Yglésio aponta uso de fake news para desviar foco do chamado “escândalo dos áudios”

Durante a sessão desta quarta-feira (5), o deputado estadual Dr. Yglésio (PRTB) afirmou que a crise na segurança pública de São Luís estaria sendo impulsionada por meio da divulgação de fake news, com o objetivo de desviar a atenção da população e da imprensa do chamado “escândalo dos áudios”.

O caso, segundo o parlamentar, envolve supostos acordos políticos entre os deputados federais Márcio Jerry e Rubens Júnior, relacionados às eleições em Colinas e Barreirinhas, episódio que também mencionou o nome do ministro do Supremo Tribunal Federal, Flávio Dino.

“Estavam sendo cometidos crimes aqui no Maranhão pressões, tráfico de influência, tudo e logo quando isso estourou, começou áudio fake de Bonde dos 40”, declarou Yglésio, sugerindo uma coincidência entre a repercussão dos áudios e o aumento das notícias sobre crimes na capital.

O deputado afirmou ainda que “estranhamente, logo depois da divulgação dos áudios, todo dia temos aqui em São Luís um problema, um assassinato, um assalto”, insinuando que setores da oposição estariam manipulando informações para desestabilizar o governo.

Editorial do Estadão critica declaração de Lula e acusa esquerda de “romantizar o crime”

O jornal O Estado de S. Paulo publicou, neste domingo (2), um editorial intitulado “A sociologia de Lula romantiza o crime”, no qual critica a declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de que “traficantes são vítimas dos usuários”.

Segundo o texto, o comentário não foi um ato falho, mas expressão de uma visão ideológica que busca absolver o criminoso e culpar a sociedade pelas causas da violência.

O jornal afirma que, ao longo da história, pensadores de esquerda teriam usado a ideia de “violência estrutural” para relativizar a responsabilidade individual e transformar o crime em produto das desigualdades sociais.

O editorial sustenta que essa visão progressista teria produzido uma “inversão moral”, na qual o criminoso é visto como símbolo de resistência e o cidadão cumpridor da lei como opressor.

O Estadão também critica o que chama de “vitimologia ideológica”, que, segundo o texto, serve para justificar políticas de indulgência penal e enfraquecimento da autoridade do Estado.

O jornal conclui que a tentativa de “humanizar o crime” teria resultado na desumanização da sociedade, especialmente entre os mais pobres, que seriam as principais vítimas da violência cotidiana.

Impasse no TCE-MA vira pauta nacional e expõe silêncio do STF sob relatoria de Flávio Dino

O impasse que há quase dois anos paralisa o Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA) começou a repercutir fora do estado e agora chama atenção da imprensa nacional.

A revista Veja publicou uma reportagem intitulada “Duas cadeiras vazias e o silêncio do Supremo sobre o Maranhão”, destacando que o tribunal segue funcionando com dois conselheiros a menos, em razão de liminares concedidas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e ex-governador maranhense Flávio Dino.

O caso envolve as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7603 e 7605, que questionam o rito de escolha dos conselheiros adotado pela Assembleia Legislativa do Maranhão.

Enquanto tribunais de contas de outros estados já tiveram casos semelhantes resolvidos pelo STF, o maranhense permanece travado, comprometendo o funcionamento da corte responsável por fiscalizar o uso do dinheiro público.

Em fevereiro, Dino concedeu nova liminar que suspendeu outra indicação desta vez de livre escolha do governador. A indefinição ocorre mesmo após pareceres da AGU e da PGR atestarem que as irregularidades no processo de escolha já foram superadas.

O impasse voltou aos holofotes após o vazamento de um áudio atribuído ao deputado federal Rubens Júnior (PT), aliado de Dino, no qual ele menciona o nome do ministro ao propor um acordo político envolvendo a liberação dos processos do TCE-MA no Supremo.

