Alessandro Martins alega depressão e revoga acusação contra a Caixa Econômica Federal

Há um mês, um ofício protocolado na Superintendência Regional da Caixa Econômica Federal (CEF) em São Luís trouxe à tona uma polêmica no caso envolvendo o ex-empresário Alessandro Martins, ex-presidente da concessionária Euroma. No documento datado de 20 de dezembro de 2023, Alessandro, que anteriormente acusou o banco de sumir com R$ 20 milhões de suas contas, alega agora sofrer de “depressão aguda e ausência de memória”.

No ofício registrado em cartório, Alessandro solicita urgentemente que a Caixa Econômica Federal desconsidere um pedido anterior feito por ele mesmo sobre um suposto desaparecimento de dinheiro na conta bancária de sua mãe, Zélia Maria Aparecida Martins, da qual ele é procurador.

No texto, o ex-empresário escreve: “Eu, Alessandro Martins de Oliveira, venho por meio deste, informar que desejo com urgência que, a primeira carta que fiz para a CEF (Caixa Econômica Federal) seja, imediatamente incinerada, queimada, rasgada, enfim que se torne de ligo sem validade alguma pois sofro de depressão aguda e ausência de memória.”

Alessandro admite no mesmo documento que errou ao acusar o banco pelo suposto sumiço de dinheiro e esclarece: “Afirmei naquela carta que não me recordava dos altíssimos valores de retirada ou transferência, contudo, hoje devidamente medicado lembro que efetuei todas as retiradas e transferências de todas as contas da família.” Ele faz referência à titularidade de seis contas bancárias.

O ofício, assinado e registrado no 3º Tabelionato de Notas de São Luís, localizado no Shopping do Automóvel na Avenida dos Holandeses, surge em meio à polêmica causada pelos vídeos publicados por Alessandro nas redes sociais, nos quais acusou a Caixa Econômica de sumir com R$ 20 milhões de suas contas. No entanto, uma investigação revelou que a saída de dinheiro das contas vinculadas a Martins se deve a gastos extravagantes e a retiradas por bloqueios judiciais.

Entre os processos judiciais que envolvem Alessandro Martins, destaca-se a acusação de calote feita pela advogada Beatriz Del Valle Eceiza Nunes, referente à venda não entregue de um luxuoso apartamento no 9º andar do Edifício Two Towers, localizado na Península da Ponta D’Areia em São Luís.

Lula demite Rita, presidente da Caixa, após ação contra misoginia

O governo Lula escolheu demitir Rita Serrano da presidência da Caixa horas depois de o Ministério das Mulheres ter lançado, com Janja, uma campanha contra a misoginia.

Batizada de “Brasil sem Misoginia”, a ação, segundo a ministra Cida Gonçalves, vai buscar a partir de hoje a adesão de cem empresas que se comprometam a combater o ódio contra as mulheres. Mais: um dos quatro itens do programa é “apoiar mulheres em espaços de poder e de decisão”. Beleza.

Mas a mudança feita na Caixa, embora costurada há meses, depõe, ao menos no timing, contra a dita intenção de reforçar a representatividade feminina no país. Rita está sendo substituída por Carlos Vieira Fernandes.

Ela, aliás, não foi a primeira a dar lugar a um homem “em espaços de poder e de decisão”: antes, saíram da administração federal Daniela Carneiro (trocada por Celso Sabino no Turismo) e Ana Moser (foi exonerada para que André Fufuca fosse abrigado nos Esportes).

Caixa suspende crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família

A Caixa Econômica Federal informou hoje (13) que suspendeu a oferta de crédito consignado para beneficiários do Bolsa Família  a chamada linha Consignado Auxílio. Em comunicado, a Caixa disse que o produto passará por uma “revisão completa de parâmetros e critérios”. O antigo Auxílio Brasil voltou a se chamar Bolsa Família, na atual gestão.

A suspensão está valendo desde ontem (12). Segundo o banco, as contratações já realizadas não passarão por mudanças e as parcelas do financiamento serão debitadas de maneira regular e de acordo com cada contrato.

A Caixa criou o consignado do Auxílio Brasil, que também atende quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) no dia 10 de outubro. A modalidade de crédito oferecia empréstimos aos beneficiários do Auxílio Brasil que podiam chegar a R$ 2,5 mil, pagos em parcelas de até R$ 160 descontadas do benefício por até 24 meses.

O crédito consignado é aquele concedido por instituições financeiras com desconto automático das parcelas em folha de pagamento do salário ou benefício.