Uma dúvida levantada semanas atrás ganha corpo no meio político: a seis meses do final do mandato e afastada por 90 dias por suspeita de improbidade, a prefeita afastada de Paço do Lumiar, Paula da Pindoba (PCdoB), reassumirá o cargo?
Uma folgada maioria de políticos ouvidos acredita que não, enquanto a minoria aposta no seu retorno ao comando do município luminense.
Paula Azevedo foi vice do ex-prefeito Domingos Dutra, que se afastou por motivo de saúde, abrindo caminho para sua ascensão ao cargo. Em 2020, ela concorreu e se reelegeu, mas como acontece na maioria desses casos, tentou voo mais alto e acabou em confronto com seus aliados.
Nesse ambiente, ela tentou construir a candidatura do vereador Jorge Maru (Cidadania/Rede), mas o seu afastamento do cargo desmanchou impiedosamente o seu projeto de poder.
É quase consenso de que Paula da Pindoba deve ser mantida distante da Prefeitura até o fim do processo eleitoral, em outubro. A decisão final sobre o retorno de Paula ao cargo depende de uma série de fatores, incluindo o andamento das investigações e possíveis desdobramentos jurídicos. A incerteza gera expectativas e especulações entre os moradores de Paço do Lumiar e no cenário político local.
Enquanto a situação não se resolve, a administração municipal segue sendo conduzida por uma equipe interina, que enfrenta o desafio de manter a estabilidade e a continuidade dos projetos em andamento.