Câmara dos Deputados aprova aumento de pena para feminicídio e violência doméstica

A Câmara dos Deputados aprovou, na quarta-feira, 11, um projeto de lei que endurece as penas para feminicídio e crimes cometidos contra mulheres. A proposta prevê que a pena para o crime de feminicídio, quando motivado por violência doméstica ou discriminação de gênero, terá um aumento significativo, com pena mínima de 20 anos e máxima de 40 anos de prisão. Atualmente, a legislação brasileira estipula que o feminicídio é punido com reclusão de 12 a 30 anos. Agora, o projeto segue para sanção presidencial, que poderá transformar a proposta em lei.

A nova regra também determina que a pena será aumentada em um terço (1/3) nos casos em que a vítima estiver grávida ou nos três meses após o parto. O mesmo acréscimo na pena será aplicado quando a vítima for menor de 14 anos ou maior de 60, assim como quando o crime ocorrer na presença de filhos ou pais da vítima. Além disso, nos casos em que o réu for primário, a pena poderá ser reduzida em até 55%, no entanto, o projeto impede a concessão de liberdade condicional ao autor do crime. A proposta também estabelece o feminicídio como um crime autônomo em relação ao homicídio.

A relatora do projeto, deputada Gisela Simona (União-MT), explicou que a mudança visa a facilitar a identificação do feminicídio pelas autoridades, uma vez que a classificação atual, como uma circunstância qualificadora do homicídio, pode dificultar o correto enquadramento do crime. O projeto também prevê o aumento das penas para casos de violência doméstica. Atualmente, a pena para esse tipo de crime varia de três meses a três anos de prisão, mas, com a nova lei, passará a ser de dois a cinco anos de reclusão. Para os crimes de violência doméstica especificamente contra a mulher, a pena, que hoje é de um a quatro anos, será ampliada para dois a cinco anos, caso a nova legislação seja sancionada. Por fim, o projeto estabelece a aplicação do dobro da pena para crimes cometidos contra mulheres, quando o motivo do ato criminoso estiver relacionado ao fato de a vítima ser do sexo feminino, reforçando a proteção às mulheres e o combate à violência de gênero no país.

Bomba! Vereador vai responder por tentativa de feminicídio 

O vereador do município de Arame, Edinilton Silva Rodrigues, do PDT, conhecido como “Bodó” teve um mandado de prisão preventiva em seu desfavor.

A determinação foi dada pela Justiça do Maranhão. Bodó é acusado de tentativa de homicídio, contra a sua ex-companheira.

Segundo vítima, eles estavam separados e o parlamentar insistia em reatar o relacionamento. No dia do crime, ela relata que o vereador havia lhe chamado para ir até a residência onde eles moravam, para ela pegar os pertences pessoais. No local, teria iniciado uma discussão que terminou em agressões e tentativa de homicídio.

Bodó ainda teria derrubado a vítima no chão e saiu lhe puxando pelos seus cabelos até a sala da residência. Com a vítima imobilizada, ele teria batido a cabeça dela por diversas vezes contra o chão da sala, causando um corte profundo.

A vítima relatou, ainda, que já teria sido agredida outras vezes, mas por conta do medo, decidiu não denunciar.

O parlamentar deverá responder pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, por razões da condição de gênero feminino, ou seja feminicídio, com uso de asfixia, meio cruel que aumenta a pena.

O mandato de prisão foi assinado pelo juíz Felipe Soares Damous, da 1º Vara da Comarca de Buriticupu (MA).

 

 

 

Brandão destaca atuação do Governo do Maranhão em combate ao feminicídio

O Maranhão está em sua quarta edição da Semana de Combate do Feminicídio no estado. O evento conta com a parceria da Casa da Mulher Brasileira, oferecendo palestras, ações educativas e preventivas para toda a sociedade.

Por meio de suas redes sociais, o governador Carlos Brandão (PSB) destacou a atuação do Governo do Maranhão para inibir as ações criminosas.

“Somente este ano, aumentamos o número de Patrulhas Maria da Penha de 8 para 13, e vamos chegar a 17 até o fim de dezembro. Além disso, o App Salve Maria Maranhão conta agora com georreferenciamento, que permite que a polícia acompanhe em tempo real a usuária”, destacou o governador Carlos Brandão.