Restrições eleitorais entram em vigor para evitar uso da máquina pública

A partir deste mês, entram em vigor as principais restrições do calendário eleitoral para evitar o uso da máquina pública em favor de candidatos nas eleições municipais de outubro. As medidas, previstas na Lei das Eleições (Lei 9.504/1997), começam a valer em 6 de julho e incluem diversas proibições para agentes públicos.

A partir de 6 de julho, os agentes públicos estão proibidos de nomear, contratar ou demitir servidores, exceto para funções comissionadas e contratações emergenciais. Também está vedada a transferência voluntária de recursos do governo federal para estados e municípios, exceto em situações de calamidade pública ou para obras em andamento. A publicidade institucional de programas de governo e a participação de candidatos em inaugurações de obras públicas estão igualmente proibidas.

Os partidos políticos poderão realizar convenções para escolher candidatos a partir de 20 de julho, com prazo até 5 de agosto. Nessa mesma data, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgará os limites de gastos de campanha. Candidatos e partidos poderão solicitar direito de resposta contra reportagens ofensivas a partir de 20 de julho.

O primeiro turno das eleições municipais será realizado em 6 de outubro, e o segundo turno, se necessário, ocorrerá em 27 de outubro em municípios com mais de 200 mil eleitores onde nenhum candidato alcançar mais da metade dos votos válidos no primeiro turno.

Pesquisa indica vitória de Brandão ainda no primeiro turno

Após a divulgação de mais uma pesquisa de intenções de votos para o Governo do Maranhão, analista políticos avaliam que o governador Carlos Brandão (PSB) pode definir a sua reeleição ainda no primeiro turno.

Na pesquisa IPEC contratada pela TV/ Mirante divulgada na noite de ontem (20), Brandão alcançou 46,59% de intenções de votos do eleitorado maranhense.

Com a intensificação da campanha em todo o estado e adesão de importantes lideranças políticas, o governador precisa agora de 3,42% para vencer as eleições no primeiro turno.

O registro da pesquisa na Justiça Eleitoral está com o número MA 04923/2022. O grau de confiança dos dados é de 95% e a margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos. O instituto ouviu 800 eleitores maranhenses, entre os dias 14 e 20 de setembro.

 

Estabilidade em pesquisa e rejeição alta preocupam campanha de Bolsonaro, que pensa no 2º turno

Em uma avaliação realista, integrantes da coordenação política da campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) já demonstram desânimo nesta reta final da corrida eleitoral.

A percepção interna é que todo arsenal já foi usado e mesmo assim a nova pesquisa Datafolha aponta estabilidade, além de rejeição elevada de Bolsonaro.

Na campanha, a expectativa inicial era que a mobilização na comemoração do bicentenário da Independência, no 7 de Setembro, poderia criar uma nova onda nesta reta final antes das eleições,. Mas isso não se concretizou.

Outra aposta foi a PEC Eleitoral, que turbinou o Auxílio Brasil e o aumentou temporariamente para R$ 600. Mas o efeito eleitoral foi menor do que o esperado inicialmente por aliados políticos do presidente.

A pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (15) já foi realizada num cenário de decantação depois de todo arsenal utilizado pela campanha de Bolsonaro.

O levantamento mostra que o ex-presidente Lula (PT) tem 45% das intenções de voto no primeiro turno da eleição presidencial, seguido pelo atual presidente com 33%. Ciro Gomes (PDT) tem 8% e Simone Tebet (MDB) tem 5%.

Em relação à pesquisa anterior do Datafolha, de 9 de setembro, Lula se manteve igual. Já Bolsonaro oscilou de 34% para 33% – a diferença entre eles é de 12 pontos. Ciro oscilou de 7% para 8%. Tebet tem os mesmos 5% da semana passada, e Soraya Thronicke (União Brasil) oscilou de 1% para 2%.