Lula precisará encarar contas públicas apertadas para financiar promessas e políticas de auxílio

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega pela terceira vez ao cargo com promessas de valorização dos salários, geração de empregos, renegociação de dívidas e suporte a políticas sociais.

Foram essas as indicações dadas pelo petista em seu discurso, após vencer o presidente Jair Bolsonaro (PL) por 50,90% dos votos.

“A roda da economia vai voltar a girar com os pobres fazendo parte do orçamento”, disse Lula no domingo (30), após a confirmação do resultado das eleições.

Ainda em seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria é o “compromisso número 1” do governo.

Além disso, o futuro presidente prometeu ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para R$ 5 mil — que significa uma renúncia de R$ 21,5 bilhões para os cofres públicos, segundo cálculos do Sindifisco Nacional, sindicato que reúne os auditores da Receita Federal.

Brandão elogia esforço da equipe de Lula para manter auxílio de R$ 600,00

O governador Carlos Brandão (PSB) elogiou o trabalho inicial do período de transição da equipe do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que tem como principal preocupação viabilizar a continuidade do auxílio no valor de R$ 600,00.

Para Brandão, esse é o modelo ideal de se fazer política inclusiva, pensando a economia e nas pessoas que mais precisam.

“Uma das primeiras preocupações da equipe de transição de governo federal é viabilizar a continuidade do auxílio de R$ 600 para famílias de baixa renda. É assim que se faz política inclusiva, pensando a economia e também nas pessoas que mais precisam”, publicou o governador Carlos Brandão.

 

 

Equipe de Lula tenta montar quebra-cabeça orçamentário e manter auxílio em R$ 600

Após a vitória nas eleições, a equipe do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), começa a se debruçar sobre os desafios do próximo mandato e terá de lidar com os ajustes necessários no Orçamento do ano que vem.

Prioridade da nova gestão, a manutenção do auxílio para a população carente em R$ 600 em 2023 é um dos temas a serem debatidos. Até o momento, esse valor não está assegurado.

A proposta de orçamento para 2023, encaminhada em agosto ao Congresso Nacional pela área econômica do presidente Jair Bolsonaro, prevê um benefício médio de R$ 405.

Durante sua campanha, Lula prometeu, ainda, um valor adicional de R$ 150 por criança de até seis anos. A ideia é retomar o antigo Bolsa Família, revogado por Bolsonaro.

Em seu primeiro discurso como presidente eleito, Lula afirmou que o combate à fome e à miséria é o “compromisso número 1” do governo.

Está prevista uma reunião nesta quinta-feira entre Geraldo Alckmin, vice-presidente eleito e coordenador da equipe de transição, e o senador eleito Wellington Dias (PT-PI), coordenador de Orçamento da campanha, com o relator do Orçamento, senador Marcelo Castro (PMDB-PI).

“Nós esperamos receber uma proposta, ou analisar, todo o quadro orçamentário, para ver que proposta o novo governo tem para atender as demandas que foram criadas. Como, por exemplo, o compromisso do presidente eleito de manter o Auxílio Brasil, o Bolsa Família, no valor de R$ 600”, afirmou Marcelo Castro.

De acordo com especialistas, ao menos R$ 175,2 bilhões serão alvo de negociação e barganha no orçamento. Esse valor engloba pontos ainda incertos no texto e propostas defendidas por Lula.