Três deputados maranhenses podem perder seus mandatos na Assembleia Legislativa  

Uma decisão do STF – Supremo Tribunal Federal pode tirar o poder de três deputados estaduais do Maranhão.

Wellington do Curso (PSC), Neto Evangelista (União Brasil) e Fernando Braide (PSD) podem perder os seus cargos, caso seja confirmado pelo STF a suposta burla de cotas destinadas às mulheres nas eleições passadas.

Se a mudança for consumada, os cargos na Assembleia Legislativa serão destinados aos suplentes Inácio Melo (PSDB), Edson Araújo (PSB) e César Pires (PSD).

A decisão causará um impacto forte na base política do prefeito Eduardo Braide, que terá o irmão fora da Casa Legislativa.

“Braide optou pelo caminho do isolamento político”, diz deputado federal reeleito no MA

Durante entrevista no JD1, o deputado federal reeleito Rubens Pereira Júnior (PT) criticou a postura do prefeito de São Luís, Eduardo Braide (Sem partido), que segundo ele, o gestor da capital tem se isolado cada vez mais politicamente e acumulando derrotas significativas.

Além de citar a fraca votação do seu irmão Fernando Braide (PSC), se comparado a outros candidatos, Rubens Júnior ainda relembrou a derrota de Braide que fez campanha contra o governador Carlos Brandão (PSB).

“Braide optou pelo caminho do isolamento político, ele está se isolando. Já perdeu a eleição de presidente da Câmara. A votação do irmão dele que foi eleito, foi menor do que outras votações de deputados estaduais e o federal dele perdeu a eleição. Ele fez campanha contra o governador Carlos Brandão e também perdeu. Fez eleição para Roberto Rocha e também perdeu, no segundo turno ele sumiu”, disse o deputado.

Vereador diz que Eduardo Braide se aproveita do combate ao câncer para manter popularidade

O vereador de São Luís, Ribeiro Neto, do PMN, usou palavras duras para criticar o que, segundo ele, seriam inverdades do prefeito Eduardo Braide (Sem partido) e seu irmão Fernando Braide, do PSC, eleito deputado federal nas eleições de 2022.

Nesta semana, Fernando Braide anunciou por meio das redes sociais que iria buscar mais recursos para o Fundo Estadual de Combate ao Câncer. E foi retrucando por Ribeiro Neto, que usou a tribunal da Câmara Federal, para informar que o prefeito de São Luís tem se utilizado do combate ao câncer para ganhar popularidade, já que Braide está há mais de ano sem se manifestar sobre projeto de lei aprovado na Câmara criando o Fundo Municipal.

Segundo Ribeiro Neto, nada justifica ter um fundo municipal aprovado pela Câmara, que aguarda apenas a sanção do prefeito para poder contribuir com milhares de famílias a enfrentar essa terrível doença.

O vereador, no entanto, também deveria cobrar que o presidente da Câmara Osmar Filho (PDT) cumprisse com suas responsabilidades e sancionasse o projeto, como prevê a Lei Orgânica do Município nos casos em que o Executivo não cumpre o prazo de 15 dias para se manifestar.

Braide resolveu engavetar com a cumplicidade do presidente da Câmara o projeto de iniciativa de Ribeiro Neto, por dois motivos: se aprovasse perderia a hegemonia eleitoreira de sua família sobre a doença – O Fundo Estadual de Combate ao Câncer é projeto de sua autoria – se rejeitasse, além do desgaste, ainda correria o risco de o veto ser derrubado pela Câmara.

O Projeto de Lei nº 279/21 aprovado na Câmara em outubro de 2021 prevê que os recursos do Fundo Municipal sejam aplicados na promoção de ações diversas no combate ao câncer, incluindo o diagnóstico e tratamento adequado às pessoas com a doença.

Pelo texto do PL, os recursos do fundo virão de contribuições em valores, doações, bens móveis e imóveis, ou quaisquer outras transferências, de pessoas físicas e jurídicas, público ou privado, nacionais ou estrangeiras. Verbas do município e de convênios fruto de acordos com entidades públicas federais, estaduais, municipais e estrangeiras, também poderão compor o aporte de recursos.

O documento destaca, ainda, que ‘as verbas destinadas ao Fundo, têm como objetivo ampliar e fortalecer as entidades de direito público e direito privado, sem fins lucrativos, cuja atividade esteja no combate ao câncer’ e este deve ser ‘com no mínimo de 50% de verbas vindas do SUS’.

Inácio Cavalcante pede anulação de votos de Fernando Braide

O candidato a deputado estadual nas eleições de 2022, Inácio Cavalcante Melo Neto (PDB), ingressou na Justiça Eleitoral pedindo a anulação dos votos do PSC – Partido Social Cristão, sigla que elegeu dois deputados estaduais: Fernando Braide, irmão do prefeito de São Luís, e o atuante Wellington do Curso.

No processo, Inácio argumenta que o partido de Fernando e Wellington agiu de modo fraudulento ao desviar da finalidade do registro de candidaturas por percentuais de gênero.

“Sob manto do atendimento formal da regra que prevê ao menos 30% de mulheres nas chapas proporcionais1 (a chamada “cota de gênero”), o partido político PSC fatidicamente violou o propósito da ação afirmativa ao lançar candidaturas femininas sabidamente irreais”, diz marido de Eliziane Gama, na Ação.

Essa é a segunda ação na qual Inácio Melo tenta mudar o resultado das eleições. Na primeira, ele pede também na Justiça Eleitoral – sustentando os mesmos motivos – para que os votos do deputado federal Neto Evangelista (União Brasil) sejam anulados.

Funcionários e pacientes de hospital municipais reclamam da péssima alimentação fornecida por Eduardo Braide; dinheiro pode estar escorrendo em campanha

Uma denúncia enviada ao Blog do Matias Marinho aponta que servidores da Prefeitura de São Luís e pacientes internados em Hospitais Municipais não estão se alimentando adequadamente.

Segundo a denúncia, o motivo seria a falta de pagamento aos fornecedores das alimentações, que alegam que o secretário de Saúde, Joel Nunes, não tem efetuado os pagamentos pelos serviços contratados, dificultando o cumprimento dos cardápios, razão pela qual pacientes e funcionários estão sem nutrientes saudáveis para o consumo das refeições diárias.

Em contato com a nossa equipe, um funcionário da saúde informou que após o lançamento da campanha do irmão do prefeito a deputado estadual, as coisas desandaram e a crise humanitária hospitalar se instalou nas unidades de saúde da Rede Municipal.

Como se não bastasse o problema com a alimentação, os servidores da Santa Casa de Misericórdia relatam que estão sem receber seus vencimentos há quase três meses.