Lula recebe pouca atenção da mídia exterior no G7

As propostas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação às reformas no sistema multilateral da ONU (Organização das Nações Unidas) e ao combate às mudanças climáticas durante a cúpula do G7 não receberam destaque na mídia internacional ao longo do final de semana.

De acordo com levantamento realizado pelo Poder360, foram analisadas as publicações dos principais jornais dos países do G7, composto por Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha, Canadá, Itália e Japão, desde sexta (19) até as 8h desta segunda (22).

Os veículos de comunicação deram ênfase à missão do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky em atrair líderes emergentes, incluindo o brasileiro, para discutir sua “fórmula da paz” e buscar uma solução para a guerra na Ucrânia. A proposta do Brasil de criar um clube de países “neutros” para mediar o diálogo com a Rússia foi ignorada.

Havia expectativa de que Lula e Zelensky se reunissem em Hiroshima no último dia da cúpula. No entanto, devido a problemas de agenda entre os governos, o encontro não ocorreu e o presidente brasileiro não participou das conversas promovidas pelo líder ucraniano com outros países do Sul Global, como Índia e Indonésia.

Por conta de Bolsonaro, G7 volta a descartar a presença do Brasil em evento com principais economias do mundo

O governo Bolsonaro tem sido ignorado pela Cúpula do G7. Desde que o presidente assumiu o governo, o Brasil não foi mais convidado para fazer parte do evento que reúne as principais economias do mundo.

Nesta segunda-feira, o governo da Alemanha anunciou os países que farão parte do evento que está marcado para o mês de junho. Mas, assim como ocorreu em 2021 e em 2019, o Brasil foi esnobado.

Conhecido como o grupo das economias desenvolvidas, o G7 é formado por EUA, Itália, França, Japão, Canadá, Reino Unido e Alemanha. Para este ano, Berlim preside o G7 e optou por convidar para o evento os governos do Senegal, África do Sul, Índia e Indonésia.

O Brasil, que por anos foi um dos países mais presentes no evento, passou a ser preterido. A situação do Brasil é interpretada no meio diplomático como um sinal da perda de prestígio internacional do país e de resistência por parte dos países ricos em aceitar a presença de Bolsonaro na mesa de negociações.