O procurador-geral da República, Augusto Aras, encerra seu mandato nesta terça-feira (26), após ter sido nomeado para o cargo em 2019 pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
O encerramento de seu mandato marca o fim de uma gestão que não será seguida por uma recondução, já que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não indicou sua permanência na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Enquanto o nome do sucessor não é definido e aprovado pelo Senado, a subprocuradora-geral Elizeta Maria de Paiva Ramos deverá assumir interinamente a liderança da PGR.
Diversos nomes têm sido cogitados para ocupar o cargo de procurador-geral, incluindo o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet, e o subprocurador-geral da República Antonio Carlos Bigonha.
Na última quinta-feira, durante sua última sessão no Supremo Tribunal Federal (STF) na função de procurador-geral, Augusto Aras fez agradecimentos e também lançou críticas. Ele expressou sua gratidão aos ministros da Suprema Corte, servidores e advogados com quem colaborou ao longo de seu mandato. Além disso, Aras abordou as “narrativas distorcidas” que circularam sobre sua gestão, afirmando que estas não condizem com o trabalho realizado.
O procurador-geral também enfatizou que, segundo a Constituição, o Ministério Público (MP) não deve se envolver em projetos partidários, uma vez que essa atividade é expressamente proibida. Ele declarou: “Nossa missão não é seguir uma orientação política específica, mas garantir que a justiça seja feita.”