Cassado em 2023, ex-vereador que desejou a morte de Pedro Fernandes tem candidatura impugnada em Arame

O ex-vereador Elias José Ribeiro Conceição, o Dudu (PDT), de Arame – que protagonizou uma lamentável cena de intolerância política na cidade, desejando a morte do prefeito Pedro Fernandes (União) – enfrenta uma ação de impugnação do seu pedido de registro de candidatura para a eleições deste ano.

O processo foi movido pela Comissão Provisória do MDB na cidade, representada pelo escritório do advogado Carlos Sérgio de Carvalho Barros.

Nela, o partido alega que o pedetista não pode ser candidato porque teve o mandato cassado por “quebra do decoro parlamentar e atos de improbidade administrativa e corrupção, consistentes no desvio/apropriação de verbas públicas e falsificação de documento público”.

O caso foi julgado pela Câmara Municipal de Arame em novembro de 2023. Dudu foi acusado de desvios da ordem de R$ 800 mil.

“Dessa forma, conforme a previsão legal, o impugnado é inelegível pelo período remanescente do mandato e por mais oito anos subsequentes ao término da legislatura, ou seja, até 30/11/32”, diz o texto da ação.

Defesa

Em sua defesa, o ex-vereador aponta supostas nulidades no processo legislativo que culminou com a cassação do seu mandato, e diz que o procedimento foi uma “manobra política já orquestrada”.

“Na aludida peça de representação, não se arrolou uma única testemunha, ou indicou outras provas a ser produzidas. Recebida a representação e instaurado o referido processo por suposto ato de improbidade administrativa, foi escolhida a composição processante, de maneira arbitrária e direta, pelo Presidente da Câmara, que indicou os seguintes membros: Bartolomeu Araújo da Silva (PDT), como presidente; Genilson de Sousa Araújo (PDT), como relator; e, Franciane de Oliveira Sousa (MDB), membro”, apontam os advogados de Dudu.

Segundo os defensores do pedetista, após parecer da Procuradoria da Casa, a primeira comissão fora desconstituída e sorteada uma segunda composição. Mas alguns dos sorteados declinaram de compor a comissão processante.

“Depois dessas declinações imotivadas, ‘milagrosamente’ foram ‘sorteados’ os mesmos 03 (três) vereadores que haviam sido escolhidos por meio da indicação anulada. E pior, na mesmíssima ordem que haviam sido “indicados” anteriormente, ocupando os mesmíssimos cargos”, destaca a contestação do ex-parlamentar, que cita, ainda, escolha de testemunhas pela própria comissão processante, oitiva sem a presença do então vereador denunciado, ou de um defensor seu, e uso de provas que não passaram pelo crivo do contraditório.

O caso será julgado pelo juiz Flávio Gurgel Pinheiro, após manifestação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

Vereador Dudu tem mandato cassado por desvios de R$ 800 mil na presidência da Câmara de Arame

A Câmara Municipal de Arame deliberou, em uma sessão extraordinária realizada nesta quarta-feira, 29, pela cassação do mandato do vereador Elias José Ribeiro Conceição, mais conhecido como Dudu.

A decisão foi tomada em decorrência de desvios de aproximadamente R$ 800 mil durante o período em que Dudu ocupou a presidência da Casa Legislativa.

As acusações contra o vereador incluem quebra de decoro parlamentar e improbidade administrativa, tendo sido confirmadas pela comissão processante da Câmara. O processo de cassação recebeu 10 votos favoráveis, enquanto três vereadores estiveram ausentes durante a votação.

Os desvios financeiros, estimados em R$ 800 mil, representam uma séria violação da confiança pública e das responsabilidades inerentes ao cargo.

Sonia Guajajara tumultua sessão na Câmara de Arame

A sessão da Câmara de Vereadores de Arame dessa segunda (12), que contou com a presença da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, terminou em confusão e discussões acaloradas.

O objetivo inicial da cerimônia era empossar o vereador indígena Erivan Guajajara, porém, o evento foi marcado por tumulto devido a Erivan Guajajara ter assumido a vaga do vereador Edinilton Silva Rodrigues, conhecido como ‘Bodó’, que foi afastado após agredir a namorada e ter um mandado de prisão contra ele.

Durante a sessão, também ocorreu a cassação do mandato de um vereador de oposição, identificado como Geovane, devido a faltas constantes, o que causou indignação a outro vereador chamado Dudu, colega do parlamentar cassado.

Dudu questionou a falta de oportunidade de defesa para Geovane, resultando em um bate-boca acalorado entre o presidente da Câmara e o vereador. A situação se intensificou quando o presidente jogou um copo de água no rosto do vereador que questionava a cassação.

Em seguida, a sessão foi encerrada.

Bomba! Vereador vai responder por tentativa de feminicídio 

O vereador do município de Arame, Edinilton Silva Rodrigues, do PDT, conhecido como “Bodó” teve um mandado de prisão preventiva em seu desfavor.

A determinação foi dada pela Justiça do Maranhão. Bodó é acusado de tentativa de homicídio, contra a sua ex-companheira.

Segundo vítima, eles estavam separados e o parlamentar insistia em reatar o relacionamento. No dia do crime, ela relata que o vereador havia lhe chamado para ir até a residência onde eles moravam, para ela pegar os pertences pessoais. No local, teria iniciado uma discussão que terminou em agressões e tentativa de homicídio.

Bodó ainda teria derrubado a vítima no chão e saiu lhe puxando pelos seus cabelos até a sala da residência. Com a vítima imobilizada, ele teria batido a cabeça dela por diversas vezes contra o chão da sala, causando um corte profundo.

A vítima relatou, ainda, que já teria sido agredida outras vezes, mas por conta do medo, decidiu não denunciar.

O parlamentar deverá responder pelos crimes de tentativa de homicídio qualificado, por razões da condição de gênero feminino, ou seja feminicídio, com uso de asfixia, meio cruel que aumenta a pena.

O mandato de prisão foi assinado pelo juíz Felipe Soares Damous, da 1º Vara da Comarca de Buriticupu (MA).