A ala radical de políticos próximos a Bolsonaro sugeriu ao então presidente, em dezembro do ano passado, a prisão do ministro Alexandre de Moraes, como parte do Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O assunto chegou a ser discutido no Palácio da Alvorada. Um grupo de parlamentares, de dois partidos diferentes, defendeu a prisão de Moraes sob alegação de interferência direta no processo eleitoral e, consequentemente, no exercício da democracia.
Na ocasião, a coluna mostrou algumas das estratégias discutidas pelo núcleo de Bolsonaro.
A avaliação desse pequeno grupo era que a simples intervenção no TSE não surtiria o efeito desejado, ante a previsível reação do STF e do próprio TSE. Seria necessário, portanto, que a intervenção viesse acompanhada da prisão de Alexandre de Moraes.
A medida extrema, contudo, não teve apoio de figuras essenciais, como dirigentes partidários, e acabou sepultada.