O advogado da União, Everton Pacheco, participou na tarde de ontem, 12, do programacast Xeque-Mate na Rádio Mais FM, onde discutiu sobre a eleição do Quinto Constitucional da OAB-MA.
Durante a entrevista, o apresentador Matias Marinho questionou Everton sobre a existência de algum desgaste no processo do pleito do Quinto Constitucional. O advogado respondeu que a eleição teve “pelo menos um arranhãozinho”, citando que a empresa contratada para o processo eleitoral não permitiu a identificação dos votantes e quantos votos foram computados em cada cidade mesoregional.
“No meu sentido, eu acho que teve pelo menos um arranhãozinho. Porque primeiro não fizeram com a velha e boa urna do TRE. (…) contratou uma empresa, como é que a gente faz uma eleição em que todos nós votamos e depois a gente não sabe em quem votou? quem era os votantes? e principalmente não se sabe quantas pessoas votaram em Imperatriz, Pinheiro, Presidente Dutra, nas cidades mesoregionais onde tem sessões da OAB, porque a organização não pensou nisso”, disse o advogado da União.
Everton também levantou dúvidas sobre a clareza do edital em relação a quem poderia votar no Quinto Constitucional da OAB. Ele destacou que o edital dizia que somente quem estivesse em dia com a OAB até o dia 7 de fevereiro poderia votar, o que deixou dúvidas sobre a inclusão de novos advogados que entraram na ordem depois dessa data.
“O edital diz que tá muito claro quem vai votar, mas acho que não tá muito claro, não. Porque lá dizia que [advogados novos só poderiam votar se estivesse inscritos] era até o dia 07 de fevereiro, que foi o dia em que foi publicado o edital e quem estivesse em dias com a OAB até ali”, questionou.
“E quem estaria em dias com a OAB até ali? quem pagou a anuidade de 2022. Agora como é que o cara vai pagar a anuidade de 2022, se ele entrou agora, por exemplo? e teve gente que votou [novos advogados]. Teoricamente os novos não iriam votar, assim como quem pagassem depois de 2022 e 2023 após o dia 07 de fevereiro”, afirmou Everton Pacheco.
A entrevista de Everton Pacheco gerou discussões nas redes sociais sobre a transparência e clareza no processo eleitoral da OAB.