Aliança política em expansão e especulações marcam o cenário político maranhense para 2026

Com o resultado das eleições municipais no Maranhão, as articulações para as eleições de 2026 se tornaram o foco de líderes e partidos políticos no estado. O governador Carlos Brandão (PSB) consolidou seu poder ao fortalecer a aliança partidária que lidera, garantindo o apoio da maioria dos prefeitos e estabelecendo-se como figura central no processo sucessório.

Brandão, que tem a opção de disputar o Senado, deve decidir nos próximos 17 meses quem será seu candidato ao governo, podendo, em uma hipótese remota, estender o prazo para 20 meses caso opte por concluir seu mandato. A partir desse novo cenário, o governador detém a prerrogativa de conduzir o debate político e definir o próprio futuro eleitoral.

A sucessão de Brandão promete movimentar os bastidores políticos do Maranhão, especialmente com a escolha do candidato do Palácio dos Leões. Embora Felipe Camarão (PT), vice-governador, seja apontado como o sucessor natural, tensões internas entre os aliados de Flávio Dino e o grupo de Brandão lançaram dúvidas sobre essa indicação.

Ao mesmo tempo, outros líderes, como o ministro André Fufuca e a senadora Eliziane Gama, se articulam para reforçar suas próprias posições, com Fufuca ganhando fôlego ao eleger 30 prefeitos alinhados e Eliziane sendo cogitada para cargos de destaque. No novo cenário de 2026, Brandão ainda mantém um alinhamento estratégico com o presidente Lula (PT), uma sintonia que deve influenciar fortemente as escolhas do governador e a configuração das alianças.

MDB e PSDB abandonam planos de formar federação após análise jurídica

Em uma reviravolta surpreendente, MDB e PSDB decidiram desistir da formação de uma federação política. Os advogados dos partidos avaliaram minuciosamente o assunto e concluíram que a entrada do MDB na federação já existente entre o PSDB e o Cidadania acarretaria uma nova contagem de quatro anos de duração, estendendo a aliança até 2027.

Essa decisão tem consequências diretas para as eleições presidenciais de 2026, uma vez que os partidos teriam que alcançar um consenso nesse período. No entanto, essa tarefa parece extremamente desafiadora atualmente, considerando as diferentes direções que os dois partidos estão seguindo: o MDB faz parte do governo Lula, ocupando três ministérios, o que levanta a possibilidade de apoio ao petista ou até mesmo de lançar a atual ministra do Planejamento, Simone Tebet, como candidata, enquanto o PSDB está trabalhando para lançar seu atual presidente, o governador Eduardo Leite (RS), como candidato próprio.

O arranjo político almejado pelas legendas tinha como foco principal as eleições municipais de 2024. Em São Paulo, por exemplo, a federação MDB-PSDB-Cidadania consolidaria o apoio à reeleição do prefeito Ricardo Nunes (MDB). No entanto, diante dos desafios e impasses enfrentados no âmbito nacional, a formação dessa federação política se tornou inviável, pelo menos por enquanto.

PSB reafirma apoio a Carlos Brandão e consequente aliança com o PSDB no Maranhão

Surfando na onda de apoios à sua pré-candidatura ao governo do Maranhão, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) postou em seu perfil no Twitter, na noite desta segunda-feira (13), sobre a oficialização da parceria com o PSB.

“Representando meu partido, o PSDB, acabo de receber o apoio do PSB mareanhense em torno da minha pré-candidatura. Grato pela calorosa acolhida de sempre. Desta vez, durante esta noite de confraternização. Seguimos juntos, PSDB e PSB. Em frente!”, twitou.

A postagem, além de ressaltar a parceria do tucano com os pessebistas, joga um balde de água fria em mais uma fakenews criada pela “galera açodada” – turma de mídia do senador Weverton Rocha (PDT), que tenta a todo momento criar instabilidade na pré-campanha do vice-governador com uma suposta mudança de partido.

Ontem mesmo tentaram emplacar a fakenews.

Sempre que questionado sobre a conjuntura partidária articulada no âmbito estadual, o governador Flávio Dino (PSB) tem dito que seu vice está no partido certo e, pelas costuras que tem acontecido nacionalmente, foi uma escolha coerente a do vice-governador ao optar pelo PSDB.

“Eu diria que é uma movimentação coerente com o que tenho defendido no plano nacional e que terá sua conclusão no dia 31 de janeiro quando haverá uma nova reunião dos partidos e aí teremos a provável oficialização da chapa que terá o meu apoio nas eleições nas eleições de 2022”, comentou durante entrevista à revista Carta Capital.

O governador chegou a mencionar, inclusive, a articulação que está sendo feita, no plano nacional, pelo ex-presidente Lula (PT), para ter como companheirio de chapa em 2022, seu ex-concorrente, ainda no PSDB, Geraldo Alckmin.

Atualmente, a maior quantidade de partidos que compõem a base do governador Flávio Dino está com o vice-governador Carlos Brandão, coincidentemente, todos que fazem oposição ao presidente Jair Bonsonaro (PL).