A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (12) o deputado federal André Janones (Avante-MG) no inquérito que apura um suposto esquema de “rachadinha” para obrigar funcionários de seu gabinete a devolver parte dos salários.
O relatório final do inquérito foi enviado ao ministro Luiz Fux, relator do inquérito sobre o caso no Supremo Tribunal Federal (STF). Além de Janones, dois ex-assessores do deputado foram indiciados pelos crimes de peculato, associação criminosa e corrupção passiva.
A abertura da investigação foi solicitada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em dezembro do ano passado.
Na época, reportagens jornalísticas publicadas e notícias-crime protocoladas na PGR por políticos de oposição informaram que Janones teria enviado áudios, por meio do Whatsapp, a ex-assessores solicitando o repasse de parte dos salários para ajudar em campanhas eleitorais. Os fatos teriam ocorrido a partir de 2019.
No relatório de indiciamento, a PF disse que houve variação do patrimônio de Janones nos anos de 2019 e 2020, resultando em valores a descoberto de R$ 64,4 mil e R$ 86,1 mil, respectivamente.
“Esse fato, somado com os demais elementos coletados durante a investigação, reforça o entendimento da Polícia Judiciária sobre a prática popularmente conhecida como rachadinha no gabinete do deputado federal André Janones”, afirmou a PF.
Uma recente pesquisa conduzida pelo instituto Futura Inteligência aponta um cenário de ausência de preferência ideológica na maioria das maiores capitais brasileiras.
O levantamento, que abrange 15 capitais estaduais, demonstra que a esquerda não foi mencionada como posicionamento político preferencial da maioria dos eleitores em nenhuma delas.
Em oito das capitais pesquisadas, a maioria indicou não ter preferência ideológica, enquanto em sete delas, a direita se mostrou mais popular.
A pesquisa explorou a relevância do posicionamento político do candidato na decisão do voto, perguntando aos entrevistados se esse fator era importante e, em caso afirmativo, se tinham preferência por algum posicionamento político específico.
As capitais em que a maioria se identifica com a direita são Goiânia (48,2%), Cuiabá (40,7%), Belo Horizonte (40,7%), Vitória (33,9%), Curitiba (42,4%), Florianópolis (43,5%) e Porto Alegre (40,0%).
A maioria respondeu não ter ideologias preferenciais em Rio de Janeiro (43,1%), São Paulo (39,4%), Fortaleza (39,8%), Recife (35,0%), Salvador (49,6%), São Luís (47,8%), Belém (43,4%) e Manaus (46,8%).
Além de não ser a ideologia predominante em nenhuma das capitais pesquisadas, a esquerda só aparece como o segundo posicionamento mais comum em Florianópolis (23,3%).
Nas demais, os entrevistados que se identificam com a direita ou que não têm preferência ideológica alternam entre a primeira e a segunda posição.
Em todas as cidades analisadas pela Futura Inteligência, pelo menos 74% dos entrevistados consideram a ideologia do candidato importante para decidir o voto.
As cidades com os números mais expressivos nesse sentido foram Vitória (83,7%), Salvador (83%), Manaus (82,9%), Rio de Janeiro (82,8%), Fortaleza (82,8%), Belo Horizonte (82,4%) e Curitiba (82,1%).
O instituto de pesquisas realizou um total de 14.450 entrevistas nas 15 capitais, entre novembro e dezembro, com uma margem de erro que varia de 3 pontos percentuais em Recife a 3,95 pontos percentuais em Vitória.
Acompanho com decrescente interesse o debate entre a esquerda pró-Hamas, da qual fazem parte o PT e o PSol, e o restante da humanidade — restante à qual pertenço e que se horroriza de verdade com o massacre de israelenses.
A justificativa da esquerda pró-Hamas para as atrocidades perpetradas pelos terroristas que invadiram o território de Israel começa pela linguagem difundida por meio de imprensa, partidos políticos e grêmios estudantis. Na semântica estudada desse pessoal, os monstros que mataram e sequestraram civis indefesos, estupraram mulheres e trucidaram bebês são chamados alegremente de “combatentes” ou envergonhadamente de “militantes”.
Ultrapassado o muro linguístico, a esquerda pró-Hamas adentrou de paraglider, na sua insustentável leveza do ser, o campo da desonestidade. Grupos de estudantes de Harvard, por exemplo, aquele outrora centro iluminista, disseram que “nas últimas duas décadas, milhões de palestinos em Gaza foram forçados a viver em um prisão ao ar livre” e que “o regime de apartheid (implantado por Israel) é o único culpado por toda a violência em curso” por lá.
Para estudantes de Harvard, portanto, Israel é culpado exclusivo pelas atrocidades cometidas contra seus cidadãos e turistas estrangeiros que visitavam o país; Israel também é culpado exclusivo por, em resposta ao ataque monstruoso, ter declarado guerra ao Hamas e começado a bombardear o enclave palestino, matando civis usados pelos terroristas como escudos humanos.
A carta de estudantes de Harvard resume o discurso entre ignorante, infantiloide e antissemita da esquerda pró-Hamas, para além de falseador. Se não, vejamos: o objetivo dos terroristas não é constituir um estado palestino que conviva com o estado judaico. O Hamas é uma organização criada em 1987, na Faixa de Gaza, por fundamentalistas islâmicos que pregam a destruição de Israel, a sua aniquilação da face da Terra, para instalar um regime teocrático em toda a região. Renunciar a qualquer pedaço de território é, segundo o seu estatuto, ir contra a própria religião muçulmana.
“As chamadas soluções pacíficas e conferências internacionais para resolver o problema palestino estão em contradição com os princípios do Movimento de Resistência Islâmica, pois ceder uma parte da Palestina é negligenciar parte da fé islâmica. O nacionalismo do Movimento de Resistência Islâmica é parte da fé (islâmica). É à luz desse princípio que os seus membros são educados e lutam a Jihad (Guerra Santa) a fim de erguer a bandeira de Alá sobre a pátria.
Não há solução para o problema palestino a não ser pela Jihad.
Iniciativas de paz, propostas e conferências internacionais são perda de tempo e uma farsa. O povo palestino é muito importante para que se brinque com seu futuro, seus direitos e seu destino.
No dia em que o inimigo conquista alguma parte da terra muçulmana, a Jihad passa a ser uma obrigação de cada muçulmano. Diante da ocupação da Palestina pelos judeus, é preciso levantar a bandeira da Jihad. Isso exige a propagação da consciência islâmica nas massas, localmente (na Palestina), no mundo árabe e no mundo islâmico.”
A Jihad pressupõe o uso de quaisquer meios para golpear o inimigo, como mostram os atentados cometidos pelas diversas organizações islâmicas contra o Ocidente e contra Israel. Desse modo, a brutalidade cometida pelo Hamas contra civis indefesos é “santa”. Os estupros e execuções de jovens que se divertiam numa rave, os assassinatos de homens, mulheres e crianças que estavam nas suas casas, os sequestros de mais de uma centena de israelenses — todos são atos necessários e justificáveis perante Alá.
O Hamas quer destruir Israel também porque o vizinho é uma democracia moderna, onde as mulheres são iguais aos homens e as minorias são respeitadas. Aceitar a existência de Israel significa, para o grupo terrorista, uma profanação da sua visão patriarcalista e anacrônica, com todas as ameaças existenciais dela decorrentes de vizinho tão próximo, desenvolvido social e economicamente, completamente antípoda.
Veja-se o que o estatuto do Hamas reserva às mulheres na sociedade:
“A mulher no lar e na família jihadista, seja mãe ou irmã, tem a função principal de cuidar da casa, educando as crianças de acordo com as idéias morais e valores inspirados pelo Islã, ensinando-as a cumprir com os deveres religiosos na preparação para a jihad (guerra santa) que as espera. Assim, é necessária acurada atenção com as escolas nas quais as meninas muçulmanas são educadas, bem como sobre o currículo, de forma que elas cresçam, preparando-se para serem boas mães, conscientes do seu papel na guerra de libertação. As meninas devem receber adequados conhecimentos para compreenderem os cuidados com as tarefas domésticas; a economia e como evitar desperdícios nas despesas domésticas são requisitos para se capacitarem a um comportamento adequado nas atuais difíceis circunstâncias.”
Na sua essência, não há diferença entre a Al-Qaeda, o Estado Islâmico e o Hamas, uma cadela do Irã cuja irmã mais velha é o Hezbollah libanês. Como o Hamas é uma organização terrorista, os seus integrantes deveriam ser chamados de terroristas. Mas a esquerda de paraglider refere-se aos terroristas do Hamas como “combatentes” ou “militantes”.
Não vou fazer um compilado da história do conflito entre israelenses e palestinos. Há vários bons por aí, e os melhores entre eles são francos ao relatar que palestinos e países árabes têm também responsabilidade, não pouca, pela situação que julgo insolúvel por razões opostas às do Hamas. O aspecto fundamental a ser dito aqui é que, se a política israelense em relação aos palestinos é opressiva, essa causa martelada de forma maniqueísta pela esquerda — que esconde o antissemitismo atrás do antissionismo — não justifica a consequência terrorista. Entre a causa e a consequência existe uma lei moral, que é universal, por estar acima de credo, etnia e geografia. Ela iguala fortes e fracos, justos e injustos. Ela constitui a nossa própria humanidade.
Segundo essa lei, o imperativo categórico, não se pode assassinar e sequestrar civis indefesos, trucidar bebês e estuprar mulheres, em hipótese nenhuma, sob pena de destruirmos o que nos faz humanos. Ao apoiar ou justificar o Hamas, a esquerda decepa a moral universal. Decepa nós todos.
PS: sobre o fato de o Hamas ter saudado a eleição de Lula, vou de O Pequeno Príncipe: “tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Documentos obtidos pela Revista Oeste mostraram nesta sexta (12) que filiados e ex-integrantes de partidos de esquerda participaram dos protestos do 8 de janeiro e atos de vandalismo na Praça dos Três Poderes.
Segundo o Oeste, Elisiane Lucia Harms, de Foz do Iguaçú (PR), é filiada ao PT desde setembro de 2009. Marina Camila Guedes Moreira, de Barueri (SP), é militante do PCdoB desde 2015. Elas estão em liberdade provisória, com tornozeleira eletrônica, em seus estados. Já Ana Elza Pereira da Silva, ligada há 22 anos ao hoje denominado Cidadania (ex-PPS, oriundo do “Partidão”) segue presa na Colmeia, no Distrito Federal.
Na lista também constam ex-filiados, como Edna Borges Correa, que passou uma década filiada ao PT e só deixou a legenda em abril do ano passado. Edna é ré em um processo que a acusa de participar de organização criminosa e foi integrante do antigo PPS. Jupira Silvana da Cruz Rodrigues, detida com os demais, esteve nas fileiras do PT entre 2001 e 2007. Ambas continuam presas.
Até o momento, veículos de comunicação da grande imprensa e o próprio governo Lula descartam a tese segundo de que havia infiltrados no 8 de janeiro, mesmo com vídeos registrados pelos próprios manifestantes. No entanto, a versão será uma das linhas de investigação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro no Congresso Nacional.
Fica o questionamento: Por que militantes de esquerda estavam misturados a milhares de pessoas que foram a Brasília ou permaneciam acampadas em frente ao quartel do Exército no dia 8 de janeiro? Por que protestavam contra a vitória de Lula nas eleições de 2022?