Iterma celebra avanços na regularização fundiária e titulação de territórios quilombolas

No Dia da Consciência Negra (20), o Maranhão celebra importantes conquistas para os povos e comunidades tradicionais, especialmente no que diz respeito à garantia de seus territórios ancestrais. Por meio do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma) e de ações lideradas pelo presidente Anderson Ferreira, o estado tem se destacado na regularização fundiária, assegurando o direito à terra e o fortalecimento dessas famílias, um passo fundamental para a preservação de suas culturas e modos de vida.

O presidente também tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos territoriais dos quilombos e comunidades tradicionais em fóruns internacionais. Durante a COP29, nesta quarta-feira (20), em Baku, no Azerbaijão, Anderson Ferreira participou de uma reunião com representantes do Consórcio da Amazônia Legal (CAL), Ministério da Igualdade Racial (MIR) e Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais (SEMA), para dialogar sobre regularização fundiária e políticas públicas para essas comunidades, destacando a importância da preservação ambiental e a implementação de políticas públicas que atendam às necessidades dessas populações.

“Estamos buscando, em diferentes frentes, fortalecer a regularização fundiária e garantir que as comunidades quilombolas e tradicionais tenham acesso a políticas públicas que respeitem seus modos de vida, ampliando ainda mais os programas estaduais em favor da população negra, incluindo o Paz no Campo. A nossa participação na COP29 reforça a importância de integrar as questões territoriais e ambientais no debate global sobre os direitos dos povos tradicionais”, destacou o presidente.

Desde o início da gestão do governador Carlos Brandão, o Maranhão tem demonstrado um compromisso histórico com a regularização de territórios quilombolas. Até novembro de 2024, o Iterma entregou um total de 77 títulos de reconhecimento de domínio para comunidades remanescentes de quilombos, distribuídos em 28 municípios maranhenses, totalizando uma área de aproximadamente 73 mil hectares regularizados e beneficiando mais de 7.500 famílias. O crescimento foi de uma titulação por ano para cinco titulações anuais entre 2020 e 2023, com expectativa de aumento de 8% até dezembro de 2024.

Com os títulos de domínio, além de garantir o acesso a direitos essenciais, como educação e saúde, a regularização diminui os conflitos agrários e assegura proteção jurídica para as famílias. O Maranhão é, hoje, o estado com o maior número de comunidades quilombolas certificadas no Brasil, totalizando 1.152, o que representa um passo importante para a valorização das culturas afro-brasileiras.

Dando continuidade às celebrações em alusão à data, na próxima segunda-feira (25), será promovida a entrega de oito registros cartoriais referentes a títulos de terras. Embora já tenham sido emitidos anteriormente pelo Iterma, esses títulos ainda precisavam da validação oficial, um processo que, em muitos casos, demorou mais de 14 anos para ser concretizado. A ação, realizada em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão e o Núcleo de Governança Fundiária, representa um marco histórico de conquista e fortalecimento das garantias territoriais das comunidades.

As comunidades contempladas com o registro definitivo de seus títulos são: Mirinzal da Julita (Presidente Sarney), Boqueirão (Icatu), Jacuica e Graça (Matinha), Santa Tereza (Mirinzal), Cajueiro e Carro Quebrado (Viana) e Bom Jesus (Cândido Mendes). “Essa entrega não é apenas um ato burocrático, mas a concretização de uma luta histórica de muitas famílias que aguardavam, por anos, o reconhecimento formal de seus direitos sobre as terras que ocupam há gerações. O registro cartorial concretiza a segurança jurídica dessas comunidades, consolidando um direito legítimo sobre suas terras”, afirmou Anderson Ferreira.

Brandão comemora números do Iterma: “mais de 3 mil títulos de domínio, beneficiando mais de 5 mil famílias”

O governador Carlos Brandão (PSB) comemorou os números expressivos do Iterma – Instituto de Colonização e Terras do Maranhão em relação a regularização fundiária.

Neste ano, foram emitidos mais de 3 mil títulos de domínios, beneficiando mais de 5 mil famílias.

“Em 2022, o nosso @GovernoMA, por meio do @itermama, alcançou números históricos na regularização fundiária rural do Maranhão. Foram emitidos mais de 3 mil títulos de domínio, beneficiando mais de 5 mil famílias e cerca 122 mil hectares de terras estaduais. Faremos mais”, disse o governador Carlos Brandão

Para o presidente do Iterma, Anderson Ferreira, a regularização fundiária é um meio de levar mais dignidade à população maranhense.

