípios, entidades filantrópicas e prestadores de serviços – que atendam, no mínimo, 60% dos seus pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) – para pagar o contracheque dos profissionais.

 

Barroso engrossa o tom e cobra providências do governo sobre desaparecimento de indígena e britânico

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal adote todas as providências necessárias para localizar o indigenista Bruno da Cunha Araújo Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), e o jornalista britânico Dom Phillips, colaborador do jornal The Guardian, desaparecidos desde o dia 5 de junho.

A decisão foi tomada após pedido apresentado pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), autora de uma ação de relatoria do ministro que trata sobre proteção de terras indígenas.

Barroso determinou ainda a apresentação, em até cinco dias, de um relatório sigiloso contendo todas as providências adotadas e informações obtidas sobre o desaparecimento.

A intimação será feita em nome do ministro da Justiça, do diretor da PF e do presidente da Funai, sob pena de multa de R$ 100 mil.

Barroso afirma que Forças Armadas são orientadas a atacar o processo eleitoral brasileiro

Durante participação por vídeo conferência no seminário promovido pela Universidade Hertie School, de Berlim, na Alemanha, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (24) que as Forças Armadas “estão sendo orientadas para atacar o processo eleitoral brasileiro e tentar desacreditá-lo”.

Barroso não citou quem está orientando as Forças Armadas contra o processo eleitoral. Entretanto, ele apontou que desde a redemocratização do país, “se teve uma instituição de onde não veio notícia ruim e que teve um comportamento exemplar, foram as Forças Armadas”.

De acordo com o ministro, os “ataques” ao processo eleitoral são totalmente infundados e fraudulentos.