“Se o senhor é da Swat, sou dos Vingadores”, diz Dino a Marcos do Val

Metrópoles – O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, arrancou risadas de parlamentares ao provocar o senador Marcos do Val (Podemos-ES) em audiência da Comissão de Segurança Pública do Senado nesta terça (9/5).

Dino respondia a perguntas de Do Val sobre os atos golpistas de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília. O senador insinuou que o ministro tinha ciência da atuação dos golpistas.

Em resposta, Dino afirmou que o posicionamento de Do Val “não têm suporte nos fatos”. Depois, o ministro comentou o fato de o senador sempre lembrar que é membro da Swat, unidade especial de polícia dos Estados Unidos.

“Se o senhor é da Swat, eu sou dos Vingadores. Conhece Capitão América? É assim que a gente faz um debate democrático”, disse Dino.

Alexandre de Moraes confirma conversa com senador Marcos do Val

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), confirmou nesta sexta-feira (3) ter tido uma conversa com o senador Marcos do Val (Podemos-ES) na qual o parlamentar lhe relatou ter participado de reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro onde lhe foi proposto que gravasse o magistrado.

O ministro disse ainda que o parlamentar se recusou a formalizar em depoimento a denúncia de que teria recebido proposta para participar de um eventual plano golpista.

Em conferência de negócios do Grupo Lide, fundado pelo ex-governador de São Paulo João Doria, em Lisboa, Moraes disse que, diante da recusa do senador em formalizar a denúncia, se despediu de Do Val pois “o que não é oficial, para mim não existe”.

Ele também disse que o senador – com quem afirmou não ter nenhuma intimidade – lhe contou que a gravação seria usada para tentar retirá-lo da presidência de inquéritos que investigam Bolsonaro.

“Eu indaguei ao senador se ele reafirmaria isso e colocaria no papel, que eu tomaria imediatamente o depoimento dele. O senador me disse que isso era uma questão de inteligência e que infelizmente não poderia confirmar. Então eu levantei, me despedi do senador, agradeci a presença, até porque o que não é oficial, para mim não existe”, disse o ministro, que participou do evento por videoconferência.

“A ideia genial que tiveram foi colocar uma escuta no senador para que o senador, que não tem nenhuma intimidade comigo – conversei exatamente três vezes na vida com esse senador – pudesse me gravar e, a partir dessa gravação – e aí é até onde chegou ao senador –, pudesse solicitar a minha retirada da presidência dos inquéritos”, relatou.