Greve dos trabalhadores de Limpeza em São Luís: atraso nos salários motiva paralisação

Os trabalhadores do setor de limpeza das unidades de saúde de São Luís, incluindo o Socorrão II, Hospital da Mulher, Hospital da Criança, além de unidades mistas e diversos postos de saúde, irão entrar em greve na próxima quarta-feira (18) devido ao atraso nos salários.

A decisão foi tomada em assembleia convocada pelo Sindicato de Asseio e Conservação de São Luís (SEEAC), com a adesão de mais de 400 trabalhadores. Maxwell Bezerra, presidente do SEEAC, relatou que os problemas com o pagamento vêm se arrastando por seis meses, com salários frequentemente ficando em atraso enquanto os tickets e passagens são pagos de forma desordenada.

Segundo Bezerra, desde o último dia 9 o repasse para o pagamento da empresa terceirizada responsável pelos serviços de limpeza teria sido autorizado, mas nenhum pagamento foi efetuado até o momento. O sindicalista informou que, caso a situação não seja regularizada até terça-feira, a paralisação será inevitável.

Bezerra pediu desculpas à população e destacou que a única resposta da prefeitura e da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) foi o silêncio, enquanto a empresa terceirizada alegou falta de recursos.

Em nota, a Semus afirmou que realiza regularmente o pagamento das faturas da Maxtec e está buscando regularizar a situação, além de exigir a manutenção dos pagamentos dos salários conforme acordado.

Secretário-Geral do SEAC discute possibilidade de greve no setor de limpeza em São Luís no Programa Xeque-Mate

Na manhã desta terça-feira (25), o programa “Xeque-Mate”, apresentado por Matias Marinho, abordou a iminente possibilidade de greve no setor de limpeza em São Luís, Maranhão. Durante a entrevista, Matias conversou com Ribamar Brito, secretário-geral do Sindicato de Asseio e Conservação (SEAC), sobre as negociações em andamento e as demandas dos trabalhadores.

Ribamar Brito explicou que, embora a reunião realizada na segunda-feira não tenha avançado, a categoria permanece em estado de greve. “Nós estamos pedindo 15% de reajuste salarial, um tíquete alimentação de R$ 800 e uma jornada de trabalho de 12 por 36 horas, especialmente para os garis da coleta, que enfrentam um trabalho muito cansativo”, afirmou Mabrito.

Apesar de não haver salários atrasados, Brito destacou a necessidade de melhorias nas condições de trabalho e de uma negociação justa. “Infelizmente, não conseguimos dialogar com a Prefeitura de São Luís, nem com ninguém da secretaria responsável. É crucial que o prefeito Eduardo Braide ou um representante legal sente conosco para discutir essas questões.”

Durante a entrevista, Matias Marinho ressaltou a invisibilidade social enfrentada pelos trabalhadores da limpeza. Brito, que começou sua carreira como gari, compartilhou experiências pessoais e enfatizou a importância do reconhecimento e valorização desses profissionais. “Os garis são essenciais para a saúde pública, mas são muitas vezes ignorados pela sociedade”, disse.

A decisão final sobre a greve depende das negociações com a empresa responsável pelo serviço de limpeza. Brito expressou esperança de que um acordo seja alcançado na reunião marcada para a tarde de hoje. “O sindicato, os trabalhadores, a empresa e a prefeitura não têm interesse em uma greve, pois isso prejudicaria a cidade e aumentaria o trabalho dos coletores quando a greve terminasse”, concluiu.

Agentes de limpeza de São Luís anunciam paralisação a partir desta terça-feira

A partir das primeiras horas desta terça-feira (25), cerca de 1.400 agentes de limpeza que atuam em São Luís devem paralisar suas atividades. A greve, motivada pela falta de acordo entre a categoria e os empregadores, deverá afetar principalmente o serviço de coleta de lixo em toda a capital maranhense.

De acordo com o Sindicato de Asseio e Conservação de São Luís, a decisão pela paralisação foi tomada após uma reunião realizada na última quinta-feira (20) entre representantes do sindicato e da empresa São Luís Engenharia Ambiental, responsável pela limpeza urbana da capital, terminar sem um consenso.

Os trabalhadores estão reivindicando um reajuste salarial de 15%, um ticket alimentação no valor de R$ 850 e uma carga horária de trabalho de 12/36 horas. Em contrapartida, os empresários propuseram um reajuste de 3% tanto nos salários quanto no valor do ticket alimentação, proposta que foi rejeitada pelos trabalhadores.

A paralisação ameaça comprometer significativamente a coleta de lixo e outros serviços de limpeza na cidade, trazendo preocupação aos moradores de São Luís.