“A regularização fundiária é levar dignidade ao cidadão maranhense que ainda não possui a propriedade da sua terra. Parabéns, governador e obrigado por todo o apoio nessa causa”, disse Anderson Ferreira.

 

Governo Brandão avança em projetos para a regularização fundiária no estado

O governador Carlos Brandão coordenou na tarde desta segunda-feira (19), no Palácio dos Leões, uma reunião de alinhamento que contou com a participação de diversas secretarias de Estado, representantes e membros do Poder Judiciário, municípios, Câmara de São Luís e da iniciativa privada. O encontro objetivou a elaboração de uma parceria institucional, voltada para avanços na regularização fundiária no Maranhão.

O momento também foi essencial para a reflexão sobre a viabilidade de diversos mecanismos facilitadores de regularizações de territórios nacionais. Segundo Richard Torsiano, especialista internacional em Governança e Administração de Terras, há uma série de elementos que justificam a investida e interesse de destaque do Estado do Maranhão em gerenciar os processos de regularização fundiária em seus territórios urbano e rural.

“Há o interesse em se construir um projeto nacional para melhorar a gestão fundiária no país. E existem estados que são prioritários para produzir os seus projetos paralelos, por suas características, como é o caso do Maranhão. Pela quantidade de comunidades, biomas Amazônia e Cerrado, avanço da fronteira agrícola, potencial de energias renováveis”, explicou Torsiano, que também é consultor do Banco Mundial junto à Corregedoria-Geral da Justiça do Piauí (CGJ/PI)

Para Brandão, há grandes avanços nos últimos anos, nesse quesito, no território maranhense. E, para ele, a atuação das Corregedorias de Justiça tem sido relevante no processo de colaboração integrada. “O governo do Maranhão tem muita vontade de avançar na regularização fundiária em seu território. Vamos ampliar a relação com o governo federal e no fomento a financiamentos privados. Precisamos encontrar recursos. Onde houver espaço, iremos atrás.” Garantiu.

*Desenvolvimento e preservação dos povos e comunidades tradicionais*- A expansão do agronegócio no Brasil, sem o devido processo de ordenação territorial, tem ocasionado conflitos agrários envolvendo diversos atores. Outro mote defendido ao longo da reunião foi justamente sobre o avanço em políticas públicas que garantam segurança jurídica, combatendo a tensão no campo, que por vezes tem crescido.

“Tem que ter espaço para todos. Comunidades indígenas e quilombolas. Assentados e grandes produtores. O que não pode é ter conflito agrário. A paz no campo deve ser garantida e os legítimos responsáveis pelas terras precisam ter sua segurança garantida, para não se tornarem sujeitos a invasões”, ressaltou, ainda, o governador.

*Celeridade e tecnologia* – Além desses elementos, a regularização fundiária elaborada de forma ordenada, com a participação de todos os agentes públicos e parceiros do campo empresarial garante outros pontos positivos. “É possível ter acesso a crédito, aos programas governamentais e às inovações tecnológicas, sem deixar de lado a conservação ambiental, tão debatida hoje em dia por quem pensa em uma produção sustentável para os seus estados”, pontuou o diretor-presidente do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma), Anderson Ferreira.

Uma ideia que tem ganhado bastante entusiastas e que foi colocada em debate é a da entrega dos títulos de propriedade em projetos de regularização fundiária no Maranhão por meio da Corregedoria-Geral da Justiça do Maranhão (CGJ/MA) com a interligação dos cartórios de registros de imóveis ao Iterma, otimizando e agilizando os projetos desenvolvidos pelo Judiciário maranhense, sem custos.

“A média de regularização fundiária, nos últimos governos, tem sido de 500 a 1500 títulos de terra por ano. Pretendemos avançar com um projeto maior, daqui para a frente, com o esforço conjunto de todas as entidades parceiras”, planeja Brandão.

Para isso, o encontro deliberou a formação de grupos de trabalho que irão avançar em uma espécie de diagnóstico. A finalidade é apresentar propostas para a regularização fundiária nas áreas urbana e rural maranhenses, por meio de financiamento e acordos entres as diversas iniciativas, que atuam conjuntamente para a melhoria da qualidade de vida e garantia de direitos no convívio com a terra, daqueles que vivem e produzem em solo maranhense.