STF retoma julgamento sobre descriminalização da maconha

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça (25) o julgamento sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. A sessão está prevista para começar às 14h, com um placar atual de 5 votos a 4 a favor da descriminalização. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia para que a maioria seja formada.

Os ministros que já votaram entendem que o porte de maconha continua sendo uma infração, mas as punições devem ter natureza administrativa, e não criminal. Isso significa que não haverá mais registro de reincidência penal ou cumprimento de prestação de serviços comunitários.

A Corte também decidirá sobre a quantidade de maconha que caracteriza uso pessoal, com sugestões variando entre 25 e 60 gramas ou seis plantas fêmeas de cannabis.

O julgamento analisa a constitucionalidade do Artigo 28 da Lei de Drogas (Lei 11.343/2006). Esta lei prevê penas alternativas como prestação de serviços comunitários, advertências sobre os efeitos das drogas e comparecimento obrigatório a cursos educativos para quem adquirir, transportar ou portar drogas para consumo pessoal.

Embora a lei tenha eliminado a pena de prisão, a criminalização foi mantida, resultando em inquéritos e processos judiciais para usuários de drogas.

Na sessão de quinta (20), o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, enfatizou que o julgamento não é sobre a legalização da maconha.

STF determina que governo elabore Plano para melhorar presídios

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou por unanimidade que o governo Lula elabore e apresentar um plano nacional para lidar com as supostas violações dos “direitos fundamentais” nas prisões do país.

A decisão estabelece que, em nível federal, o governo deve desenvolver e implementar esse plano em um prazo de seis meses a partir da data de publicação da decisão. Os estados e o Distrito Federal têm um prazo de até seis meses após a homologação do cronograma nacional para apresentar seus próprios planos.

A questão foi levantada por meio da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 347, apresentada pelo Partido Socialismo e Liberdade (Psol).

O julgamento desse caso começou em junho de 2021 e teve como relator o ministro aposentado Marco Aurélio Mello, que votou a favor da declaração do chamado “Estado inconstitucional de coisas” no sistema prisional brasileiro e destacou a necessidade de um plano para resolver o problema.

Os demais ministros seguiram o voto do relator.

 

STF retoma julgamento dos réus dos atos de 8 de janeiro  de forma virtual

O Supremo Tribunal Federal (STF) está programado para retomar o julgamento da primeira leva dos réus relacionados aos eventos de 8 de janeiro. No entanto, um aspecto diferenciado marcará este julgamento: o quarto réu terá seu caso analisado no plenário virtual da Corte, seguindo uma determinação da ministra Rosa Weber, atual presidente da corte.

Essa decisão surgiu em resposta a um pedido do ministro Alexandre de Moraes, após uma forte repercussão negativa decorrente dos três primeiros julgamentos relacionados aos eventos de 8 de janeiro. Os atos ocorridos nesta data tiveram grande impacto e se tornaram um marco na história recente do Brasil.

A presidente do STF, em seu despacho de agendamento, solicitou que procuradores e advogados envolvidos no caso apresentem suas sustentações orais até às 23h59 do dia que antecede o julgamento no plenário virtual. Esse novo procedimento busca conferir maior transparência e garantir que todos os argumentos sejam devidamente considerados no julgamento.

Supremo Tribunal Federal julga direitos políticos de Dilma

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a analisar, a partir da meia-noite desta sexta (15), um conjunto de ações que questionam a manutenção dos direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) depois do impeachment.

A petista continuou elegível mesmo depois da condenação pelo Senado Federal porque as votações foram fatiadas: uma para afastá-la definitivamente da Presidência e outra para decidir se ela perderia ou não seus direitos políticos.

Partidos e políticos acionaram o STF ainda na época do impeachment, concluído em agosto de 2016.

Relatora das ações, a ministra e hoje presidente da Corte, Rosa Weber, negou, em setembro daquele ano, os pedidos para uma decisão liminar (provisória) que deixassem Dilma desde logo inelegível e impedida de ocupar cargo ou função pública.

Agora, os ministros analisarão o mérito das ações. O caso será julgado em sessão do plenário virtual entre os dias 15 e 22 de setembro. No formato, não há debate, e os magistrados apresentam seus votos em um sistema eletrônico.

As ações foram movidas pelo senador Magno Malta (PL-ES), pelo ex-senador Álvaro Dias (Podemos), pelo deputado José Medeiros (PL-MT) e pelos partidos Rede, PSDB, PPS (hoje Cidadania), MDB, PSL e Democratas (os dois últimos fundiram-se para criar o União Brasil).

Hoje, Dilma é presidente do Novo Banco do Desenvolvimento (NDB), conhecido como Banco dos Brics.

