Operação da Polícia Civil realiza reintegração de posse da fazenda da viúva de Pacovan em São João do Caru

Na manhã desta terça-feira (13), a Polícia Civil esteve em São João do Caru realizando uma operação de reintegração de posse da Fazenda Reali, que pertence à viúva de Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como “Pacovan”, empresário assassinado no dia 14 de junho deste ano em Zé Doca. A propriedade havia sido invadida por funcionários ligados ao prefeito Peteca, após a morte de Pacovan. A operação teve como objetivo não apenas retomar a posse da fazenda, mas também recuperar gado e outros bens, incluindo um trator, que foram desviados pelos invasores.

Após a operação de reintegração, a Polícia Civil determinou um prazo de 15 dias para que o prefeito Peteca devolva o trator e os outros bens desviados da fazenda. A polícia agora busca localizar o gado e demais pertences que foram subtraídos durante a invasão

A invasão ocorreu no sábado, 22 de junho, quando o irmão e o pai do prefeito de São João do Caru, Antônio Bruno Cardoso dos Santos, conhecido como “Peteca”, invadiram a sede da Fazenda Reali. A propriedade havia sido cedida como garantia de um empréstimo feito por Pacovan à família do prefeito.

Segundo relatos, Ronaldo Cardoso, irmão do prefeito, e Misael Cardoso, seu pai, chegaram à fazenda acompanhados de cerca de 25 homens, muitos armados, e expulsaram os funcionários que estavam no local. O grupo utilizou veículos para bloquear o acesso à propriedade e ameaçou os trabalhadores, reforçando o controle da família Cardoso sobre a fazenda.

– Gado sumiu 

A propriedade, que abrigava 2.500 cabeças de gado e açudes com peixes e outros animais havia sido ilegalmente ocupada, e até o vaqueiro e seus ajudantes do local foi expulso. Hoje, a viúva de Pacovan, com o apoio das autoridades, recuperou suas terras, pondo fim a essa polêmica invasão.

Investigação avança na identificação de suspeitos pela morte do empresário Pacovan

Na investigação sobre o assassinato do empresário Josival Cavalcanti da Silva, conhecido como “Pacovan”, a Polícia Civil do Maranhão identificou um veículo Toyota Hilux SW4 preto, com vidros escuros, que pernoitou no posto de combustível Joyce, em Zé Doca, na noite anterior ao crime. O veículo foi capturado por diversas câmeras do sistema de videomonitoramento do local.

O SUV permaneceu no posto durante toda a tarde de quinta-feira, 13 de junho, aparentemente monitorando o empresário. Na manhã seguinte, sexta-feira, 14 de junho, por volta das 6h, quando um funcionário de Pacovan deixou o posto em uma picape Hilux cinza, o Toyota Hilux SW4 preto o seguiu, aparentemente para rastrear o paradeiro do empresário.

Pacovan foi brutalmente assassinado às 17h02 da sexta-feira, 14 de junho. No momento do crime, o Toyota Hilux SW4 não estava no posto. Os três criminosos utilizaram um Fiat Siena preto, placa PMZ8317, para realizar o homicídio e, minutos depois, incendiaram o veículo em uma estrada vicinal. A polícia agora investiga se o Toyota Hilux SW4 preto foi utilizado na campana da noite anterior e possivelmente na fuga dos executores.

“Foi a que mais me doeu”, desabafa Pacovan sobre prisão que teve Eudes Sampaio como responsável

Em entrevista, nesta quarta-feira (09), ao Leriado Cast, podcast do jornalista Marcelo Minard, o empresário Josival Cavalcanti da Silva, mais conhecido como “Pacovan”, fez um dramático desabafo sobre sua prisão ocorrida no final de 2020, após as eleições daquele ano.

“A que mais me doeu”, disse, ao lembrar do responsável pela denúncia que o levou a prisão: o ex-prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB).

Sem ao menos lembrar do nome do ex-gestor, Pacovan narrou que Sampaio disse à Polícia Federal que ele teria ido cobrar dinheiro em sua casa localizada na praia de Panaquatira.

“Eu nunca fui na casa desse homem. Ele disse que mandei os cobradores cobrar ele. Eu nunca mandei cobrador […] Ele tá dizendo que o povo falou, o que ele acha na cabeça dele. Disse que fui cobrar emenda. Eu não sou deputado. […] Quem bota emenda é deputado. Ele foi na Polícia Federal, fez a denúncia do jeito que quis. A polícia investigou e pediu minha prisão, fui preso sem merecer”, desabafou.

Com entonação dramática e com clara demonstração de ressentimento, Pacovan disse ainda que nunca fez negócio com o ex-prefeito. “Não tenho um centavo transferido da conta do Eudes para a conta do Josival [ou o contrário] e nem de uma empresa minha. Não tem! Não teve [também] dinheiro da prefeitura”, afirmou.

No vídeo abaixo, trecho do desabafo do amargurado Pacovan: