Crise na Secult: exoneração de servidores revela obscuridades na gestão de Braide

A exoneração de dois servidores da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) nesta segunda-feira (29) trouxe à tona questionamentos sobre práticas obscuras na administração do prefeito Eduardo Braide.

A demissão surpreendente da jornalista e professora universitária Aulinda Mesquita Lima Ericeira, ocupante do cargo de chefe de gabinete na Secult, e do analista jurídico Jean Felipe Nunes Castro Martins levantou suspeitas em meio a recentes escândalos.

Aulinda Lima não escondeu sua insatisfação ao ser apontada como bode expiatório após a divulgação do contrato milionário de R$ 6.996.731,60 entre a Secult e uma escolinha de bairro para a realização do Carnaval.

Em resposta a comentários nas redes sociais, ela ironicamente afirmou: “Berrem, bodes expiatórios!”. Um deputado estadual comentou: “Bem assim, deputado. Já estou rouca, inclusive!”.

As demissões repentinas, logo após a revelação do escândalo, agiram como um alerta, especialmente diante dos frequentes problemas que têm marcado a gestão da Secretaria de Cultura sob Eduardo Braide. Desde contratos suspeitos até a má gestão de recursos, as denúncias têm se acumulado, lançando dúvidas sobre a credibilidade do prefeito e sua equipe.

O contrato em destaque, no valor de quase sete milhões de reais com o Instituto Juju e Cacaia – Tu És Uma Benção, localizado na Cidade Olímpica, tornou-se o epicentro das críticas.

A demissão de Aulinda Mesquita Lima Ericeira e Jean Felipe Nunes Castro Martins após a exposição desse caso sugere uma tentativa de conter os danos da corrupção que parece se infiltrar na gestão de Eduardo Braide, sem necessariamente punir os verdadeiros responsáveis.

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