Decisão polêmica do prefeito de Vitória do Mearim gera revolta na população

O prefeito de Vitória do Mearim, Nato da Nordestina, tomou uma decisão nesta semana que gerou revolta entre os moradores locais. Em um ofício encaminhado à Câmara Municipal, comunicou seu veto a uma lei aprovada pelos vereadores, que buscava reduzir em 40% o valor da contribuição de iluminação pública na cidade.

O aumento da taxa, considerado abusivo pela maioria dos habitantes, foi instituído em 2021, quando o próprio prefeito propôs o reajuste ao Legislativo local. Em 2023, a Câmara Municipal decidiu apresentar um Projeto de Lei para diminuir a taxa em 40%, obtendo votos favoráveis da maioria da Casa. Contudo, para a insatisfação da população, o prefeito optou por vetar integralmente a lei aprovada.

Vereadores de oposição questionam as razões pelas quais o gestor municipal insiste em manter uma arrecadação milionária, sem que haja clareza sobre a destinação efetiva dos recursos na cidade. Segundo eles, muitas ruas de Vitória do Mearim, tanto na sede quanto nos povoados, permanecem na escuridão, tornando inaceitável a manutenção de uma taxa tão elevada, especialmente considerando as dificuldades financeiras enfrentadas pela população.

Além disso, há incertezas quanto à aplicação dos recursos arrecadados. Recentemente, em resposta a questionamentos formais da Câmara Municipal, a empresa responsável pelo serviço de iluminação pública em Vitória do Mearim, Enetech Instalações Elétricas, com sede em Balsas, foi incapaz de explicar o destino do dinheiro e não apresentou qualquer prestação de contas, gerando estranheza entre os parlamentares.

Órgãos de controle, incluindo o Ministério Público, já estão cientes das denúncias de irregularidades e devem agir em breve para garantir transparência na administração municipal, exigindo prestação de contas detalhada sobre como e onde exatamente os fundos da contribuição estão sendo aplicados.

Javier Milei anuncia reconstrução histórica em discurso de vitória presidencial

Em uma reviravolta histórica, o recém-eleito presidente ultraliberal, Javier Milei, declarou o início da reconstrução da Argentina em seu primeiro discurso após a vitória. Em um cenário surpreendente, Milei discursou sobre a importância da propriedade privada e da unidade, reconhecendo a possível resistência daqueles que se beneficiam de sistemas privilegiados.

O Libertador Hotel em Buenos Aires foi palco desse anúncio marcante, onde Milei convocou todos os argentinos e líderes políticos a se unirem a esta nova era. No entanto, ele advertiu que medidas severas seriam tomadas contra aqueles que recorressem à força para proteger seus privilégios.

Expressando gratidão ao ex-presidente Mauricio Macri e à antiga rival Patricia Bullrich pelo apoio, Milei destacou a necessidade de mudanças drásticas para combater a pobreza, a desigualdade e a inflação. Ele rotulou a situação atual da Argentina como crítica e enfatizou o fim de uma era na política.

Após celebrar sua vitória fora do local, Milei, acompanhado pela vice-presidente eleita Victoria Villarruel e sua namorada, a comediante Fátima Flórez, dirigiu-se a uma multidão jubilosa de apoiadores. O líder carismático garantiu a presidência, quebrando o cenário político polarizado e conquistando uma vitória histórica sobre o candidato peronista Sergio Massa.

À medida que os rumores de vitória se espalhavam, os torcedores enchiam as ruas, criando uma atmosfera de celebração semelhante à de um campeonato. Milei prometeu um compromisso com a democracia, o livre comércio e a paz, tranquilizando os observadores internacionais quanto ao renovado posicionamento global da Argentina.

No Brasil, o governo do presidente Lula percebeu o triunfo de Milei como um revés para a América do Sul, expressando preocupações sobre o futuro do Mercosul, bloco do qual o líder ultraliberal sugeriu a separação. Comparando a eleição de Milei em 2023 com a de Jair Bolsonaro em 2018, alguns rotularam isso como a pior derrota na história peronista.

A posse de Javier Milei na Casa Rosada está marcada para 10 de dezembro, coincidindo com os 400 anos ininterruptos de democracia na Argentina. A derrota do candidato peronista Alberto Fernández aumenta o significado histórico da eleição, sendo apenas a quarta vez em 40 anos que essa força política sofre uma derrota tão significativa.

Sergio Massa, reconhecendo os resultados inesperados, admitiu a derrota e mencionou a responsabilidade de Milei em proporcionar certeza para a nação. A rápida evacuação da sede de Massa sinalizou o término de uma noite eleitoral polêmica na Argentina.