Eduardo Bolsonaro defende aplicação da Lei Magnitsky a Flávio Dino

O deputado federal Eduardo Bolsonaro afirmou estar atuando pela aplicação da Lei Magnitsky mecanismo de sanções dos Estados Unidos contra agentes públicos acusados de corrupção ou violações de direitos humanos a um delegado da Polícia Federal e a quatro ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo ele, o alvo principal seria o delegado Fábio Schor, responsável por inquéritos envolvendo Jair Bolsonaro e outros condenados por tentativa de golpe de Estado, além dos ministros Cristiano Zanin, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Gilmar Mendes.

Em entrevista ao portal Metrópoles, Eduardo Bolsonaro declarou que, em sua “humilde opinião”, há “várias outras pessoas” que deveriam ser sancionadas, inclusive com restrições de visto e bloqueio de bens.

O parlamentar, que atualmente vive no exterior, afirmou ainda que considera os magistrados citados como apoiadores do ministro Alexandre de Moraes que já foi alvo de sanção semelhante imposta pelo governo de Donald Trump. O STF e a Polícia Federal não se manifestaram sobre as declarações.

TCU e STF confirmam legalidade do uso dos precatórios do Fundef e desmentem acusações contra a família Brandão

O Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que não houve qualquer desvio de recursos dos precatórios do Fundef pelo Governo do Maranhão e determinou o arquivamento da representação apresentada pelo Ministério Público junto ao órgão.

A decisão reforça o entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), que já havia homologado, em 2024, acordo autorizando o uso de 40% dos juros moratórios em despesas públicas gerais e 60% destinados aos profissionais do magistério.

O relatório técnico do TCU confirmou a aplicação legal dos valores e afastou as acusações de uso indevido das verbas da educação e de suposta ligação entre a empresa Vigas Engenharia e familiares do governador Carlos Brandão.

De acordo com o TCU, os recursos aplicados pelo Estado incluindo R$ 13,2 milhões destinados à Vigas Engenharia são provenientes da parcela dos juros moratórios e, portanto, não vinculados exclusivamente à Educação.

O órgão também destacou que a fiscalização das licitações cabe ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-MA) e ao Ministério Público Estadual.

As conclusões desmontam denúncias e narrativas políticas que tentavam associar o governo maranhense a irregularidades inexistentes.

Tanto o TCU quanto o STF reafirmaram a legalidade da gestão dos recursos, encerrando mais um capítulo de acusações infundadas contra a família Brandão.

Nervoso, Márcio Jerry nega conhecer servidores do PCdoB que fraudaram documentos na Sinfra

O deputado federal Márcio Jerry (PCdoB-MA) negou, nesta quinta-feira (23), qualquer relação com os três servidores da Secretaria de Estado da Infraestrutura (Sinfra) do Maranhão acusados de envolvimento em uma suposta tentativa de incriminar o presidente estadual do MDB, Marcus Brandão.

Segundo o parlamentar, ele não conhece os investigados nem mantém proximidade com nenhum deles. “Não tem relação nenhuma efetiva de militância, de ocupar alguma função no partido. E eu, olhando para os nomes, nem reconheço os três servidores”, afirmou.

Márcio Jerry, que também é presidente estadual do PCdoB, declarou que a eventual participação de algum dos servidores em um bloco carnavalesco organizado por militantes da legenda, o “Os Comunas”, não caracteriza vínculo partidário.

O caso segue sendo investigado e tem gerado repercussão política no estado, especialmente por envolver nomes ligados a partidos da base do governo.

Brasil começa a questionar o absurdo caso dos respiradores que envolve o nome de Flávio Dino

Um podcast chamou atenção ao comentar o caso envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino.

Durante o programa, os apresentadores relembraram que, quando era governador do Maranhão, Dino foi investigado por suposto desvio de dinheiro destinado à compra de respiradores durante a pandemia da Covid-19.

A repercussão aumentou quando o podcast destacou que, após assumir o cargo de ministro do STF, o próprio Flávio Dino teria recebido o processo e decidido pela própria absolvição.

Deputados defendem Brandão e acusam grupo dinista de perseguição política em meio à “Crise dos Áudios”

Deputados aliados ao governador Carlos Brandão (PSB) se uniram, nesta quarta-feira (22), na Assembleia Legislativa do Maranhão, para defender o chefe do Executivo e repudiar o que chamaram de “investidas políticas e jurídicas” orquestradas por antigos aliados do grupo dinista.

Segundo os parlamentares, o governador tem sido alvo de uma campanha sistemática para fragilizar sua gestão, em meio à repercussão da chamada “Crise dos Áudios”.

A base governista destacou avanços em áreas como assistência social, educação e combate à fome, e afirmou que as críticas da oposição “não se sustentam diante dos resultados concretos”.

Entre as manifestações, o deputado Florêncio Neto (PSB) exaltou programas como Maranhão Livre da Fome e Tô Conectado, enquanto Davi Brandão (PSB) disse que “as narrativas falsas caem por terra quando o povo vê os resultados”.

Já Mical Damasceno (PSD) e Daniella (PSB) denunciaram “tramas e perseguições políticas” contra o governo, e Ana do Gás (PCdoB) apontou o caráter político das ações judiciais contra aliados, citando o caso de Cricielle Muniz (PT).

O deputado Catulé Júnior (PP) elogiou a postura conciliadora da presidente da Assembleia, Iracema Vale (PSB), e pediu serenidade. Na oposição, nomes como Fernando Braide (PSD) e Leandro Bello (Podemos) manifestaram apenas solidariedade ao deputado federal Rubens Pereira Júnior (PT), evitando se aprofundar nas denúncias que motivaram a crise.

Silêncio de Flávio Dino diante de escândalo expõe contradição em sua imagem de moralista

Para manter a imagem de arauto da moralidade, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, precisa ir além do silêncio e agir diante do grave escândalo revelado pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB).

Em áudios e prints apresentados na Assembleia Legislativa, o parlamentar revelou uma suposta tentativa de chantagem contra o governador Carlos Brandão (sem partido), envolvendo nomes de peso da política maranhense.

Em um dos áudios, o deputado federal Rubens Júnior (PT) assegura falar em nome de Dino e sugere que, caso Brandão cumprisse um acordo político firmado em 2020, relacionado à eleição em Colinas, um processo do Tribunal de Contas do Estado seria liberado, tramitando inclusive no STF.

A assessoria de Dino limitou-se a uma resposta protocolar, afirmando que o ministro “virou a chave” e não trata mais de política. No entanto, o silêncio diante de acusações tão sérias apenas alimenta dúvidas e desgasta sua credibilidade.

Se alguém utiliza o nome de um ministro do Supremo para negociatas políticas, é esperado que ele reaja com firmeza, não com omissão. Ao não se manifestar de forma contundente, Dino corre o risco de transformar o velho ditado em realidade: “quem cala, consente”.

Dino diz que não fala mais de política, mas áudio mostra Rubens Júnior relatando conversa sobre acordos e o TCE-MA

Durante discurso na Câmara Federal, nesta terça-feira (21), o deputado Rubens Júnior (PT) afirmou que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, recusou-se a tratar de política durante uma reunião sobre a crise envolvendo a escolha de conselheiros do Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA).

Segundo o parlamentar, o encontro teria sido apenas para pedir “conselhos pessoais”, e Dino teria dito que “não está mais na política” desde que assumiu o cargo no STF, reforçando que processos judiciais devem ser tratados “nos autos, nunca numa mesa política”.

Entretanto, áudios divulgados pelo deputado estadual Yglésio Moyses (PRTB) e gravados pelo empresário Marcus Brandão, irmão do governador Carlos Brandão, desmentem a versão de Rubens Júnior.

Nas gravações, cuja autenticidade foi confirmada pelo próprio deputado, ele relata que Dino teria condicionado a liberação do impasse no TCE-MA ao cumprimento de acordos políticos em Colinas e ao bom relacionamento com deputados aliados do governo.

O conteúdo do áudio reforça a contradição entre o discurso público e a prática política nos bastidores, sugerindo que o ministro ainda exerce influência direta nas articulações partidárias maranhenses.