TSE retoma julgamento que pode tornar Jair Bolsonaro inelegível por oito anos

Nesta terça-feira, 27, o TSE – Tribunal Superior Eleitoral retoma o julgamento do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), que pode resultar em sua inelegibilidade por oito anos.

A sessão será retomada com o voto do relator do processo, ministro Benedito Gonçalves. Em seguida, os ministros Raul Araújo, Floriano de Azevedo Marques, André Ramos Tavares, Cármen Lúcia (vice-presidente do TSE), Nunes Marques e, por último, Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal, irão votar. A previsão é que o julgamento seja concluído na próxima quinta-feira, 29.

Na ação, movida pelo PDT, é solicitada a inelegibilidade de Bolsonaro. A alegação é de que, durante uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada, o ex-presidente questionou o resultado do processo eleitoral, levantou dúvidas sobre a confiabilidade das urnas eletrônicas e fez críticas a ministros de tribunais superiores.

Na segunda-feira (26), em uma conversa com jornalistas, Bolsonaro afirmou que é “injusto” dizer que ele atentou contra a democracia ao convocar embaixadores para disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

STF julga legalidade da implantação do juiz de garantias

O Supremo Tribunal Federal (STF) deve retomar nesta quarta-feira (14) o julgamento sobre a constitucionalidade do juiz de garantias, mecanismo no qual o magistrado responsável pela sentença não é o mesmo que analisa as cautelares durante o processo criminal. A sessão deve começar às 14h.

A implantação da figura do juiz de garantias foi suspensa por liminar do ministro Luiz Fux, relator do processo, em 2020. Até agora, o caso não foi julgado definitivamente pela Corte.

A adoção do juiz de garantias deveria ter entrado em vigor no dia 23 de janeiro de 2020, conforme o pacote anticrime aprovado pelo Congresso Nacional.

Entre diversas alterações no Código de Processo Penal (CPP), o pacote estabeleceu o juiz de garantias, que é o magistrado que deve atuar na fase de investigação criminal, decidindo sobre todos os pedidos do Ministério Público ou da autoridade policial que digam respeito à apuração de um crime, como, por exemplo, quebras de sigilo ou prisões preventivas. Ele, contudo, não poderá proferir sentenças.

De acordo com nova a lei, a atuação do juiz de garantias se encerra após ele decidir se aceita eventual denúncia apresentada pelo Ministério Público. Caso a peça acusatória seja aceita, é aberta uma ação penal, na qual passa a atuar outro juiz, que ficará encarregado de ouvir as partes, estudar as alegações finais e proferir uma sentença.

Diante da demora na análise do caso, integrantes da Corte chegaram a cobrar publicamente o julgamento definitivo da questão.

STF retoma julgamento de Fernando Collor nesta quarta

O Supremo Tribunal Federal retoma julgamento de ação penal envolvendo o ex-senador e presidente da República Fernando Collor acusado de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa.

A expectativa é que a Corte comece a sessão com a retomada do caso de Collor, que, em um desdobramento da Operação Lava Jato, foi acusado de receber R$ 29,9 milhões em propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis. De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), os pagamentos teriam sido efetuados entre 2010 e 2014 em negócios envolvendo a subsidiária, que tinha à época dois diretores indicados pelo senador.

O relator do caso, ministro Edson Fachin, deu início à leitura do voto na última semana. No primeiro trecho, ele considerou que há provas de crimes de corrupção passiva e de lavagem de dinheiro. A PGR defende que Collor seja condenado a 22 anos de prisão, além do pagamento de multa.

Fachin vai concluir o voto nesta quarta. Após isso, os demais ministros devem votar.

Julgamento do registro da candidatura de Julinho deve ocorrer hoje no TSE

Deve ser recolocado na pauta da sessão virtual de hoje (16) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o julgamento da ação contra o registro da candidatura de Júlio Matos à prefeitura de São José de Ribamar.

A determinação da alta corte eleitoral é que todas as ações relativas às eleições municipais sejam julgadas até o dia 18, data na qual os eleitos serão diplomados.

Ontem, de acordo com a movimentação online do sistema do TSE, o processo havia sido incluído na pauta para a sessão de hoje. No final da tarde, foi retirada para juntada de outros documentos.

Segundo informou ao blog um advogado que acompanha o caso, a retirada é normal no processo. Mas pelo andamento, ele deve ser recolocada ainda pela manhã para ser julgado à tarde ou à noite.

Parecer

Na última sexta-feira (11), o parecer do Ministério Público Eleitoral foi pela inelegibilidade do registro do candidato.

Caso os ministros sigam o parecer, são duas possibilidades: nova eleição de prefeito ou diplomação do segundo colocado.

Em São José de Ribamar, a entrega dos diplomas ocorrerá, nesta data, sem a tradicional sessão solene, conforme edital publicado pela juíza Tereza Cristina.