“Foi a que mais me doeu”, desabafa Pacovan sobre prisão que teve Eudes Sampaio como responsável

Em entrevista, nesta quarta-feira (09), ao Leriado Cast, podcast do jornalista Marcelo Minard, o empresário Josival Cavalcanti da Silva, mais conhecido como “Pacovan”, fez um dramático desabafo sobre sua prisão ocorrida no final de 2020, após as eleições daquele ano.

“A que mais me doeu”, disse, ao lembrar do responsável pela denúncia que o levou a prisão: o ex-prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB).

Sem ao menos lembrar do nome do ex-gestor, Pacovan narrou que Sampaio disse à Polícia Federal que ele teria ido cobrar dinheiro em sua casa localizada na praia de Panaquatira.

“Eu nunca fui na casa desse homem. Ele disse que mandei os cobradores cobrar ele. Eu nunca mandei cobrador […] Ele tá dizendo que o povo falou, o que ele acha na cabeça dele. Disse que fui cobrar emenda. Eu não sou deputado. […] Quem bota emenda é deputado. Ele foi na Polícia Federal, fez a denúncia do jeito que quis. A polícia investigou e pediu minha prisão, fui preso sem merecer”, desabafou.

Com entonação dramática e com clara demonstração de ressentimento, Pacovan disse ainda que nunca fez negócio com o ex-prefeito. “Não tenho um centavo transferido da conta do Eudes para a conta do Josival [ou o contrário] e nem de uma empresa minha. Não tem! Não teve [também] dinheiro da prefeitura”, afirmou.

No vídeo abaixo, trecho do desabafo do amargurado Pacovan:

Nitroglicerina! São Cristóvão mandou lembranças + Motivo da traição + Haja papel higiênico

São Cristóvão mandou lembranças

Uma foto ontem num túnel de acesso a um avião com destino a Brasília chamou a atenção: Josimar de Maranhãozinho (PL) e Weverton Rocha (PDT).

Primeiro essa ida em pleno fim de ano quando muitos políticos ou estão com suas famílias nos iates e mansões em Barreirinhas ou Europa à fora.

Além disso, a mão de Josimar no bolso traseiro da calça, como que segurando a carteira, lembrou determinado passageiro nos auges dos seus arroubos no São Cristóvão.

Motivo da traição 

 

Por falar em foto, agora que a coluna entendeu o motivo da traição política do ex-prefeito tampinho [*] de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), contra seu “ex-paitrocinador”, “ex-tutor”, “ex-salvador de empresa quebrada”, Luis Fernando Silva.

A foto do ex-prefeito com outro ex-prefeito, também conhecido pelo sangue da traição que corre em suas veias, tendo como vítima o mesmo Luis Fernando, agora faz sentido: contas reprovadas pela Justiça Eleitoral.

Valei-me, Nossa Senhora das contas reprovadas! Eis-me aqui mais um vez recorrendo à literatura nietzschiana com sua Lei do Eterno Retorno.

E olha que nem tô falando da surra monumental que o atual prefeito de Ribamar tá dando no ex-titular do mandato tampinho na comparação dos números de aprovação de governo e popularidade dos dois.

[*] “Tampinho” refere-se ao período curto no qual o traidor administrou a cidade. 

Haja papel higiênico

Chama a atenção a quantidade de papel higiênico comprado pela Câmara Municipal de São José de Ribamar na atual gestão da presidente chamada de “Princesinha do Mocotó”.

A alcunha está relacionada ao pai da dita ter sido o titular de uma empresa que no passado teria comprado mocotó e pipoca para servir no hospital do município.

Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e o pessoal do Ministério Público (MP) já estão antenados sobre essa compra. Não descobriram ainda se a quantidade é para atender a Mesa Diretora da Casa quando se der a explosão de outras “desmerdalizações da merda”, como diria um vereador de São Luís.

‘Estadão’ destaca investigação da PF que começou com denúncia do ex-prefeito tampão de São José de Ribamar

Ganhou destaque na edição de hoje do jornal “Estadão”, em uma das suas principais páginas de “política”, investigação da Polícia Federal envolvendo pelo menos três deputados federais e um senador, suspeitos de “vender” emendas parlamentares.

O fio do novelo começou no final do ano passado após o ex-prefeito tampão de São José de Ribamar, Eudes Sampaio (PTB), se dizer “ameaçado por agiotas que buscavam obter porcentuais de recursos transferidos para a prefeitura”.

À época, uma operação denominada “Descalabro” cumpriu 27 mandados de busca e apreensão, bloqueou mais de R$ 6 milhões em patrimônio do deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL), além de encontrar cerca de R$ 2 milhões em espécie no seu escritório regional em São Luís.

Apesar de ser considerado estopim da denúncia e figurar como vítima dos “agiotas” que o cobravam em nome dos possíveis parlamentares envolvidos, Sampaio mostrou-se preocupado com a condução coercitiva de um dos aliados, o ex-prefeito de Água Doce do Maranhão, Rocha Filho.

De acordo com o Estadão, a investigação avançou para além dos parlamentares, senador e operadores investigados inicialmente, a exemplo de Rocha Filho. Wagner Rosário, ministro da Controladoria Geral da União (CGU), diz “não ter dúvidas” que “há corrupção”, cujo esquema desviou incontáveis verbas da saúde, via emendas de parlamentares repassadas às prefeituras.