Interlocutores do ministro da Justiça do governo Lula (PT), Flavio Dino, e do futuro diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues Passos, classificam integrantes de acampamentos como membros de uma organização criminosa.
Ao todo, já foram solicitados 27 inquéritos para responsabilizar suspeitos de atos de vandalismo e terrorismo, mas a avaliação é a de que há uma inércia e apatia das autoridades atuais.
No dia da diplomação, 12 de dezembro, bolsonaristas tentaram invadir o prédio da PF em Brasília, incendiaram coletivos e depredaram prédios sem serem contidos pela polícia.
Segundo interlocutores, o governo de transição não recebe nenhum tipo de informação de inteligência do atual ministro da Justiça ou do diretor-geral da Polícia Federal sobre os casos recentes.
Diante da escalada de ameaças, a avaliação interna é de que o cenário é crítico e uma ala do novo governo defende reavaliar o esquema de segurança de Lula na posse. Inclusive, sugerindo que ele não desfile em carro aberto.
A informação é de que uma das prioridades do novo governo vai ser enfrentar com rigor o extremismo de direita que se instala no Brasil. A proposta inclui, ainda, a revisão de leis sobre segurança pública e terrorismo.