A recente destituição da deputada federal Detinha da liderança do PL Mulher no Maranhão, substituída pela recém-eleita vereadora Flávia Berthier, deixou claro o objetivo do ex-presidente Jair Bolsonaro de afastar Josimar de Maranhãozinho e seu grupo do controle do Partido Liberal (PL) no estado.
A ação, liderada pela chefe nacional do PL Mulher, Michele Bolsonaro, é vista como um passo concreto na estratégia de Bolsonaro para colocar o partido sob sua influência direta, entregando a liderança feminina local a uma figura bolsonarista, enquanto afasta o grupo político de Maranhãozinho, conhecido por sua distância ideológica do bolsonarismo.
A substituição provocou fortes reações, incluindo uma crítica aberta da prefeita Josinha Cunha, aliada de Maranhãozinho, e indica um possível rompimento entre o grupo político do deputado e a ala bolsonarista do PL. Com um histórico de sucesso eleitoral que inclui a eleição de dezenas de prefeitos e parlamentares estaduais e federais, Josimar de Maranhãozinho tem uma base sólida que, segundo especulações nos bastidores, pode se movimentar em massa para deixar o partido caso a ruptura se concretize.
Essa possibilidade coloca em risco o status do PL como força política no Maranhão, uma vez que Maranhãozinho possui poder de mobilização suficiente para transformar o partido em um pequeno coadjuvante na política estadual.