Na última semana, o mundo político das “terras do Sarney” foi sacudido com a “Operação Irmandade” da Polícia Federal, resultando no afastamento do prefeito de Pinheiro, Luciano Genésio (PP), do cargo.
Embora o nome da operação remonte a uma certa “irmandade” criada no Maranhão, tendo como protagonistas deputados federais, prefeitos e até senador da república, gerando uma promiscuidade escandalosa nos cofres públicos, o batismo teve a ver mesmo com dois dos seus personagens investigados: os “Irmãos Cebola”.
Trata-se de Danilo Trinta e Renato Trinta.
Apesar de serem filhos do ex-prefeito de Palmeirândia, Danilo Trinta, não foi por isso que os dois “meninos” acabaram virando alvos da Polícia Federal.
A relação de amizade dos dois com Luciano Genésio foi sem dúvida o chamariz para que os agentes da Polícia Federal chegassem ao “engaiolamento” dos dois e ao afastamento do prefeito do cargo.
Os três eram notícia constante sobre altas farras regadas a whiskys caríssimos, voos de jatinho e de helicóptero para Barreirinhas na hora que dava na telha.
Para sustentar seus luxos e esbórnias, as empresas Ingeo Ambiental LTDA, R. S. T. Abreu EIRELI e Posto Kiefer EIRELI, de propriedade dos “Cebola” eram utilizadas para patrocinar todo o exibicionismo, pedantismo, poderio econômico e político, numa transação de algo em torno de R$ 50 milhões, de forma tão primária quanto os motivos que levavam os três playboys de Pinheiro a movimentarem ingenuamente, do ponto de vista fiscal, os recursos públicos para os ralos da corrupção.
Note-se que os caminhos dos desvios, a exibição de poder, do luxo e da luxúria seguem os mesmos modus operandi já identificados pela polícia e por quem acompanha política, especialmente nos nichos onde estão certos inquilinos importantes da política do Maranhão.
Seja na Famem, Senado ou Câmara Federal, há sempre um posto de gasolina e um pulinho aéreo para Barreirinhas no caminho…