A Secretaria Estadual de Saúde (SES) do Maranhão anunciou que o estado não enfrenta risco de propagação do vírus MPXV, causador da doença conhecida como varíola dos macacos. De acordo com a SES, a doença está sob controle, com apenas um caso registrado em todo o ano de 2024. Essa declaração surge em meio à preocupação global gerada pelo recente alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre uma nova variante do vírus. No entanto, o alerta refere-se a uma variante do MPXV que ainda não possui casos confirmados no Brasil.
Atualmente, o vírus é classificado em dois grandes tipos: o clado 1, considerado mais grave e mortal, e o clado 2, que apresenta menor letalidade. Até agora, o Brasil não registrou nenhum caso do subclado 1b, responsável pelo novo surto observado em algumas regiões da África central e oriental.
No Maranhão, o primeiro caso de varíola dos macacos foi detectado em São Luís, no dia 10 de agosto de 2022. Desde então, as autoridades de saúde monitoram atentamente a evolução da doença. Em 2022, o estado registrou mais de 20 casos confirmados em cidades como São José de Ribamar, Santa Inês, Paço do Lumiar, Timon, Imperatriz e Pindaré Mirim. Um dos casos resultou em morte, em novembro de 2022, de um paciente com comorbidades. Apesar disso, a letalidade e a taxa de transmissão da doença têm se mantido extremamente baixas.
Em 2024, além do único caso confirmado até agora, há 25 casos suspeitos em investigação, distribuídos entre São Luís, Imperatriz, São José de Ribamar, Paço do Lumiar e Timon. Os sintomas iniciais da varíola dos macacos incluem febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, inchaço dos gânglios linfáticos, calafrios e exaustão. Dentro de um a três dias após o aparecimento da febre, o paciente geralmente desenvolve uma erupção cutânea que começa no rosto e se espalha para outras partes do corpo.
A SES orienta que os moradores da Grande Ilha que apresentem sintomas semelhantes aos da varíola dos macacos devem procurar atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, no Hospital Carlos Macieira ou no Hospital da Ilha. Já no interior do estado, além das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), a população pode buscar assistência nos seis hospitais macrorregionais.