Polícia Civil cumpre mandado contra ex-procurador acusado de venda de vagas em curso de Medicina

A Superintendência Estadual de Combate a Corrupção (Seccor) da Polícia Civil do Maranhão efetuou nesta sexta-feira, 11, o cumprimento de um mandado de busca e apreensão contra um ex-procurador-chefe da Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), sob a acusação de comercialização ilegal de vagas no curso de Medicina da instituição de ensino superior.

A investigação, conduzida pelo 1º Departamento de Combate aos Crimes Funcionais, revelou a prática de venda de vagas para quatro alunas provenientes de uma faculdade de Medicina no Paraguai, direcionando-as para o curso de Medicina no campus da UEMA em Caxias.

Conforme apurado, cada aluna desembolsava valores variando entre R$ 10 mil e R$ 15 mil reais pelo acesso à vaga. Em um dos casos, segundo as autoridades policiais, a matrícula teria sido concedida sem a devida documentação, supostamente por ordem do procurador-geral da UEMA. Em relação às demais alunas, foram apresentadas decisões judiciais falsificadas, supostamente autorizando suas matrículas no curso de Medicina.

O que inicialmente começou como uma investigação envolvendo duas alunas, se desdobrou à medida que as investigações avançaram, revelando que outras duas estudantes também estavam envolvidas em situações irregulares.

Diante disso, a delegada Carolina, encarregada do inquérito, solicitou à justiça a suspensão imediata das quatro alunas do curso de Medicina, bem como a realização de busca e apreensão na residência do ex-procurador investigado.

Durante a execução do mandado de busca e apreensão, o ex-procurador não foi localizado em sua residência. Informações indicam que ele teria se mudado recentemente e os vizinhos não tinham informações sobre seu paradeiro.

A Universidade Estadual do Maranhão, que colaborou integralmente com as investigações, foi notificada formalmente hoje pela manhã, por intermédio da Seccor, sobre a suspensão das alunas envolvidas, as quais agora estão proibidas de frequentar as instalações da instituição.

PF faz operação contra falsificação de diplomas de medicina

Policiais federais cumpriram na manhã de hoje (9) 11 mandados de busca e apreensão para desarticular um esquema de falsificação de diplomas do curso de medicina. Na ação, realizada nas cidades do Rio de Janeiro, de Belford Roxo e Teresópolis, no estado do Rio, além de Montes Claros, em Minas Gerais, foram apreendidos aparelhos celulares, jalecos, carimbos, documentos de identificação e documentos com indícios de falsificação.

Cerca de 60 policiais participaram da Operação Catarse, iniciada depois de denúncia feita pelo Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Segundo informações repassadas pelo representante da classe médica à Polícia Federal (PF), foram constatados requerimentos de registro profissional a partir de documentos falsificados de graduação em medicina.

Em abril de 2022, duas pessoas já tinham sido presas na sede do próprio Cremerj, quando tentavam obter os registros. As investigações chegaram a outros suspeitos e a empresas envolvidas, entre elas duas clínicas médicas.

Os crimes investigados são de falsificação de documento público e uso de documento falso.